Universo Cinematográfico da Marvel: Todos os filmes da Fase 3, do pior para o melhor

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Universo Cinematográfico da Marvel: Todos os filmes da Fase 3, do pior para o melhor

Por Gus Fiaux

Em 2016, o Universo Cinematográfico da Marvel inaugurou a sua Fase 3 nos cinemas, trazendo muitos lançamentos interessantíssimos enquanto nos preparávamos para a épica conclusão da Saga do Infinito. Esse período representa uma culminação dentro da franquia, antes no renascimento e do novo início que veio na Fase 4.

Foi aqui que a franquia atingiu o ápice da cultura pop, com lançamentos que estouraram nas bilheterias durante muitas semanas consecutivas, além de obras premiadas como Pantera Negra. Aqui, selecionamos todos os filmes da Fase 3, ranqueados do pior até o melhor!

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11º - Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)

Em último lugar da lista, temos o filme que, na verdade, funciona mais como um epílogo para a Saga do Infinito. Em Homem-Aranha: Longe de Casa, nós somos levados até a Europa, enquanto acompanhamos o nosso Amigão da Vizinhança em uma viagem após os eventos de Ultimato.

Enquanto filme de dramas adolescentes e autodescoberta, Longe de Casa funciona muito bem, mas acaba devendo muito no quesito "super-heroico" - até porque a trama de Peter Parker é repetitiva e faz parecer que ele não aprendeu nada com seu primeiro filme solo.

Jon Watts entrega algumas das cenas mais feias do MCU, em termos de estética e visual, e os poucos momentos que se salvam foram feitos em frente à tela verde, provavelmente sem a supervisão do diretor. Apesar disso, muito do que funciona no filme se deve ao Mystério de Jake Gyllenhaal.

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10º - Capitã Marvel (2019)

Após um gancho deixado na cenas pós-créditos de Guerra Infinita, muitos tinham grandes expectativas para Capitã Marvel. O filme, dirigido pela dupla Ryan Fleck e Anna Boden prometia trazer uma das peças mais importantes para a resolução do conflito contra Thanos.

Infelizmente, o resultado não é lá muito brilhante. Aqui, vemos a história de origem de Carol Danvers contada através de sua memória fragmentada, enquanto ela precisa reencontrar amigos do passado e resolver uma grande conspiração no Império Kree.

O filme tem cenas interessantes e Brie Larson consegue captar bem toda a essência da personagem, mas carece de vilões mais interessantes e de uma história mais forte e consolidada. Do jeito que é, parece um filme da Fase 1 que foi lançado sem querer depois de muito tempo...

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9º - Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)

Após anos nas mãos da Sony, o Amigão da Vizinhança finalmente surgiu para lançar sua teia no Universo Cinematográfico da Marvel. Infelizmente, Homem-Aranha: De Volta ao Lar talvez seja o "primeiro filme" mais insosso de todas as três franquias do herói.

Aqui, somos levados ao Ensino Médio e aos dramas colegiais, tudo enquanto Peter Parker tenta conciliar sua jornada heroica com a vida civil. E nesse percurso, ele precisa honrar o pacto que firmou com o Homem de Ferro e descobrir a forma mais autêntica de provar seu lugar ao lado dos Vingadores.

Ainda que tenha uma ou outra sequência interessante, o filme peca muito pela direção amadora de Jon Watts, que não consegue trazer a grandeza do herói. Por outro lado, devemos dar crédito a Michael Keaton que é capaz de fazer um dos vilões mais bobos das HQs ser realmente ameaçador.

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8º - Doutor Estranho (2016)

O primeira nova franquia introduzida na Fase 3 foi Doutor Estranho, através do filme de origem do herói dirigido por Scott Derrickson. Aqui, nós conhecemos o brilhante (e arrogante) cirurgião Stephen Strange, que após um acidente, precisa trilhar uma jornada de conhecimento e redenção.

Em essência, o filme funciona como qualquer história de origem do Universo Cinematográfico da Marvel - e nesse sentido, não inova em muita coisa, até mesmo no talento desperdiçado de Mads Mikkelsen no papel do vilão. No entanto, há muito a se elogiar sobre o longa.

Para começar, a interpretação de Benedict Cumberbatch eleva o Mestre das Artes Místicas e o apresenta de forma bombástica nesse universo. Além disso, Derrickson consegue fazer muitas coisas interessantes no visual do longa, criando uma estética única para a magia no MCU.

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7º - Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)

Após o estrondoso sucesso de seu primeiro filme, é óbvio que a equipe mais insana do universo retornaria para uma sequência, e Guardiões da Galáxia Vol. 2 pode não ser um filme melhor que o original, mas certamente tem seus momentos de brilhantismo.

Dirigido e escrito por James Gunn, o longa decide romper a equipe em diversos núcleos conforme os Guardiões precisam fugir dos Soberanos e acabam se refugiando em Ego, um planeta vivo que é, ao mesmo tempo, o pai do Senhor das Estrelas.

Visualmente, o filme é impecável e está no alto patamar das criações mais ousadas do MCU. A história, no entanto, deixa um pouco a desejar - mas isso certamente será varrido da sua mente com o final, que é igualmente empolgante pelas cenas de ação e trágico pelo destino de um personagem...

