Cary Fukunaga, diretor de 007, é acusado de comportamento inadequado no set de filmagem

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Cary Fukunaga, diretor de 007, é acusado de comportamento inadequado no set de filmagem

Por Junno Sena

007 – Sem Tempo para Morrer tentou trazer mais diversidade para a franquia protagonizada por James Bond. Porém, o set de filmagem do longa não condizia completamente com o que o filme buscava representar.  Denunciado por quase uma dúzia de mulheres, o diretor Cary Fukunaga foi acusado de ter um comportamento inadequado com o resto da equipe produção, abusando do poder de diretor, entre outras situações incômodas.

De acordo com um artigo publicado pela Rolling Stone, no dia 31 de maio, as vítimas de Fukunaga disseram que o diretor utilizou seus filmes como uma oportunidade de abusar sexualmente de mulheres mais novas, tanto do elenco quanto da equipe de produção.

E essas atitudes se estenderam produções além de Sem Tempo para Morrer. Conhecido por ter dirigido séries como True Detective e Maniac, colegas de trabalho dos últimos seis anos do diretor alegam ter presenciado o seu comportamento inapropriado.

Dentre esses relatos, a atriz Rachelle Vinberg, que conheceu o diretor em 2016 quando havia acabado de completar 18 anos, publicou em seu stories no Instagram um relato de como Fukunaga “persuadia” jovens mulheres ao seu redor. Utilizando a expressão “groomed”, ela comentou que tinha medo de Fukunaga e de suas atitudes, que incluíam se mostrar amigável e confiável na espera de receber algo em troca.

“Eu passei anos com medo dele. O homem é um ‘groomer’ e ele está fazendo isso há anos. Tomem cuidado, mulheres”, diz Rachelle em seu stories.

Stories de Rochele Vinberg denunciando a postura de Fukunaga

Outra fonte da Rolling Stones alega que saiu com Fukunaga por alguns meses após conhecê-lo em um dos sets de filmagem. A mulher, que permaneceu no anonimato, disse que ele a fazia sentir “com claustrofobia e sufocada”.

Porém, o diretor negou todas as acusações, tomando medidas legais ao seu favor, dizendo que ele “nunca agiu de maneira que podia gerar” um desconforto ou uma interpretação negativa nos set de filmagem.

“Não há nada de errado em construir amizades ou relações românticas consensuais com mulheres”, explicou o advogado de Fukunaga, Michael Plonsker. “No entanto, como isso não se encaixa em sua narrativa, você conclui que ele é quem está errado”.

Ainda dizendo que Vinberg estava tentando encontrar uma oportunidade em demonstrar seu descontentamento com Fukunaga por estar “infeliz com o termino do relacionamento” entre a atriz e o diretor, Plonsker terminou seu argumento frisando que os relacionamento de Fukunaga eram “consensuais”.

Daniel Craig e Ana de Armas em cena de 007: Sem Tempo Para Morrer.

Mesmo assim, Vinberg não é a única alegando tais atitudes. Além da atriz e ex namorada de Fukunaga, Margaret Qualley, ter curtido um post de Vinberg sobre “gaslighting”, Kristine Froseth, Hannah e Cailin Loesch se juntaram ao movimento contra o diretor.

Entre outras acusações, as irmãs Loesch disseram que o diretor sugeriu fazerem sexo a três e que “incesto está de boa, desde que todos estejam bem com isso”.

Essa não é a primeira vez que Fukunaga se envolve em acusações judiciais em relação a sua postura como diretor. Em 2021, Raeden Greer o acusou de ter demitido a atriz por ter se recusado a fazer uma cena em que mostraria os seios.

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