Ainda que a gente não tenha interesse em beisebol, há muito o que apreciar na performance de Brad Pitt como Billy Beane, gerente geral do time de beisebol do Oakland Athletics.

No filme, Pitt simplesmente desaparece no papel do profissional e pai, que lhe rendeu sua terceira indicação ao Oscar. Tocante e melancólica, a atuação de Brad Pitt pode até não ser uma das mais lembradas do astro, mas é sem dúvida, um belo exemplar de como ele é um dos melhores de sua geração.

Em seu primeiro trabalho com Quentin Tarantino, Brad Pitt protagonizou essa paródia da Segunda Guerra Mundial. No filme, Pitt dá vida ao violento, inteligente e apaticamente cruel caçador de nazistas, Aldo Raine.

Ele lidera um grupo de judeus temido pelo terceiro Reich, cuja missão é matar o máximo de nazista que conseguirem. Como era de se esperar, Brad Pitt levou seu charme característico para o personagem, nesse que é um dos melhores filmes de Tarantino.

Ad Astra é um dos mais recentes filme de Brad Pitt. O drama espacial de James Gray só tem olhos para o astro, que entrega uma atuação apegada aos detalhes, ao silêncio e as pausas. Pitt encarna com precisão a fragilidade mascarada de Roy McBride, um astronauta e filho de um dos maiores nomes da exploração espacial, que encontra a oportunidade que jamais achou que precisava: a de ressignificar sua vida frente à sombra deixada por aquela figura paterna.

Na primeira de suas três colaborações com David Fincher, Brad Pitt interpreta um detetive de cabeça quente em Se7en. Na trama, o personagem de Pitt está na trilha de um serial killer que usa os sete pecados capitais como plano para a escolha de suas vítimas.

Na pele do arrogante e idealista Mills, Pitt surpreendeu e protagonizou um dos clímax mais chocantes do cinema até hoje.

Aqui está um daqueles filmes de partir o coração. A obra de Alejandro González Iñárritu fala sobre o sofrimento humano contado através de quatro histórias intercaladas, que ocorrem no Marrocos, Estados Unidos, México e Japão. Pitt interpreta Richard, um americano de férias no Marrocos com sua esposa, após a morte do filho. A atuação de Brad Pitt é uma daquelas realmente fortes, que fazem a jornada cruel de Babel valer a pena.

Cliff Booth, um dos mais recentes papéis de Pitt no cinema, tem lhe rendido prêmios importantes, como o Globo de Ouro, o Critic's Choice, além de indicações ao SAG e ao Oscar - que até a criação dessa lista, não foram entregues.

Em Era uma Vez... em Hollywood, Pitt interpreta o dublê de Rick Dalton, estrela de TV vivida por Leonardo DiCaprio. Cliff Booth é um homem misterioso cuja reputação não é das melhores, já que paira sobre ele o mistério da morte de sua esposa. No filme, podemos apreciar Brad Pitt fazendo um pouco de tudo que ele faz de melhor, seja aquela sua atuação mais contida e séria, como também aquela mais exagerada e imprevisível.

Um dos filmes menos conhecido de Brad Pitt é também um dos seus melhores. A história dos últimos meses de vida de Jesse James traz consigo uma performance imponente de Pitt como o famoso fora da lei.

Nele, o ator entrega uma atuação contemplativa mas que esconde várias camadas de angústia e ameaça. É sem dúvida um dos mais brilhantes trabalhos da estrela nas telonas.

Pitt recebeu sua primeira indicação ao Oscar por Os Doze Macacos, de Terry Gilliam, e se você já viu o filme sabe que ela foi bastante justa. Seu personagem, Jeffrey Goines é um coadjuvante de destaque, um paciente mental na instalação em que o protagonista de Bruce Willis está preso. De olhos arregalados e falando umas 500 palavras por minuto, Pitt salta da tela nessa que é uma de suas performances mais extravagantes e memoráveis de todos tempos.

A terceira parceria de Pitt com David Fincher o coloca à frente do curioso caso de Benjamin Button, um homem que envelhece ao contrário. O ator se permitiu ser modificado digitalmente para viver esse personagem que começa velho e vai ficando jovem aos poucos.

Ao longo do filme, assistimos a esse homem estranhamente cativante e melancólico que aos poucos vai ganhando ares de suavidade e jovialidade, e que graças a atuação de Pitt nunca perde a humanidade.

Uma das performances mais icônicas de Brad Pitt se deu no clássico dos anos 90, Clube da Luta.

O filme de David Fincher é uma sátira violenta sobre cultura de consumo e traz um Brad Pitt no auge da fama, fazendo um filme que lhe concedeu aclamação do público e da crítica. Seu Tyler Durden tem uma sabedoria erudita e um perfil de masculinidade vista por muitos como exemplar, mas a reviravolta final do filme pode fazer com que o personagem seja visto sob uma luz diferente. De qualquer maneira, não há como negar a força imbatível de Pitt no filme.