Eternos: Como funciona a mitologia do novo filme da Marvel

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Eternos: Como funciona a mitologia do novo filme da Marvel

Por Gabriel Mattos

Antes da estreia de Eternos, houve muita especulação sobre como estes seres milenares seriam introduzidos no Universo Cinematográfico Marvel. Afinal, sua origem já não é nada simples nos quadrinhos e traduzir isto em uma linguagem acessível para o grande público seria um grande desafio. Tendo isso em mente, Chloé Zhao, que dirigiu o novo filme da Marvel, decidiu trazer a sua própria interpretação desta mitologia tão complexa. Mas afinal, como funciona a mitologia dos Eternos, Deviantes e Celestiais no novo filme da Marvel?

Como os Eternos e Deviantes surgiram nos quadrinhos?

Celestiais agem diferente nos quadrinhos

Nos quadrinhos, a origem dos Eternos tem uma relação confusa com engenharia genética que não existe nos filmes. A princípio, todos os Eternos e Deviantes eram humanos pré-históricos que sofreram mutações intencionais nas mãos de um grupo de Celestiais.

Gammenon, o Coletor, separou os primeiros espécimes. Tiamut, o Comunicador, começou a supervisionar os processos de manipulação genética de seus colegas. Do grupo original, Ziran, o Testador, começou a realizar experimentos que resultaram nos repulsivos Deviantes, a nova espécie cientificamente chamada de Homo Descendus. Por fim, atualizando o design de seu colega, Nezzar, o Calculador, fez suas alterações que resultou em uma espécie perfeita: os Eternos, Homo Immortalis.

Por fim, os Eternos foram devolvidos à Terra, junto aos Deviantes, com a missão de proteger os Celestiais, sua máquina e corrigir um desvio genético excessivo, o que eles fizeram por milênios, sem interferir consideravelmente na vida do planeta.

Como os Eternos e Deviantes surgiram nos filmes?

A base estabelecida pelos quadrinhos foi levemente aproveitada para construir a explicação vista nos cinemas, que aproveitou muito noções de ficção científica para justificar sua criação.

O que são Celestiais no MCU?

No MCU, os Celestiais são uma força do universo para garantir a manutenção da Entropia — conceito da termodinâmica que explica que, após o Big Bang, o universo continuou em lenta expansão. Ao longo dos milênios, novas galáxias precisam surgir, enquanto sistemas muito antigos precisam ser extintos, mantendo o equilíbrio no universo. Regulando este equilíbrio estão os Celestiais e, no caso do Sistema Solar, Arishem, o Juíz.

Ele resolveu criar formas de vida auxiliares para automatizar o ciclo natural do universo. Afinal, para um Celestial concentrar energia o suficiente para gerar uma nova estrela, ele precisa passar um longo período hibernando no núcleo de um planeta, absorvendo energia vital de seus habitantes. E para garantir que este processo acontecesse sem interrupções, surgiram os Deviantes.

O que são Deviantes no MCU?

Deviantes são predadores nos filmes

Os deviantes são seres criados com o potencial de evoluir. Sua principal função é atacar e controlar os maiores predadores dos planetas para que vida inteligente consiga persistir. Entretanto, eles foram tão eficientes em seu trabalho que, após uma série de evoluções desordenadas, os Deviantes começaram a se tornar os predadores dominantes de seus planetas. Assim, Arishem precisou revisar seu design para garantir que a missão original fosse cumprida.

O que são Eternos no MCU?

Eternos são robôs de elite

Assim nasceram os Eternos, seres sintéticos desprovidos da capacidade de crescer ou evoluir de qualquer forma. Eles estão mais próximos de robôs ou autômatos do que de um ser humano e definitivamente não compartilham antepassados com outras espécies. Eles têm super poderes únicos e sua missão é combater deviantes para garantir o Despertar eficiente de um Celestial. Sempre um Celestial consegue surgir, destruindo o planeta hospedeiro, suas memórias são apagadas, armazenadas em uma nave mãe e os Eternos, sem suas memórias, são enviados em uma nova missão.

As diferenças entre os Eternos nos filmes e nos quadrinhos

Eternos nos quadrinhos

A principal diferença entre os Eternos nos filmes e nos quadrinhos é que, na criação de Chloé Zhao, eles não são seres vivos de fato. Eternos são criaturas sintéticas, criados aos milhares em uma fábrica estelar, não o resultado de um minucioso processo de evolução.

Nas histórias de Jack Kirby, existiam inclusive Eternos e Deviantes criados a partir de espécies de outros planetas, com suas próprias características. O objetivo principal dos Celestiais, nos quadrinhos, era de promover a evolução em diferentes planetas. Por isso, eles criavam seus próprios Eternos e voltavam milênios depois para julgar o seu avanço.

Outra mudança considerável diz respeito aos poderes de cada herói. No original, todos compartilham praticamente os mesmos poderes. No filme, por outro lado, cada Eterno foi atrelado a uma habilidade, o que garante que sejam mestres naquilo que fazem. Makkari, por exemplo, é mais rápida que qualquer um, quando nos quadrinhos é apenas mais um personagem capaz de correr em altas velocidades.

De qualquer forma, os Eternos sempre foram personagens em constante mudança nos quadrinhos. Cada autor responsável por uma nova era dos heróis trouxe uma nova interpretação à sua mitologia e isto não foi diferente com a chegada da equipe ao MCU. Resta saber se as novidades trazidas por Chloé Zhao conseguiram agradar.

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