Death Note: 4 motivos para se preocupar e 4 para se animar com a série live-action da Netflix

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Death Note: 4 motivos para se preocupar e 4 para se animar com a série live-action da Netflix

Por Nick Narukame

Não é de hoje que os fãs de Death Note esperam por uma adaptação digna do mangá lançado pela dupla Takeshi Obata e Tsugumi Ohba em 2003. Com diversas adaptações feitas não apenas no oriente, mas também por mãos ocidentais, a obra agora irá passar pelas mãos dos irmãos Duffer, responsáveis por Stranger Things e terá mais uma chance de contar a história do caderno da morte que fez tanto sucesso ao redor do mundo.

Porém, com o anúncio dessa nova série da Netflix, muitos pontos a se preocupar podem ser levantados, como também muitos outros que podem ser positivos para a trama. Abaixo você poderá ver quatro de cada, mostrando assim que tudo pode não ser flores com relação a adaptação do mangá, mas também não precisam ser só espinhos.

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Para se preocupar: A adaptação mais recente

Death Note tem muitas adaptações em seu currículo, a maioria delas tendo sido produzidas pelo próprio Japão. A única produzida oficialmente pelo ocidente foi feita justamente pela Netflix e foi muito mal recebida pelo público.

A decepção causada pelo filme lançado em 2017 foi tanta que os fãs não conseguem deixar de ter um pé atrás com o anúncio dessa nova tentativa de fazer um Death Note ocidental.

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Para se animar: A trama inteligente

Mas, apesar dos pesares, a história apresentada por Death Note é bastante rica e possui potencial para ser muito bem explorada em uma série em live action. Na trama, um garoto extremamente inteligente encontra um caderno que lhe dá o poder de eliminar quem ele quiser. Ele então decide que irá se concentrar nos malfeitores, se tornando a justiça e, assim, assumindo como uma espécie de Deus de um novo mundo.

Os jogos mentais entre aqueles que desejam prender esse novo justiceiro e ele próprio tentando evitar que descubram sua verdadeira identidade são a marca registrada da obra. Se essa parte for adaptada de modo satisfatório pela nova série, grande parte dos fãs já se sentirá satisfeita e a adaptação estará um passo mais perto do sucesso que seus idealizadores esperam para ela.

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Para se preocupar: Descaracterização de personagens

O protagonista, Light Yagami, é um rapaz frio e bastante racional na obra original, o que o auxilia muito em suas fugas discretas das autoridades que o procuram. Isso acabou deixando a desejar no último filme da Netflix, onde o jovem Light não podia estar mais diferente do que os fãs conheciam.

Algumas adaptações sobre os personagens em si seriam inevitáveis, mas a de Light acabou afetando aspectos da trama e o medo que isso aconteça na nova série divulgada pela Netflix é válido e bem real.

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Para se animar: Os irmãos Duffer

Os aspectos sombrios da história também são um show à parte. E, como a nova série ficará nas mãos dos irmãos Duffer, as expectativas dos fãs para ver como eles trabalharão o mundo dos shinigamis e as cenas de suspense estão bem altas.

Como os Duffer são responsáveis por Stranger Thingis, série que soube muito bem apresentar um terror progressivo, eles possuem a faca e o queijo na mão para fazer um bom trabalho com Death Note também.

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Para se preocupar: Personagens caricatos demais

Como se tratam de duas mídias totalmente diferentes, se alterações em alguns aspectos dos personagens não forem feitas, há o risco deles se tornarem caricatos demais. O anime costuma dar ênfase exagerada em sensações e reações dos personagens de forma que não faria muito sentido em uma série em live action.

Dessa forma, se a fidelidade for mantida de modo total, há o risco de alguns pontos se mostrarem bem fora da realidade o que deixaria a série mais puxada para a comédia do que para o suspense propriamente dito.

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Para se animar: A possível trilha sonora

O anime de Death Note também marca os espectadores com sua trilha sonora forte e única. As aberturas e encerramentos da obra são inconfundíveis entre o público otaku. Pelo trabalho dos irmãos Duffer em Stranger Things, podemos esperar algo similar da série uma vez que ST tem um apego muito grande a questões musicais e isso foi bem adaptado na obra.

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Para se preocupar: Pode haver adaptações na trama

Como já mencionado, há diversas coisas que irão sofrer alterações na troca de mídia. Coisas que funcionaram muito bem no anime e no mangá podem não funcionar assim tão bem em uma trama com seres humanos de carne e osso. Dessa forma a preocupação que pontos importantes sejam alterados do enredo principal é válida, principalmente se levarmos em consideração a adaptação anterior da própria Netflix.

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Para se animar: O tempo de duração

Porém, o filme da Netflix de 2017 era apenas um longa de 1h41m de duração. O que está por vir agora é uma série, com mais espaço para conceitos e personagens serem trabalhados e apresentarem algum desenvolvimento. Com esse espaço maior para trabalhar a obra, é de se esperar que as coisas tomem um rumo mais satisfatório e toda a magnitude do trabalho de Takeshi Obata e Tsugumi Ohba sejam bem representados pelos irmãos Duffer.