Resident Evil: Todos os jogos principais da franquia, do pior ao melhor

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Resident Evil: Todos os jogos principais da franquia, do pior ao melhor

Por Gabriel Mattos

Bastou surgir uma imponente vampira gigante para a internet redescobrir o fascínio por Resident Evil — a mais tradicional franquia de terror de sobrevivência. A cada novo jogo enfrentamos uma nova ameaça bioterrorista, mas nem todas são criadas de maneira igual.

Enquanto houveram muitos jogos tenebrosos no início de sua história, a franquia acabou perdendo a sua essência, seduzida pelo sucesso de jogos de ação. Recentemente, Resident Evil recuperou sua majestade como a vanguarda do terror e veremos o próximo capítulo dessa saga em Resident Evil Village. Para celebrar, relembre todos os jogos principais da franquia, do pior ao melhor.

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Resident Evil 5

Resident Evil 5 tem uma proposta muito interessante. Depois dos eventos chocantes de Racoon City, o mundo é tomado pelo medo de acontecer um novo incidente. Claro que os países menos desenvolvidos e com maior instabilidade política seriam mais suscetíveis a um novo ataque. Dessa forma, o jogo decide explorar o caos causado por um novo parasita em um país da África.

O problema é que o jogo é construído sem nenhum critério. A nova parceira de Chris, Sheva Almoar, falha em repetir o carisma natural de Jill. O foco total em ação tira muito da essência da série, resultando em um jogo bem mediano. Ainda é divertido de jogar, mas apenas para os fãs mais dedicados.

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Resident Evil 6

A nova direção traçada por Resident Evil 5 não reverberou entre os fãs. Para Resident Evil 6, a Capcom decidiu reunir seus protagonistas mais populares — Chris e Leon — com mais dois novatos para entregar uma experiência completamente cinematográfica. Mas nem isso foi o suficiente para salvar o jogo.

Resident Evil 6 é um jogo perdido, sem rumo. Os elementos responsáveis pelo charme natural da franquia foram completamente esquecidos. O que resta são horas de uma jogabilidade genérica que entretém, mas não empolga.

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Resident Evil Zero

O primeiro jogo na cronologia da franquia, Resident Evil Zero é com certeza um dos mais ousados. Nos primórdios do apocalipse zumbi, Rebecca Chambers foi encarregada de investigar um trem parado no meio nada. Junto do criminoso Billy Coen, ela descobre uma horda de zumbis e os dois precisam trabalhar juntos para sobreviver.

A possibilidade de controlar ambos os personagens muda a dinâmica do game, resultando em puzzles criativos e maior liberdade no combate. Poucas sensações se comparam ao suspense de explorar esse trem fantasma, que em muitos momentos lembra a mansão do Resident Evil original. Um ótimo jogo para quem já é fã da série.

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Resident Evil 3

Sobrou para Resident Evil 3 a nobre tarefa de trazer uma nova perspectiva ao caos que destruiu Racoon City, dessa vez na pele de Jill Valentine e Carlos Oliveira. Tanto o remake, quanto a versão original têm seus prós e contras, mas de modo geral essa é uma boa experiência especialmente para os novatos.

A maior crítica ao remake foi a decisão da Capcom de dar mais atenção ao modo multiplayer, omitindo inclusive alguns dos momentos mais épicos da aventura original. Quem achou uma boa ideia cortar toda seção da torre do relógio? Ainda assim, sempre é aterrorizante enfrentar o horrendo Nemesis — um dos inimigos mais memoráveis da franquia.

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Resident Evil: Revelations 2

Depois que Revelations chegou superando todas as expectativas, os fãs esperavam uma continuação ainda mais tenebrosa em Resident Evil Revelations 2. Mesmo que as protagonistas — Claire Redfield e Moira Burton — sejam carismáticas e a jogabilidade interessante, fica difícil esconder a frustração com a história desconexa.

Revelations 2 foi importante para a franquia experimentar possibilidades para o futuro, como o modelo de separar o jogo em diversos episódios. Mesmo que o enredo peque em alguns momentos, pelo menos temos uma aguardada continuidade na trama dos irmãos Wesker. Inclusive, seria interessante ver Alex Wesker sendo revisitada como vilã em um jogo futuro.

