Por que carros voadores, símbolo do “futuro” em várias histórias, estão longe da nossa realidade?

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Por que carros voadores, símbolo do “futuro” em várias histórias, estão longe da nossa realidade?

Por Jaqueline Sousa

Quando paramos para pensar na ideia de um mundo futurístico, os carros voadores são elementos que sempre estão presentes nesse cenário. Grande parte da construção desse imaginário veio do cinema, principalmente com a popularidade do gênero da ficção científica. Mas, em pleno 2023, esse símbolo do futuro ainda está longe da fazer parte da nossa realidade. Por quê?

Quando Marty McFly viaja para o ano de 2015, em De Volta Para o Futuro II (1985), carros voadores já eram uma constante entre a população. Infelizmente, para nós, isso não passou nem perto de acontecer na vida real. Afinal, ninguém abre a janela e dá de cara com um automóvel percorrendo o céu.

De Volta Para o Futuro ajudou a popularizar a ideia de carros voadores.

A questão é que a ideia de carros voadores não é algo novo, por mais que tenha se popularizado com a ajuda da indústria do entretenimento. As primeiras menções de tal projeto datam de 1841, quando os inventores britânicos William Samuel Henson e John Stringfellow chegaram a patentear o conceito, que era mais parecido com uma carruagem aérea. Isso aconteceu até antes do nascimento do primeiro avião.

Embora o protótipo não tenha dado muito certo, isso não impediu com que outros inventores tentassem colocar um carro para voar. A mais recente aconteceu em 2020, quando a companhia japonesa SkyDrive Inc. testou um automóvel voador com um piloto a bordo.

Você, então, deve estar se perguntando: se existem testes e projetos que querem fazer os carros voadores se tornarem uma realidade, por que isso não aconteceu ainda?

Carros voadores também são uma realidade no desenho Os Jetsons.

De acordo com uma análise da Jumpstart, o problema é que existem diversas circunstâncias não tão simples assim que atrapalham isso, como as questões técnicas envolvendo a fabricação desses carros e o fato de que, para conseguir pilotar um carro voador, seria necessário algo semelhante a uma pista de pouso usada por aviões.

Além disso, dirigir um carro nos céus não seria a mesma coisa de pegar o volante na estrada. Seria necessário ter uma licença de piloto, por exemplo, algo que não é tão barato assim (nos EUA, o preço chega até US$ 6.500). Outra questão é que diversos exames médicos precisariam ser feitos para que o motorista pudesse pilotar um carro voador, como testes de visão, audição, neurológicos e entre outros.

Diversas empresas tentam produzir carros voadores hoje em dia.

Imagine também que uma quantidade gigantesca de automóveis voe nos céus. Por mais que índices de acidentes envolvendo aviões sejam menores do que os que ocorrem no trânsito, pensar em mover o caos das terras para cima poderia mudar essa realidade para pior. É claro que regras similares a que temos na vida real quando estamos atrás dos volantes também seriam aplicadas nos transportes voadores, mas a burocracia e a consolidação dessas obrigações poderiam levar anos para serem implantadas corretamente.

Em vista disso, pode ser que ainda leve muito tempo para que a realidade de Os Jetsons chegue até nós. Enquanto isso, a ficção científica se encarrega de instigar a nossa imaginação em relação ao futuro.

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