Pantera Negra: Danai Gurira conta que direção de Ryan Coogler fez elenco explorar o luto

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Pantera Negra: Danai Gurira conta que direção de Ryan Coogler fez elenco explorar o luto

Por Flávia Pedro

Como você já deve saber, o Pantera Negra (T’Challa, interpretado por Chadwick Boseman) nos deixou antes mesmo que o segundo filme pudesse ser lançado, o que causou um impacto para os fãs e, principalmente, para a equipe e amigos. O roteiro de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre precisou ser alterado para inserir a morte de T’Challa à trama e, nos bastidores, também foi uma tarefa difícil… Mas a direção de Ryan Coogler teve um papel fundamental sobre o luto.

Danai Gurira, atriz que dá vida a personagem Okoye, explicou durante uma entrevista dada ao site Screen Rant que a direção de Ryan Coogler ajudou o elenco a explorar a dor da perda de Boseman através de seus personagens e diz que o filme espelhará isso com o povo de Wakanda também passando pelo luto de seu líder, T’Challa.

Okoye, Nakia, Rainha Ramonda e Shuri estarão passando pelo luto, a perda de mais que um líder, mas alguém querido por elas e, claro, o legado deixado por seu protetor. As imagens iniciais divulgadas – trailers e reações –  já mostraram ao público que sentimentos pessoais se misturaram com a atuação, fazendo que, com a orientação de Coogler, tudo ficasse mais visceral.

Okoye, personagem de Danai Gurira

Nomeando a direção como orientadora e não controladora, Guria afirmou ao entrevistador:

“[Ryan] é muito colaborativo, mas ele também vê a questão muito vividamente, e ele realmente entendeu como ele estava explorando o luto através desses personagens e como cada um deles estava em um lugar diferente e estava respondendo a isso de maneiras muito diferentes… Ele foi muito capaz de realmente explorar a fundo conosco sobre isso.”

E complementou sua declaração:

“Alguém disse: ‘Como ele instruiu?’ E ele não instrui, é mais um guia. Ele se sente mais como um colaborador. Ele está guiando você nas nuances da jornada do personagem de uma maneira que é…  Apenas uma jornada humana, entendendo a humanidade na caminhada do personagem. E quando ele fala, você fica tipo, ‘Oh meu Deus, esse cara é tão sábio.’ E então você começa a ver tudo o que está por trás do que ele está tentando fazer. Então, a outra parte é que ele também permite que você coloque o que você está sentindo, que é realmente visceral para o seu personagem e que realmente faz sentido para interpretar.”

Assim, fica claro que Coogler ajudou todo o elenco a externalizar a questão do luto de uma forma profissional, mas que respeitou a humanidade dos atores e de seus personagens. Essa atitude é de extrema importância, afinal trabalhar em um projeto tão grande tendo que revisitar a morte de um companheiro tão jovem exige esse tipo de cuidado e respeito por parte dos produtores e responsáveis por guiar essa jornada.

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