No filme, quem dá vida à atriz Sharon Tate é Margot Robbie. Apesar de sua breve contribuição ao cinema, Sharon ficou marcada na história de um jeito trágico quando tornou-se vítima dos terríveis assassinatos feitos pela seita de Charles Manson, em 1969.

Assim como é mostrado no longa, Sharon começava a dar seus primeiros passos na indústria cinematográfica da época, sendo que as produções mais conhecidas de seu currículo eram os filmes O Vale das Bonecas (1967) e A Dança dos Vampiros (1967).

Enquanto o longa de Tarantino apresenta uma versão alternativa de seu futuro, a vida real foi terrivelmente trágica. Como dito, Sharon Tate, que estava grávida de oito meses e meio naquele ano, foi terrivelmente assassinada pela Família Manson.

Conforme assistimos em Era Uma Vez em… Hollywood, o cineasta Roman Polanski de fato foi casado com a atriz Sharon Tate. Na época, Polanski era um dos nomes mais bem-sucedidos da indústria por causa do filme O Bebê de Rosemary (1968), clássico do terror dirigido por ele.

No filme, Polanski é interpretado por Rafał Zawierucha, que faz uma breve participação na trama. Já na vida real, o cineasta realmente foi um grande nome da sétima arte, ganhando notoriedade através de filmes como Chinatown (1974) e Repulsa ao Sexo (1965).

O que o filme de Tarantino não mostra é que Roman Polanski foi acusado de abusar sexualmente de uma menor de idade em 1977. O caso foi aos tribunais, onde o cineasta foi condenado após aceitar um acordo judicial. Segundo os termos, Polanski deveria se submeter a um tratamento psiquiátrico e a uma liberdade condicional, mas ele acabou fugindo para Europa e nunca mais pisou os pés nos Estados Unidos.

Charles Manson é provavelmente um dos homens mais perigosos que já existiram. O criminoso ficou conhecido por ser o líder de uma seita apelidada de Família Manson, que vivia na Califórnia (EUA) na década de 1960 e acreditava que ele era uma espécie de “messias”. Mason foi a mente por trás de uma série de assassinatos que aconteceram em 1969, incluindo Sharon Tate e o casal LaBianca.

Já no filme, ele é interpretado pelo ator Damon Herriman, que impressionou o público devido às semelhanças de sua caracterização como o criminoso (ele até repetiu o papel na série Mindhunter). Embora seja uma participação breve e o final siga uma linha temporal alternativa, a presença de Manson garantiu um clima bastante sombrio no momento de sua aparição.

A presença do inesquecível Bruce Lee em Era Uma Vez em… Hollywood é uma das mais controversas do filme de Quentin Tarantino. Na vida real, Bruce é um ícone do cinema e das artes marciais, tornando-se mundialmente conhecido por participar de produções como Operação Dragão (1973).

Já no filme, ele é interpretado pelo ator Mike Moh e aparece brevemente em duas cenas de flashbacks. Em uma delas, ele divide a tela com Brad Pitt, que vive o dublê Cliff Booth na trama, numa sequência que foi bastante criticada na época pela maneira arrogante como Lee foi retratado.

O personagem de Austin Butler no filme também foi inspirado em uma pessoa real: Charles “Tex” Watson. O sujeito foi um dos integrantes da Família Mason e participou ativamente dos assassinatos de 1969.

Assim como no longa de Tarantino, o Tex da vida real também era bizarro e tinha uma posição influente no Spahn Ranch, local onde a seita vivia, sendo praticamente o segundo em comando atrás de Charles Manson. Após os trágicos eventos envolvendo os assassinatos, Tex foi condenado e permanece preso até os dias de hoje.

Steve McQueen é considerado por muitos como um dos maiores atores de todos os tempos. O astro faz uma pontinha no filme de Quentin Tarantino por meio da performance do ator Damian Lewis durante a cena da festa na Mansão Playboy.

Na vida real, McQueen também fazia parte do círculo de amigos de Sharon Tate e foi um grande ícone do cinema das décadas de 1960 e 1970. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os filmes Fugindo do Inferno (1963), Bullitt (1968) e Sete Homens e Um Destino (1960).

Interpretado pelo ator Emile Hirsch, Jay Sebring também fazia parte do círculo de amizades de Sharon Tate. Muito mais do que isso, os dois até chegaram a se envolver romanticamente antes da atriz conhecer Polanski, permanecendo amigos a partir de então.

Sebring foi um influente cabeleireiro da época em Los Angeles, recebendo clientes famosos como Steve McQueen e o cantor Frank Sinatra, por exemplo. Além disso, na vida real Sebring foi uma das vítimas dos assassinatos da Família Manson, já que ele estava na casa de Sharon no momento da invasão.

Assim como Jay Sebring, Abigail Folger era uma amiga de Sharon Tate que acabou se tornando uma das vítimas do terrível massacre orquestrado pela seita de Charles Manson. No filme de Tarantino, ela é interpretada pela atriz Samantha Robinson.

Wojciech Frykowski é mais um personagem de Era Uma Vez em… Hollywood que foi baseado em uma pessoal real. Se no filme ele é interpretado pelo ator Costa Ronin, na vida real Wojciech era um amigo de Roman Polanski e até chegou a trabalhar com o diretor em algumas produções. Ele também era o namorado de Abigail Folger e foi uma das vítimas da Família Manson.

Squeaky, a personagem interpretada pela atriz Dakota Fanning, também existiu na vida real. Lynette Fromme foi uma das integrantes mais famosas da seita de Charles Manson e, assim como no filme, ela vivia no Spahn Ranch, sendo uma das seguidoras mais devotas do criminoso.

George Spahn, que tem uma breve participação no filme através da performance do ator Bruce Dern, é outra figura da vida real que serviu de inspiração para Tarantino. George era o dono do Spahn Rach, um famoso rancho que serviu como locação para diversos filmes e séries de faroeste, e de fato permitiu que Charles Manson e sua seita vivessem no local para ajudá-lo nas tarefas diárias.

O personagem interpretado pelo ator Timothy Olyphant no filme também é baseado em uma pessoa que realmente caminhou pela Terra. James Stacy foi um ator bastante conhecido por participar de faroestes, especialmente por sua performance na série Lancer. O artista também é lembrado pelos filmes Sede de Crime (1969) e Ambição Acima da Lei (1975).

Wayne Mander, personagem interpretado por Luke Perry no filme de Tarantino, foi uma grande estrela dos faroestes, assim como James Stacy, na vida real. Ele também esteve na série Lancer e participou de filmes como Os Bravos Nunca Morrem (1980) e Os Sete Minutos (1971).

Chamada apenas de Sadie no longa de Tarantino, a personagem da atriz Mikey Madison também foi inspirada em uma pessoa que existiu. A mulher em questão foi Susan Atkins, uma integrante da seita de Charles Manson que participou dos assassinatos de 1969. Após ser condenada pelo crime, Atkins passou o resto de sua vida na prisão.

A personagem Katie, que é interpreta por Madisen Beaty, é mais uma integrante da Família Manson no filme que é inspirada em fatos. Na vida real, Patricia Krenwinkel foi uma das integrantes da seita que participou ativamente dos assassinatos Tate-LaBianca, sendo condenada a permanecer encarcerada após o julgamento.