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6º - Homem-Formiga e a Vespa (2018)

Assim como o primeiro filme dessa microfranquia, Homem-Formiga e a Vespa veio em um momento de respiro, enquanto o público precisava se preparar para o grande desfecho de Vingadores: Ultimato. E como diversão descompromissada, ele é excepcional.

Aqui, o diretor Peyton Reed consegue trazer ainda mais de sua assinatura ao fazer uma trama familiar bem divertida, ao mesmo tempo em que trata de questões como a ética científica, o avanço de megacorporações e as batalhas que travamos por aqueles que amamos.

É um filme que acrescenta muitas novidades ao cânone do MCU, ao tratar mais do Reino Quântico e das possibilidades que ele traz, além de ser uma ótima comédia apoiada nos dois personagens principais. Por fim, ainda temos a Fantasma, que é uma antagonista genuinamente subestimada.

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5º - Vingadores: Ultimato (2019)

Exatamente um ano depois do lançamento de Guerra Infinita, nós tivemos a épica conclusão para a Saga do Infinito em um filme de três horas de duração. Vingadores: Ultimato era uma baita promessa, e até cumpriu muito do que se esperava.

O filme aproveita seu monumental tempo de tela para fazer diversas coisas - desde uma sequência de pequenos assaltos pela linha do tempo até a grande homenagem ao MCU e tudo que a franquia apresentou ao longo de uma década. E no fim, somos saudados com uma batalha insanamente majestosa.

Ainda assim, falta um pouco do senso de urgência que Guerra Infinita havia trazido tão bem - sem contar os inúmeros fanservices que se tornam bem cansativos e repetitivos. Dito isso, ainda é uma conclusão bem satisfatória que oferece aos fãs tudo o que eles queriam e mais um pouco.

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4º - Thor: Ragnarok (2017)

Não fosse Taika Waititi e sua incursão no universo da Marvel, nós ainda veríamos um Deus do Trovão muito aquém de sua grandiosidade. Felizmente, Thor: Ragnarok salva a franquia do personagem por abraçar de vez toda a galhofa e os elementos caricatos saídos dos quadrinhos.

É até bem interessante que, mesmo com todas as piadas e o humor presente no filme, finalmente vemos um desenvolvimento à altura de Thor, que percebe como não pode ser limitado pelo seu martelo e precisa enfrentar a maior ameaça de sua carreira: sua meia-irmã insana, Hela.

O filme ainda nos dá um desenvolvimento bem particular para o Hulk e o coloca em uma jornada própria, ao mesmo tempo em que nos apresenta a Valquíria, uma das adições mais empolgantes da franquia. E tudo isso é feito com o ar debochado e hilário que Taika adora colocar em suas obras.

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3º - Capitão América: Guerra Civil (2016)

Lançado em 2016, Capitão América: Guerra Civil veio pouco tempo após o lançamento de Vingadores: Era de Ultron e serviu para nos reunir de novo com a equipe, além de continuar a história do próprio Capitão América e a sua saga com o Soldado Invernal.

Aqui, vemos um plano mirabolante arquitetado por Helmut Zemo para destruir a equipe de dentro para fora, enquanto temos uma adaptação bem vaga da Guerra Civil dos quadrinhos. E por mais que a grandiosidade da saga fique de lado, temos um forte desenvolvimento psicológico dos heróis.

Nas mãos dos Irmãos Russo, o filme oferece algumas sequências de ação inacreditáveis e ainda serviu para apresentar novos heróis como o Pantera Negra e o Homem-Aranha. É uma peça fundamental no alicerce do MCU e que conduziu o tom da Fase 3 até Vingadores: Guerra Infinita.

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2º - Pantera Negra (2018)

Em segundo lugar, não podíamos deixar de mencionar Pantera Negra, o filme que acabou se tornando um grande evento cultural por ser a primeira produção de grande porte estrelada por um elenco majoritariamente negro - além de ser o primeiro filme do MCU estrelado por um herói não-branco.

O filme nos mergulha na sociedade de Wakanda e mostra todos os cruéis desafios pelos quais T'Challa precisa passar para se provar um bom rei. É um longa visualmente impressionante, ainda que seu terceiro ato seja um pouco prejudicado pela computação gráfica.

Mas nada disso tira o brilho da direção de Ryan Coogler e nem do elenco coadjuvante encabeçado por Lupita Nyong'o, Winston Duke, Letitia Wright, Angela Bassett e, é claro, Michael B. Jordan. Mais do que um filme, é um divisor de águas que sempre nos fará gritar "Wakanda Para Sempre!"

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1º - Vingadores: Guerra Infinita (2018)

No entanto, o primeiro lugar deve ficar reservado para Vingadores: Guerra Infinita, o longa que teve a proeza de reunir vários núcleos do Universo Cinematográfico da Marvel em uma trama cheia de tensão, enquanto heróis de todo o universo lutam para impedir Thanos.

A direção dos Irmãos Russo confere um tom muito forte de urgência para a história, mas o mais interessante aqui é ver a união de vários personagens em contextos bem diferentes do que estávamos acostumado, como Thor se unindo aos Guardiões da Galáxia.

O desfecho do filme funciona como um soco no estômago, provando que os heróis não conseguiram vencer a batalha - mas que a guerra ainda podia ser ganha. É um baita crossover que transpira a grandeza dos quadrinhos por todos os poros, e que consegue aliar o fanservice à história sem ser forçado.