10 curiosidades sobre os bastidores de “Homem de Ferro 3”!

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10 curiosidades sobre os bastidores de “Homem de Ferro 3”!

Por Gus Fiaux

Com a Fase 1 concluída após o lançamento de Os Vingadores, Marvel Studios embarcou de cabeça em uma nova era, com filmes mais ousados e uma perspectiva nova a respeito dos super-heróis, que agora seriam inseridos em outros gêneros cinematográficos.

Homem de Ferro 3 inaugura essa Fase 2 do Universo Cinematográfico da Marvel, e ainda que tenha atraído gigantescas controvérsias, se tornou um pináculo para a jornada de Tony Stark, mantendo-se até hoje como o filme solo de super-heróis mais lucrativo nas bilheterias mundiais.

Créditos: Divulgação

Homem de Ferro 3

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Um filme sobre Tony Stark

Que o Homem de Ferro foi o grande protagonista do Universo Cinematográfico da Marvel em seu início, não há dúvidas. Porém, depois da grande e colossal ação épica de Os Vingadores, o produtor Kevin Feige sentiu que era hora de focar em outro lado do herói, que algumas pessoas sequer consideram à parte da armadura: Tony Stark.

Tanto o roteirista, Drew Pearce, quanto o próprio diretor, Shane Black decidiram que era hora de explorar um pouco mais da personalidade do herói, dando a ele uma jornada pessoal. Por conta disso, Homem de Ferro 3, apesar de obviamente conter as grandes sequências de ação protagonizada pelas armaduras hi-tech, é o filme que mais traz Tony Stark agindo por conta própria, usando apenas sua inteligência. A ideia era fazer um filme a la 007, protagonizado pelo Vingador Dourado.

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Adrenalina na cadeira do diretor

Como Jon Favreau decidiu sair do posto de diretor devido a conflitos criativos com a Marvel Studios em Homem de Ferro 2, um novo diretor foi requisitado. E por indicação de Robert Downey Jr., entrou Shane Black, com quem ele já tinha trabalhado em Beijos e Tiros, de 2005. A intenção era trazer um cineasta que soubesse lidar igualmente com a ação e com a comédia necessária para trazer o Homem de Ferro à vida.

Nesse sentido, o diretor trouxe muito de seu repertório para o longa, adicionando muita adrenalina à trama, ao mesmo tempo em que o lado humano dos personagens foi valorizado - o que percebe-se pela exploração do stress pós-traumático de Tony. Além disso, o filme também se passa durante o Natal, apesar de ter sido lançado em abril, para continuar a tradição de outros filmes do diretor, como Máquina Mortífera, Beijos e Tiros e Despertar de um Pesadelo.

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Uma mudança de ares (e armadura)

Após ter feito sua estreia heroica em Homem de Ferro 2, o Coronel James Rhodes ganhou um papel de maior destaque nesse filme, onde deixou de lado o posto de Máquina de Combate para se transformar no Patriota de Ferro, que segundo Kevin Feige, é um herói militar representando o governo norte-americano - quase a versão atualizada do Capitão América.

Vale lembrar que, originalmente, nas HQs, o Patriota de Ferro é a identidade adotada por Norman Osborn (o famoso Duende Verde) depois que ele vira um "herói americano" aos olhos do governo. Contudo, devido ao sucesso comercial do filme, o próprio Rhodes dos quadrinhos adotou, por breve período de tempo, o posto de Patriota de Ferro.

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Uma mulher mais ativa

Pepper Potts podia ser só a mocinha em perigo nos filmes anteriores, mas para Homem de Ferro 3, o próprio Robert Downey Jr. conversou com Gwyneth Paltrow e com o diretor Shane Black, pedindo que a personagem ganhasse mais destaque na ação, e protagonizasse suas próprias sequências de luta.

Dito e feito. A atriz teve um treinamento básico para sequências de ação, e protagonizou algumas cenas intensas, tanto no final do primeiro ato quanto no clímax do filme. Originalmente, ela própria iria enfrentar Ellen Brandt, a vilã vivida por Stephanie Szostak), mas acabou sendo responsável por derrotar o próprio Aldrich Killian na versão final do roteiro. Além disso, a cena dela usando uma armadura é uma referência à fase das HQs onde a personagem vira a heroína Resgate.

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Frutos do machismo em Hollywood

Embora Pepper tenha ganhado mais tempo de tela e um papel menos fragilizado, o mesmo não pode ser dito sobre Maya Hansen, que foi interpretada no longa por Rebecca Hall. Quando foi escalada no papel, a atriz iria viver a principal antagonista do filme, que por sua vez além de inventora do Extremis, seria o cérebro de operações por trás do Mandarim.

