A Órfã ficou conhecida por mostrar uma história, aparentemente, impossível. Nela, conhecemos Esther, uma garota de 9 anos que esconde um segredo. Após ser adotada por uma nova família, eventos sinistros rondam a casa. É então que descobrimos que Esther é uma sociopata de 33 anos.

Ao longo dos anos, o público descobriu que o filme foi inspirado na história real de Barbora Skrlová, uma mulher adulta que foi descoberta fingindo ter 13 anos na Noruega . Porém, o que poucos sabem é que a situação ocorreu novamente em 2019. Natalia Grace, de 22 anos, foi adotada por uma família que acreditava que ela tinha 9 anos.

Dirigido por Mary Harron, Psicopata Americano traz Christian Bale no papel de Patrick Bateman, um executivo que tem um desejo assassino. Ao longo do filme, vemos os horrores da vida empresarial sendo equiparados à violência do psicopata contra suas vítimas.

Em 2012, Brian Douglas White, de 17 anos, se sentiu inspirado pelo longa. Assim como o personagem de Bale, White assassinou sua ex-namorada com um machado. Antes do ocorrido, ele ainda postou a frase "Did I mention I'm insane?" ("Eu comentei que sou insano?" em tradução literal) no Facebook em referência a uma fala do filme.

De David Cronenberg, Videodrome é mais uma história cheia de horror corporal que promete se aprofundar em uma particularidade da sociedade humana. De 1983, a história segue um dono de uma emissora de televisão que se depara com transmissões de pessoas torturadas e mortas.

A produção é inspirada na lenda urbana dos anos 70 sobre snuff movies — filmes caseiros trazendo cenas de morte reais. Porém, o longa se aprofunda no fascínio da mídia pela violência. Nos anos subsequentes ao lançamento de Videodrome, vimos o surgimento e crescimento de programas de televisão que lucram às custas de assassinatos e crimes hediondos.

O filme, que era um "conto preventivo" sobre o potencial nocivo da mídia, acabou ganhando tons sinistros de "profecia".

O filme mais popular do isolamento social de 2020 foi Contágio. De acordo com especialistas, o filme de Steven Soderbergh de 2011 mostrava de forma didática como o vírus do COVID-19 se tornou uma pandemia.

Mesmo com diversas diferenças entre ficção e realidade, a produção acabou ganhando um status profético. Não apenas pela forma como descreveram as consequências de seu vírus, mas também como a população reagiria a ele.

Em entrevista para o The Wrap, um dos atores principais da trama, Jude Law, comentou como os roteiristas previram o tom conspiracionista de algumas pessoas sobre o COVID-19. "O que é extraordinário, mais do que o vírus se espalhando, é como personagens como esses começaram a pipocar", comentou.

Em Monstros, de 2010, o diretor Gareth Edwards mistura política e alienígenas em uma trama social sobre imigrantes mexicanos. Nele, após uma sonda da NASA cair no México, diversas criaturas tomam a fronteira entre o país e os Estados Unidos. É então que o governo americano constrói um muro, impedindo os "aliens" de invadirem o país.

A alegoria de Gareth Edwards permaneceu como uma metáfora até o ano de 2018. Foi então que o então presidente, Donald Trump, transformou a ideia em realidade, quando começou a construção de seu muro para impedir a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos.

Pânico 4 é um dos filmes mais controversos da franquia criada por Wes Craven. De 2011, o filme traz o retorno de Neve Campbell como Sidney Prescott. De volta a cidade de Woodsboro, a final girl precisa enfrentar o Ghostface mais uma vez.

Entre altos e baixos, um ponto que é sempre comentado pelos fãs é a identidade dos assassinos do filme. Além de Charlie Walker, Jill Kessler, prima de Sidney, tramou o plano. O motivo? "Você não precisa conquistar nada. Você apenas precisa que coisas ruins aconteçam com você", explicou.

Procurando a fama de Sidney, Jill revelou um objetivo que seria corriqueiro nos dias de hoje: a cultura do influencer. Mesmo a personagem estando em uma época em que as Kardashians já eram populares, é interessante como a visão do diretor se tornou algo tão forte na atualidade.

Este item vai parecer um verdadeiro absurdo, mas realmente aconteceu. A franquia Sharknado gira em torno do temível tornado recheado de tubarões percorrendo o mundo.

Curiosamente, a Austrália viu algo similar acontecendo em 2017. Após o ciclone Debbie passar por Queensland, um tubarão de um metro e meio foi encontrado na estrada. Felizmente, esse "sharknado" foi composto apenas por este pobre tubarão, fazendo todo o horror do filme muito menos catastrófico.

De 1979, Stalker de Andrey Tarkovsky é uma daquelas produções angustiantes por conta de sua atmosfera opressiva. Nele, três viajantes atravessam uma zona proibida em busca de uma lenda que promete realizar todos os seus desejos.

Essa "zona" apresentada no filme foi criada após a queda de um meteoro. Com uma coloração acinzentada e um espaço completamente destruído, é impossível não relacionar a sua estética a Chernobyl após o acidente nuclear de 1986.

Se isso já não é um motivo para entender essa obra como uma "premonição", ainda temos outro elemento curioso da trama: o turismo nuclear. Desde os anos 90, excursões de turistas em áreas que sofreram alguma calamidade nuclear se tornaram populares.

Tanto na versão japonesa de 2002 quanto no remake de 2005 de Água Negra, temos a morte chocante de uma garota afogada em uma caixa d'água. Anos mais tarde, em 2013, a história se repetiria na vida real.

Elisa Lam foi encontrada sem vida em uma caixa d'água no topo do Hotel Cecil em Los Angeles. Devido às similaridades do filme com a morte de Lam, além de todos os mistérios rondando o evento, Água Negra acabou sendo visto como uma espécie de premonição.

Em 1968, Roman Polanski dirigiu O Bebê de Rosemary. Protagonizado por Mia Farrow, o filme acompanha uma mulher grávida que fica entre a loucura e a sanidade após descobrir que sua gravidez foi causada pelo próprio Satã.

Após sua produção, diversos eventos sinistros acompanharam a equipe. Desde a morte de Krzystof Komelda, que caiu de um precipício, até William Castle que teve alucinações após um caso de pedra nos rins e passou a gritar falas do filme.

Porém, o que marcou a indústria do cinema foi o assassinato da atriz Sharon Tate, esposa de Polanski, pela Família Mason. Na época, Tate estava grávida, o que criou diversas teorias por parte da mídia e público.