10 livros de Stephen King não tão famosos que todo fã deveria ler

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10 livros de Stephen King não tão famosos que todo fã deveria ler

Por Gus Fiaux

Stephen King é, sem dúvidas, um dos maiores escritores da atualidade. Você pode até nunca ter lido um livro dele, mas com certeza não está imune aos seus efeitos na cultura pop, seja por adaptações como O IluminadoCemitério Maldito e IT: A Coisa, ou até mesmo pelas obras que se inspiram abertamente nele, como Stranger Things.

O autor já conta com mais de oitenta livros publicados, entre romances, antologias e até mesmo livros de não-ficção, e engana-se quem acha que ele apenas escreve sobre terror, já que sua bibliografia também traz obras de fantasia, ficção especulativa e drama. Aqui, selecionamos 10 livros excelentes, mas não tão famosos de Stephen King que todo fã deveria ler!

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Os Olhos do Dragão (1984)

Ainda que Stephen King seja visto pelo mundo como o Mestre do Horror, reduzi-lo ao gênero é fechar os olhos para tantas coisas boas que ele já fez fora do terror. Um exemplar perfeito disso é Os Olhos do Dragão, livro de fantasia que opera quase como uma fábula, contando a história de um rei, um bruxo cruel, um príncipe destemido e, é claro, dragões.

Lançado em 1984, o livro é ambientado no reino fantástico de Delain, em um mundo onde as criaturas dos mitos e lendas já interagiram com os seres humanos. Vale ressaltar que essa obra complementa algumas das ideias que King apresentaria em A Torre Negra, seu épico de fantasia inspirado por O Senhor dos Anéis e por filmes de faroeste.

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Trocas Macabras (1991)

Ainda que seja um queridinho de muitos fãs, Trocas Macabras nunca foi reconhecido como Carrie, a Estranha e Cemitério Maldito, justamente por não ter uma adaptação cinematográfica memorável. Lançado em 1991, o livro originalmente foi planejado como a última obra de King situada na cidade de Castle Rock, que já foi palco de livros como Cujo e A Metade Sombria.

Na trama, a vida da população local muda da noite para o dia com a chegada de Leland Gaunt, um vendedor misterioso que abre um antiquário e traz presentes para os moradores, cobrando apenas um pequeno favor em troca. No entanto, logo o barato custa caro e todos se veem em uma trama maldita que revela os segredos mais sombrios de cada um.

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Jogo Perigoso (1992)

Você pode até ter se deparado com o filme de mesmo nome na Netflix, que foi dirigido por Mike Flanagan. Contudo, Jogo Perigoso é uma obra ainda mais interessante e cheia de simbolismos que sua adaptação (que por si só já é muito boa, diga-se de passagem). E tudo com um toque macabro que apenas Stephen King seria capaz de escrever.

Na história, uma mulher e seu marido viajam para uma casa isolada, tentando reacender a chama de seu relacionamento. Após uma briga, o homem sofre um ataque cardíaco e a mulher se vê presa, algemada na cama. Enquanto ela tenta encontrar uma forma de escapar, logo é assombrada por um visitante terrível e memórias desoladoras de seu passado.

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Love: A História de Lisey (2006)

Possivelmente o livro mais intimista e pessoal do escritor, Love: A História de Lisey foi escrito depois que Stephen King sofreu um acidente quase fatal em 1999, ao ser atropelado por um veículo em alta velocidade. Cheio de dúvidas e consumido pela ideia de que poderia ter morrido, ele trouxe essas ideias ao mundo em um livro misterioso e poético.

Lisey Landon é uma mulher que está passando por todo o processo do luto após perder seu marido de uma forma abrupta. Conforme se prepara para limpar a casa e se livrar dos pertences pessoais dele, ela entra em uma jornada pessoal e descobre segredos escondidos por seu falecido esposo. O livro tem um toque de horror cósmico e uma trama emocionante.

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Joyland (2013)

Todos nós gostamos de um bom calhamaço escrito por Stephen King. O autor já nos acostumou com obras grandiosas, cheias de personagens e com uma construção de universo fascinante... mas às vezes, menos é mais. E esse certamente é o caso de Joyland, um pequeno romance publicado em 2013 e que traz um grande espírito aventureiro.

