Universo Cinematográfico da Marvel: Todos os filmes da Fase 4, ranqueados do pior para o melhor

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Universo Cinematográfico da Marvel: Todos os filmes da Fase 4, ranqueados do pior para o melhor

Por Gus Fiaux

Com o lançamento de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, chegamos ao fim de mais uma fase no Universo Cinematográfico da Marvel. Considerada a mais polêmica e divisiva para os fãs, a Fase 4 entregou um pouco de tudo: desde continuações esperadas a estreias de novos personagens para essa grande franquia de super-heróis.

Após falar dos filmes da Fase 1, da Fase 2, da Fase 3 e as séries do Disney+, chegou a hora de falar dos lançamentos mais recentes da franquia. Na lista de hoje, você verá todos os filmes da Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel, ranqueados do pior para o melhor!

Para essa lista, estamos considerando apenas os lançamentos grandes feitos no cinema – e é por esse motivo que Lobisomem na Noite, o especial de Halloween do Disney+, ficou de fora da listagem final.

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7º - Thor: Amor e Trovão (2022)

Quando foi anunciado, Thor: Amor e Trovão trouxe uma polarização um tanto quanto curiosa entre os fãs. De um lado, os haters de Ragnarok, que já achavam que o filme seguiria a mesma galhofa do terceiro filme. Do outro, os fãs que ansiavam por ver a saga do Carniceiro dos Deuses e a trama de Jane Foster adaptada para o MCU.

Pois bem, o longa finalmente chegou aos cinemas em julho deste ano... e com certeza é um dos filmes já feitos. Aqui, Taika Waititi retorna com um tom mais cômico para a franquia do Deus do Trovão, porém em um filme que não consegue ancorar suas próprias piadas e mais parece uma sucessão de curtos eventos costurados entre si a esmo.

Ainda que ver Natalie Portman como a Poderosa Thor seja motivo de alegria, o filme é uma verdadeira bagunça, que nem sequer sabe em quais de seus (vários) personagens deve focar. Junte isso ao desperdício do talento de Christian Bale no papel de Gorr e temos, definitivamente, o pior dos filmes da Fase 4.

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6º - Viúva Negra (2021)

Desde que Scarlett Johansson deu vida à espiã sedutora e letal em 2010, em uma participação em Homem de Ferro 2, os fãs clamavam por um longa solo da heroína, mas sempre foram rechaçados pela Marvel Studios, que na época tinha um grande desdém por suas personagens femininas. Dez anos se passaram e Viúva Negra finalmente chegou aos cinemas... lembram?

Dirigido por Cate Shortland, o filme tem um começo muito forte e aposta no clima de thriller de espionagem que combina perfeitamente com toda a jornada de Natasha Romanoff. Contudo, do meio para o final ele se torna o clássico espetáculo com efeitos visuais duvidosos e vilões toscos do MCU, e é aí que ele perde completamente as estribeiras.

É muito bonito ver Scarlett Johansson se dedicando uma última vez ao papel, assim como a adição de Yelena Belova se torna um grande destaque na Fase 4, mas falta muito para que Viúva Negra seja considerado um filme genuinamente bom - especialmente depois de tudo que vimos com a Saga do Infinito. Teria sido aceitável se fosse lançado na Fase 1.

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5º - Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021)

Agora que já passamos pela fase de delírio coletivo provocada pela escassez de lançamentos durante a pandemia e o começo "fraco" da Fase 4, nós podemos admitir sem medo: Homem-Aranha: Sem Volta para Casa até tem seus momentos intrigantes, mas é um filme que se escora na nostalgia para disfarçar seus verdadeiros problemas.

No topo de tudo isso está a direção de Jon Watts, que permanece apática e sem vida, como em seus filmes anteriores. Porém, vai um pouco além disso, já que a primeira hora do filme é tediosa e só serve para atrasar aquilo que os fãs realmente queriam ver, que é o encontro de Tobey Maguire, Andrew Garfield e Tom Holland nos cinemas.

Ainda que traga vilões marcantes como o Doutor Octopus, o Electro e o Duende Verde de volta, o filme não se sustenta muito bem por si só, já que depende o tempo inteiro de um grau de apego do público com as sagas anteriores do Amigão da Vizinhança. Pelo menos, ele fornece uma conclusão satisfatória para a primeira trilogia do Homem-Aranha no MCU.

