As coisas nem sempre foram fáceis para Sam Worthington. Antes de estabelecer sua carreira em Hollywood, o ator até fazia alguns trabalhos na Austrália, país onde morava, mas enfrentou algumas dificuldades quando tentou fazer a transição para a indústria norte-americana.

Na época em que fez o teste para viver Jake Sully em Avatar, Worthington vivia dentro de seu carro por não ter condições financeiras o suficiente para se sustentar. Ele precisou vender grande parte de seus bens para poder continuar sua jornada em terras hollywoodianas, que sofreria uma reviravolta logo mais quando recebeu a notícia de que estava no elenco do filme de James Cameron.

Não é só O Senhor dos Anéis que possui uma língua própria para chamar de sua: o idioma dos Na’vi, os habitantes de Pandora em Avatar, foi criado especialmente para o filme de James Cameron.

O nome por trás dessa criação é o do linguista Paul Frommer, que foi contratado pelo diretor para fazer um idioma fácil de ser entendido pelos atores, mas que ainda mantivesse uma composição diferente da linguagem humana.

Como parte da preparação para o filme, o diretor James Cameron resolveu levar o elenco em uma viagem para o Havaí. A ideia era fazer com que os atores entrassem em contato com uma selva que se assemelhasse à floresta tropical de Pandora, criando uma maior identificação com a ambientação do filme. Isso porque não teria nada disso no set de filmagens para guiar o elenco.

Logo, o grupo passava grande parte do dia no meio da selva, onde aprendiam como sobreviver na natureza para depois aplicar tais conhecimentos durante as gravações.

Um dos aspectos mais impressionantes sobre Avatar é o uso da tecnologia no filme. Cameron demorou anos para desenvolver o projeto, e muitas inovações da época não atendiam às necessidades do diretor para que o filme fosse finalizado.

Durante essa jornada, Cameron contou com a ajuda da Microsoft, que desenvolveu uma tecnologia computacional, apelidada de Gaia, para hospedar todos os metadados digitais e os conteúdos gerados nas filmagens. Foi com o auxílio do software que a equipe finalmente conseguiu produzir o filme sem grandes problemas.

Que rumos as carreiras de Matt Damon e Jake Gyllenhaal teriam tomado se eles tivessem sido escalados para viver Jake Sully em Avatar? Bem, isso poderia ter acontecido, já que ambos foram cotados pela equipe para interpretar o protagonista do filme na época.

Isso só não aconteceu porque James Cameron queria um rosto menos conhecido para o papel, abrindo espaço para que Sam Worthington conquistasse essa oportunidade.

Avatar impressionou todo mundo com o uso da computação gráfica em 2009, proporcionando uma experiência impactante nas salas de cinema. Mas nem tudo foi fruto do CGI: a paralisia de Jake Sully, por exemplo, foi representada na tela a partir de uma prótese que usou como molde as pernas de um homem paraplégico na vida real.

Assim, Sam Worthington usava as próteses durante as filmagens, enquanto escondia suas verdadeiras pernas na cadeira de rodas. A mágica acontecia na pós-produção, que deixou apenas as próteses visíveis para o público.

James Cameron e toda a equipe de Avatar passaram por poucas e boas nos bastidores do filme, principalmente quando as imagens filmadas precisavam ser renderizadas. Todos os dados gerados pela captação das imagens e a tecnologia de captura de movimentos eram extremamente pesados, por isso a equipe contava com a ajuda de computadores de última geração para renderizar os arquivos.

Logo, certas cenas demoravam horas e mais horas para serem processadas, e até mesmo frames precisavam de um tempo considerável para serem renderizados. Haja paciência para finalizar Avatar.

Independente da sua opinião sobre Avatar, não dá para negar que o filme impactou a indústria cinematográfica de um jeito impressionante. Por isso, não é à toa que muita gente o considere revolucionário, principalmente quando estamos falando sobre a técnica cinematográfica e o uso da computação gráfica no cinema.

Muito mais do que mudar a relação da indústria com o 3D, Avatar elevou o patamar do CGI ao combinar sensores de movimento e pequenas câmeras faciais nos atores para criar personagens computadorizados da maneira mais realística possível. Depois disso, Hollywood passou por uma intensa transformação no que diz respeito aos efeitos visuais, abrindo espaço para produções mais ambiciosas e imaginativas.