A trama acompanha Devin Jones, um jovem rapaz que passa a trabalhar no Joyland, um grande parque de diversões da Carolina do Norte. E embora esse seja um emprego dos sonhos, ele logo suspeita que forças sobrenaturais estão tentando se manifestar nos terrenos do local. Se você não quer medo e desgraça, essa é uma baita indicação por se tratar de um coming-of-age.

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Mr. Mercedes (2014)

Para ser sincero, Mr. Mercedes tem lá uma boa parcela de fãs, mas para os leitores leigos na carreira de Stephen King, é fácil passar batido. Aqui, o escritor mostra toda sua versatilidade ao conduzir o leitor por um suspense policial de primeira, com personagens muito bem construídos e um mistério de fazer roer as unhas.

Na trama, Bill Hodges precisa se aliar com a excêntrica Holly Gibney e o destemido Jerome Robinson para investigar um assassino que teria sido responsável por um massacre e, agora, planeja causar um atentado terrorista ainda mais sanguinário. O livro deu origem a duas sequências: Achados e Perdidos e Último Turno, além de ter ganhado uma série de TV.

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Revival (2014)

Lançado em 2014, Revival é uma das grandes pérolas da bibliografia de Stephen King. Na trama, acompanhamos a história de James Morton desde sua infância até a vida adulta. Morador de uma pacata cidade, ele se torna amigo de um pastor dedicado e ambicioso, Charles Jacobs, que vê sua vida sendo virada de ponta a cabeça após um trágico acidente.

Misturando elementos de Frankenstein com H.P. Lovecraft, King cria no livro uma ambientação muito intrigante, com personagens moralmente cinzas - tudo enquanto nos embala em uma discussão sobre fé, religião e os limites da ciência humana. Destaque para as últimas cinquenta páginas, que trazem um dos finais mais aterrorizantes da carreira do escritor.

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O Instituto (2019)

Se você já leu IT: A Coisa, O Talismã e até o conto O Corpo (que acabou ganhando uma adaptação no filme Conta Comigo), deve saber que King é um excelente criador de personagens infanto-juvenis. Suas obras, ainda que sejam carregadas de temas sombrios, trazem uma leveza ao retratar a infância e as primeiras amizades, algo que vemos em O Instituto.

Muito mais puxado para a ficção científica e para o drama que para o horror, o livro segue um grupo de crianças e adolescentes que são sequestrados e enviados para uma instalação militar, onde são testados à exaustão por conta de seus poderes telepáticos e telecinéticos. Com personagens queridos e um desfecho surpreendente, é uma ótima pedida para quem quer algo mais leve.

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Com Sangue (2020)

Embora o autor seja muito conhecido pelos seus romances, há muitas coisas intrigantes nos pequenos contos do Mestre do Horror. Com Sangue é a sua antologia mais recente, com quatro contos espetaculares que nos trazem sentimentos angustiantes e confusos, mesmo quando eles não são imersos no horror propriamente dito.

Aqui, você vai encontrar O Telefone do Sr. Harrigan (que acabou de ter uma adaptação pela Netflix); A Vida de Chuck, um conto experimental e com grande influência da weird fiction; Com Sangue, uma aventura solo da Holly Gibney de Mr. Mercedes; e Rato, um conto bem curto e carregado de imagens escabrosas.

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Dança Macabra (1981)

Muito conhecido por seu trabalho com ficção, Stephen King também tem ótimas obras no campo da não-ficção, como por exemplo Sobre a Escrita, onde discorre sobre seu trabalho e dá dicas para escritores iniciantes. Porém, King também é um grande estudioso do gênero do horror, e demonstrou sua perspicácia ao mundo com Dança Macabra, de 1981.

O livro nos conduz em uma viagem fascinante pelas produções de horror dos anos 50 a 80, com indicações de livros e filmes para quem quer se aprofundar no gênero. Aqui, King tece críticas vorazes a várias obras - incluindo algumas adaptações de seus próprios livros, como O Iluminado de Kubrick. É um livro imperdível para quem quer desfrutar da visão de King sobre o horror.