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4º - Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021)

De muitas formas, a Fase 4 se tornou um período de experimentações e de novas estreias para o Universo Cinematográfico da Marvel. Com boa parte dos Vingadores "aposentados" ou mortos, novos heróis puderam ter seu próprio destaque, e Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis se prova uma obra bem interessante nesse quesito.

Ainda que o final siga à risca a fórmula do MCU e se torne apenas mais um festival genérico de cenas de ação com CGI inacabado, o longa se sustenta de uma maneira bem audaciosa por se inspirar em filmes de artes marciais e nos clássicos do wuxia, como O Clã das Adagas Voadoras e O Tigre e o Dragão.

Além disso, a inclusão de Simu Liu e Awkwafina traz mais leveza para a franquia, além de finalmente termos uma adaptação de peso do Mandarim, na forma de Wenwu. Ainda que tenha seus deslizes, é um longa que vale uma segunda revisitada, especialmente por expandir os horizontes do MCU sem necessitar de conexões, referências e easter-eggs a todo momento.

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3º - Eternos (2021)

Dirigido por Chloé Zhao, diretora de Nomadland, Eternos quebrou uma regra que já estava há anos em voga no MCU: foi o primeiro filme da franquia a receber uma média de aprovação negativa no Rotten Tomatoes, e até hoje está sozinho nessa classificação. Contudo, há muito sobre o longa que merece ser exaltado.

Aqui, Zhao se distancia dos tropos e conveniências da Marvel Studios para cravar uma obra muito humana sobre evolução, natureza e o papel de deuses que vivem escondidos entre a humanidade há milênios. É um filme cheio de personagens marcantes, que abre espaço para narrativas originais e menos convencionais em um "gênero" que já está chegando na fase de exaustão.

Claro, ele talvez se beneficiaria de um ritmo mais acertado e de uma estrutura menos repetitiva, mas ainda assim, é o tipo de história de super-heróis que se vê com cada vez menos frequência e que traz um sopro de ar fresco para a saga da Casa das Ideias. Com sorte, em uma sequência, Zhao pode acertar as pontas soltas e entregar um produto final ainda melhor.

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2º - Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022)

Quando estreou, em maio deste ano, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura dividiu o fandom de uma maneira sem precedentes. Muitos se sentiram incomodados com o arco de Wanda Maximoff - que contradiz o que vimos da heroína em WandaVision - e também com a "promessa falsa" de diversas cameos e participações especiais.

E há de se concordar: o roteiro escrito por Michael Waldron não é lá dos mais brilhantes. Seu texto é simplista e deixa de lado todas as complexidades dos personagens imersos na trama, além de seguir um rumo fácil e previsível. Contudo, a direção de Sam Raimi opera milagres no que, nas mãos de um diretor menos competente, seria apenas mais um filme genérico.

Seja pelo uso de efeitos visuais (o único filme que traz coisas boas em relação a isso na Fase 4) ou pelo teor de horror presente em cada segundo, temos aqui uma das obras mais ousadas e espetaculares do MCU, que consegue dar um novo rumo para Stephen Strange e ainda brincar com o conceito de Multiverso - mesmo que de uma forma muito contida e burocrática.

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1º - Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2022)

Se analisarmos friamente, a verdade é que todos os filmes da Fase 4 trazem problemas gritantes, seja na estrutura narrativa, no visual ou até mesmo em seu "encaixe" com o restante do MCU. O recém-lançado Pantera Negra: Wakanda para Sempre não é uma exceção da regra, mas é surpreendente ver o grau de comprometimento e dedicação da equipe técnica e do elenco.

Ainda que suas quase três horas pesem no produto final, o filme de Ryan Coogler excede as expectativas por tocar em temas como luto e raiva, além de oferecer um novo conflito geopolítico cheio de nuances. Muito disso está no elenco de peso, com destaque para Tenoch Huerta, Angela Bassett e até mesmo Letitia Wright, que surpreende em sua interpretação de Shuri.

A bela homenagem ao legado de Chadwick Boseman não passa batido e é justamente quando o filme explora o impacto deixado por T'Challa que temos alguns dos melhores momentos em um filme de super-heróis do ano. E ainda que sua narrativa seja bagunçada e sua resolução não seja lá muito satisfatória, é um desfecho muito tocante para essa "fase de transição" do MCU.