Dirigido por Lee Chan-dong, Em Chamas é mais um conto sobre os diferentes contrastes da vida coreana. Entre riqueza e pobreza, bom e mal, seguimos o entregador Jung-soo, interpretado por Yoo Ah-In de Profecia do Inferno, encontrando uma antiga amiga do colégio, Shin Hae-mi, interpretada por Jeon Jong-seo de La Casa de Papel: Coréia.

O problema é que, após uma viagem, a relação dos dois muda com a chegada de um jovem misterioso e seu grande segredo.

Para os saudosistas do ator que deu vida a Glen em The Walking Dead, Em Chamas é uma faca de dois gumes. Enquanto Steven Yeun entrega uma performance excepcional, seu personagem é capaz de causar repulsa em qualquer um.

Medo, ou História de Duas Irmãs, é uma das produções coreanas que já sofreu nas mãos dos Estados Unidos ao passar por um remake. Dirigido por Kim Jee-woon, essa recomendação não é para qualquer um.

Além de reviravoltas inesperadas, Medo possui uma narrativa confusa que viaja a esmo pelo tempo cronológico, complicando o entendimento completo da história. Inspirado por um conto folclórico da Dinastia Joseon, o longa acompanha o retorno de duas irmãs ao seu lar, agora comandado pelo pai e a obsessiva e cruel madrasta.

A Criada pode ser resumido como “uma grande novela, repleta de fofocas condensadas em um filme de duas horas”. A recomendação para este filme é não assistir trailers e nem se debruçar em grandes sinopses ou opiniões.

Assim como Parasita, A Criada é uma experiência única que, quanto menos se sabe, mais se surpreende. Com Kim Tae-ri e Kim Min-hee, o filme se passa em uma Coréia do Sul ocupada pelo Japão nos anos 30.

Sendo o primeiro longa dirigido por um cineasta coreano abertamente gay, o diretor Leesong Hee-il retoma seu curta anterior, Good Romance, e entrega uma produção ousada, inesperada e intensa.

Nele, o órfão Su-min tenta conciliar o trabalho em uma fábrica com o estudo em uma faculdade de arte e um emprego noturno. Durante uma rodada de demissões na empresa, o filho de seu chefe, Jae-min, promete salvar seu emprego, porém Su-min recusa a ajuda. Diante desta resposta, uma relação complicada desabrocha entre os dois.

Alzheimer, poesia e criminosos. Todos esses conceitos parecem aleatórios demais para estarem em um mesmo filme, porém, Poesia, de 2011, consegue reuni-los sem dificuldade. Dirigido pelo mesmo cineasta de Em Chamas, o longa encontra a dramaticidade do ordinário.

Nele, Mija começa um curso especializado em poesia em um centro cultural perto de sua casa. Observando o cotidiano e procurando inspiração no mundano, a senhora ainda precisa lidar com seu neto, uma confusão criada pelo mesmo e o mal de Alzheimer.

Se há algo que se destaca em Parasita é como o longa consegue ser visceral, porém triste. Divertido em ritmo, mas pesado em enredo. E essa característica se assemelha à experiência de consumir Eu Vi o Diabo.

Diferente das típicas histórias de assassinos em série dos Estados Unidos, aqui temos um agente secreto do Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul (NIS) determinado a procurar vingança ao invés de justiça.

A atuação de Lee Byung-hun como Soo-hyun, o agente secreto, é um dos pontos altos do filme. Suas cenas de perseguição, luta e drama conseguem arrepiar a espinha do espectador, tornando qualquer reviravolta uma experiência única.

Falar de cinema coreano e citar a Trilogia da Vingança de Park Chan-wook se tornou mandatório. Porém, mesmo que a regra seja recomendar Oldboy, aqui vamos fazer um pouco diferente e sugerir o primeiro filme da trilogia: Mr. Vingança.

Com Song Kang-ho, de Parasita, e Bae Doona, de Sense8, seguimos um homem que sequestra a filha do seu ex-chefe para conseguir dinheiro e pagar o rim clandestino de sua irmã. O problema é que, assim como Parasita, nada sai como o planejado.

Para os que querem ver mais de Chan-wook, a trilogia termina com outra pérola do cinema coreano, Lady Vingança, de 2005.

De Kim Ki-young, Hanyo, a Empregada é um daqueles filmes que impactou toda uma indústria. Lançado em 1960, o longa é conhecido por ter influenciado Parasita com seu terror psicológico que une luta de classes e desejo, horror e crítica social.

Hanyo recebeu um remake coreano em 2010, mas conferir o trabalho do diretor e este clássico elenco é desvendar um dos primórdios do cinema sul coreano. No longa, um compositor decide contratar alguém para ajudar nas tarefas domésticas após sua esposa se demonstrar exausta por conta da gravidez.

O problema é que a empregada quer mais do que apenas um trabalho. Sendo o único filme da lista disponível em algum streaming, Hanyo, a Empregada pode ser visto no Mubi.