Contudo, os engravatados da Marvel Entertainment, liderados por Ike Perlmutter, forçaram o estúdio a descartar a ideia, citando como motivo o fato de que "crianças não comprariam brinquedos de uma vilã mulher". Como resultado, o papel de Hall foi severamente diminuído e outro vilão foi introduzido (Aldrich Killian). Caso tivesse seguido o plano original, o filme teria a primeira super-vilã do Universo Cinematográfico da Marvel - algo que só ocorreu dez filmes depois, em Thor: Ragnarok.

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O vilão mais odiado do Universo Cinematográfico da Marvel

E por falar em decisões arriscadas com vilões, o Mandarim é até hoje lembrado com ódio por alguns fãs, devido à sua representação no filme. Aqui, ele nada mais é que um capacho de Aldrich Killian, que serve como fachada para suas operações terroristas. A ideia veio do roteirista Drew Pearce, uma vez que o próprio Shane Black não queria inseri-lo no filme devido aos seus estereótipos racistas.

Porém, uma vez escalado no papel, Ben Kingsley deu o máximo de si para viver as camadas do ator que interpretava o terrorista. A intenção era construir um retrato de como o medo cria nossos próprios inimigos, e a principal inspiração estava em Osama Bin Laden. No roteiro original, o vilão iria consumir Extremis como se fosse uma nova droga, mas acabaria explodindo graças ao efeito da fórmula.

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O empresário canastrão

Conforme Rebecca Hall deixava de interpretar a vilã central do filme, o estúdio foi atrás de alguém para viver Aldrich Killian, um personagem obscuro dos quadrinhos e que ganharia uma repaginada nos cinemas, para bater de frente com Tony Stark e a armadura do Homem de Ferro. Enquanto até Jude Law foi considerado para o papel, o ator escolhido foi Guy Pearce.

Porém, assim como em Homem de Ferro 2, o vilão aqui é uma mistura de vários outros personagens das HQs. Além do próprio Killian, temos a clara referência ao Mandarim, já que ele mesmo se proclama assim ao fim do longa, e também o Mallen, um terrorista insano que é infectado pelo vírus Extremis no arco homônimo das HQs.

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O estúdio se redime...

Notando a extrema recepção negativa ao Mandarim do filme, a Marvel Studios meio que tentou "se corrigir", fazendo algo para agradar aos fãs mais puristas do vilão místico. Assim, nasceu Todos Saúdam o Rei, um curta-metragem lançado juntamente com o Blu-Ray de Thor: O Mundo Sombrio, quase um ano após o lançamento de Homem de Ferro 3.

O curta traz de volta o astro Ben Kingsley, conforme o ator Trevor Slattery é mostrado encarcerado na prisão de Seagate. Ele é entrevistado por um jornalista, que logo se revela servo de um "verdadeiro Mandarim", que não está nada feliz com as atitudes de Slattery e Killian. Além disso, o curta-metragem também traz de volta Justin Hammer, o personagem vivido por Sam Rockwell em Homem de Ferro 2.

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Guerra das armaduras

O filme é, até hoje, o que mais apresenta invenções tecnológicas de Tony Stark. Durante a produção, centenas de designs de armaduras foram produzidos, e na contagem final, tivemos 46 (incluindo as outras armaduras já existentes em filmes anteriores). Porém, de última hora, mais quatro armaduras foram removidas do longa, totalizando 42 - sendo o Mark 42 o traje que o herói mais utiliza ao longo do filme.

Várias inspirações dos quadrinhos foram tiradas para compor o visual das diferentes armaduras, mas a maior parte delas surgiu de conceitos originais. Durante muito tempo, acreditou-se que o modelo Igor (uma armadura maior e mais resistente) era a Hulkbuster das HQs, embora isso tenha sido futuramente descreditado. A ideia principal dos produtores era trazer o maior espetáculo de ação já visto na franquia, enquanto o público testemunharia a genialidade inventiva de Tony.

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Oportunidade estrangeira

Na época do lançamento do filme, a Disney estava fazendo de tudo para estreitar laços com o mercado cinematográfico chinês, que é notavelmente bem resistente às produções comerciais norte-americanas. Porém, Homem de Ferro 3 foi feito como uma dedicatória ao país, incluindo um interessante elenco coadjuvante de astros asiáticos.

Por conta disso, o filme recebeu uma versão diferente nos cinemas chineses, com uma edição bem diferente da que foi lançada nos Estados Unidos e no resto do mundo. Embora não acrescentasse nada significativo à trama, a nova versão trazia mais cenas de um cirurgião cardíaco chamado Dr. Wu e sua assistente, interpretados respectivamente por Xueqi Wang e Bingbing Fan.

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Caso tenha perdido...

Para aproveitar e relembrar todos os grandes clássicos do Universo Cinematográfico da Marvel enquanto se prepara para a aguardada estreia de Vingadores: Guerra Infinita, não deixe de conferir também nossas listas anteriores de bastidores dos filmes, que você confere clicando nos links abaixo: