Escritora de Nubia confirma a existência de Amazonas Trans na cultura da Mulher-Maravilha

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Escritora de Nubia confirma a existência de Amazonas Trans na cultura da Mulher-Maravilha

Por Flávia Pedro

A escritora de Nubia & the Amazons confirmou oficialmente a existência de mulheres trans em Themyscira, a terra da Mulher-Maravilha. Mais que confirmada a existência, a autora afirma ainda que uma delas desempenhará um papel fundamental para o futuro da obra.

O livro é escrito por Williams e Ayla, além de ser desenhado por Alitha Martinez, expandindo o universo e todo o legado da Mulher-Maravilha. A história aborda a origem de Nubia, uma irmã perdida de Diana. Vale lembrar que Nubia foi criada a há mais de 40 anos, mas só agora chega ao papel principal e sendo coroada a Rainha das Amazonas. (via CBR)

Sobre a personagem trans, em uma série de tweets Williams confirmou o que antes era apenas especulação e teoria entre os fãs: a personagem Bia é uma mulher trans.

Em suas próprias palavras, a escritora afirmou:

“A resposta às suas pergunta ardentes é sim. Existem amazonas trans. Uma das mais novas amazonas é uma mulher negra trans.”

Como podemos acompanhar na postagem de Stephanie:

De uma forma simbólica, o pronunciamento ocorreu junto à comemoração de 80 anos da Mulher-Maravilha e com a estreia de Bia no lançamento do volume 1 da obra. A Amazona será uma das cinco novas personagens que renascerão em Themyscira através do Poço das Almas.

Além desse pronunciamento, Stephanie acrescentou dizendo:

“Por mais que seja importante para a minissérie The Nubia & the Amazons reintroduzir Nubia e estabelecer seu papel definitivo no DCU, também é importante deixar claro que Themyscira é um lugar para TODAS as mulheres.”

A autora de Nubia também é uma mulher negra e queer e, ao explicar a criação da personagem, diz que a ideia surgiu de conversas com sua companheira de criação e co-escritora Vita Ayala, que é trans e não-binária. A intenção das duas era criar uma história que fosse acolhedora para todas as mulheres. Williams afirmou que Bia não será apenas uma personagem sem profundidade:

“Bia terá um papel em Themyscira além de apenas existir – ela não é cenografia, ela não é uma caixa a ser marcada, ela é uma personagem de pleno direito que é importante para sua comunidade. Assim como as mulheres trans negras são importantes para nós na vida real.”

Na história do movimento queer, as mulheres trans negras foram precursoras na luta por direitos. O início dos protestos que deram origem a primeira Parada LGBTQ+ só foram possíveis pela coragem de Marsha P. Johnson na Rebelião de Stonewall.

Recentemente a DC vem se movimentando para gerar inclusão e representatividade em suas histórias e Bia foi a mais recente delas. Acompanhamos também o primeiro Robin assumidamente bissexual da família Batman, Tim Drake, além do Filho do Superman, Jon Kent, assumir um relacionamento com o jovem repórter Jay Nakamura, se declarando também bissexual. Será que veremos em breve uma formação da Trindade Queer na DC Comics?

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