Passado em um mundo futurista onde as pessoas substituem as partes de seus corpos por apetrechos cibernéticos, Ghost in the Shell brinca com o conceito de vulnerabilidade da informação. Quando a humanidade se vê em uma simbiose com a tecnologia, a mesma abre brechas para cibercriminosos e hackers, incluindo uma inteligência artificial.

No filme de 1995, por exemplo, uma IA chamada Puppet Master passa a causar sérios danos na sociedade ao invadir a mente de pessoas com implantes eletrônicos.

Em Den-noh Coil, grande parte da população acessa o mundo digital regularmente, usando óculos tecnologicamente avançados. O único problema é que este mundo virtual está cheio de vírus, malwares e outros problemas. Para impedir ataques cibernéticos, existem entidades artificialmente inteligentes que são como animais de estimação com IA.

Situado em uma realidade onde um sistema utiliza inteligência artificial para determinar quais carreiras as pessoas devem seguir e qual a probabilidade de cometerem crimes, Psycho-pass brinca com conceitos de livre-arbítrio e probabilidade.

Na trama, se uma pessoa for rotulada como "criminosa latente" pelo Sistema Sibyl, ela poderá ser presa pelo resto da vida, apesar de nunca ter cometido um crime. Apesar de se apoiar no tropo de “inteligência artificial”, ao fim da trama descobrimos que o Sistema Sibyl se trata de uma mente coletiva de cérebros humanos.

Com cerca de apenas 10% da população mundial formada por humanoides, The Gene of AI segue um mundo onde as inteligências artificiais possuem emoções, direitos legais e praticamente tudo o que os humanos têm. Na trama, seguimos Hiraku Sudo, um médico especializado no tratamento de IA, o que pode envolver desde pedidos para remover a capacidade de amar até problemas envolvendo múltiplos backups.

Passado no futuro de 2045, em The Orbital Children, a tecnologia IA avançou rapidamente, a ponto de ser difícil para os humanos controlá-la. E esse é o caso de Seven, uma entidade cibernética que atingiu o mais alto nível de inteligência da história e, em seguida, enlouqueceu, causando um desastre chamado de Lunatic Seven.

O anime não apenas investiga o que de fato ocasionou o desastre, mas também suas ramificações — como grupos religiosos marginais que acreditam que há uma mensagem por trás da loucura de Seven.

No mundo de Ergo Proxy, a humanidade foi quase extinta após uma catástrofe ecológica. O que restou da população sobrevive em pequenas cidades com cúpulas. Para acelerar a recuperação da raça humana, foram criadas IAs chamadas AutoReivs, que executam tarefas diversas, desde médicas até combates. A situação complica quando um vírus passa a dar a esses indivíduos autoconsciência.

E se a Alexa viesse com um corpo humanóide? Em Chobits, humanos podem comprar computadores pessoas que possuem formato de humanos. Chamados de Persocoms, a sua função é semelhante à dos computadores do final dos anos 90 e início dos anos 2000. Embora ajam como humanos em alguns aspectos, a maioria deles não tem livre arbítrio.

A exceção a regra é Chi, uma Persocom que tem uma missão especial: encontrar a “pessoa certa para ela”. Ou seja, ela deve encontrar alguém com quem possa se relacionar romanticamente. Se ela encontrar essa pessoa, todos os outros Persocoms também receberão a capacidade de sentir amor.

Entre todas as produções citadas, Carole & Tuesday é a que mais se aproxima do uso de IAs na nossa realidade. Na trama, o trabalho de artistas da indústria musical tem sido, gradualmente, substituído pela criação de IAs. É então que Carole e Tuesday, duas musicistas iniciantes, começam uma jornada de cor, música e muito sentimento, mostrando que existe algo que as máquinas não são capazes de reproduzir.

Não é preciso dar muitos detalhes do porquê Pluto está nessa lista. De Naoki Urasawa, a produção é uma adaptação amadurecida do trabalho de Osamu Tezuka com Astro Boy. A história gira em torno de mortes misteriosas envolvendo robôs e humanos.

Gesicht, um robô detetive com aspecto humano, acredita que o culpado é um robô, porém essa seria a primeira vez que um robô tira uma vida humana em muitos anos.

Criado em 1998, Serial Experiments Lain foi uma das primeiras produções a imaginar o futuro da internet. O que nem todos lembram é que a trama também se entrelaça com outra questão do momento: inteligências artificiais.

Isso porque, ao final do anime é revelado que Lain Iwakura, personagem principal, se trata de uma IA destinada a servir como uma ponte entre o mundo real e o virtual.