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Resident Evil

O primeiríssimo jogo da série, Resident Evil prende os jogadores em uma mansão no meio do nada e — no papel de Jill Valentine ou Chris Redfield — te desafia a sobreviver a uma misteriosa invasão zumbi.

Ele traz todos os ingredientes imprescindíveis para um bom Resident Evil: história empolgante, mapas que são liberados progressivamente, inimigos desafiadores e uma boa dose de terror. A única coisa que pode afastar muitos jogadores desse clássico é a jogabilidade travada remanescente de seu console de origem.

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Resident Evil Code: Veronica

Parece que a Capcom esqueceu que Resident Evil Code: Veronica existe, mas esse clássico ficou gravado na memória dos fãs. Ele continua com louvor a história de Resident Evil 2, três meses depois para ser mais preciso, mostrando os irmãos Chris e Claire Redfield tentando escapar de uma ilha infestada pelo vírus T-Veronica.

A história consegue se destacar na franquia ao explorar bastante as origens do T-Vírus e as instalações da Umbrella Corporation. A trilha sonora também recebe elogios até hoje. O game foi o primeiro a incorporar gráficos completamente 3D e os fãs se perguntam até hoje quando a Capcom vai finalmente reimaginar esse grande clássico.

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Resident Evil 2

Resident Evil 2 é o maior ponto de virada para o enredo da franquia. Aqui acontece o surto de Racoon City e o jogo só ficou ainda melhor com a reimaginação lançada em 2019. Leon é introduzido de maneira espetacular, ao lado de Claire Redfield, enquanto uma horda de zumbis devasta a cidade.

Mr. X, o inimigo mais icônico do jogo, causou tamanho impacto que os próximos jogos da franquia tentariam por décadas reproduzir a tensão de ser perseguido por esse homem colossal, nunca obtendo o mesmo sucesso. Para coroar de vez o remake, os controles revisados são os mais fluidos de toda a franquia e a câmera herdada da ação contemporânea valoriza até mesmo os momentos de puro horror.

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Resident Evil 4

Chega a ser um tanto engraçado. Resident Evil 4 foi o primeiro grande experimento da franquia com o gênero de ação. Funcionou tão bem que os produtores decidiram largar o terror de vez, o que se tornaria o maior erro da franquia. Mesmo tendo um legado desastroso, Resident Evil 4 é conhecido até hoje como um dos melhores da série.

O jogo conseguiu encontrar o equilíbrio perfeito entre ação e suspense. A vila espanhola infectada pelo Las Plagas trazia um ar opressor quase equivalente à mansão do primeiro jogo. Dessa vez, a jogabilidade não era tão travada, então você se sentia ainda mais imerso. Enquanto não sai um remake, o jeito é se deixar levar pela nostalgia.

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Resident Evil VII: Biohazard

Esqueça tudo que você sabe sobre Resident Evil! Está na hora de aprender tudo de um jeito novo com Resident Evil VII. O sucesso de Revelations despertou a Capcom para a realidade que os fãs não queriam mais jogos de ação: foi o momento que a franquia decidiu mergulhar de cabeça no terror.

Com a perspectiva em primeira pessoa e até mesmo compatibilidade com realidade virtual, Resident Evil VII arrepia a espinha de qualquer um. Os grandes inimigos são a família Baker e seu mofo peculiar. Não pense que conseguirá matá-los com facilidade. O jeito é correr e tentar escapar dessa casa de horrores. Definiu o futuro da franquia.

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Resident Evil Revelations

Quando a franquia havia se perdido por completo, Resident Evil Revelations foi o farol que mostrou o caminho para o sucesso. Originalmente lançado para o Nintendo 3DS, o jogo decidiu retornar a origem de terror de sobrevivência devido às limitações do console.

Corredores estreitos, inimigos lentos, mas letais… O jogo trouxe tudo que os fãs mais adoravam e executou de maneira excelente. Para melhorar, a protagonista é mais uma vez Jill Valentine — queridinha dos fãs. “Revelaitons” colocou a série em um novo patamar de qualidade que deve ser excedido mais uma vez quando Resident Evil Village chegar aos consoles em 7 de maio.