What if…? 1×05: O que aconteceria se… Zumbis?!

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What if…? 1×05: O que aconteceria se… Zumbis?!

Por Gabriel Mattos

Atenção: Alerta de Spoilers!

No quinto episódio de What if…?, a Marvel enfim entregou zumbis ao MCU. Dentre todas as histórias da antologia, “O que aconteceria se… Zumbis?!” era a que mais despertou as expectativas dos fãs, por buscar inspiração na popular história de Robert Kirkman, criado de The Walking Dead. Arriscando ser mais do mesmo, o Marvel Studios conseguiu encontrar profundidade em uma horda de heróis sem cérebro.

Na trama, a viagem de Hank Pym ao Reino Quântico, vista em Homem-Formiga e a Vespa, desencadeou um surto de vírus zumbi. Assim, quando Bruce Banner cai do espaço para anunciar a chegada de Thanos, como aconteceu em Vingadores: Guerra Infinita, o cientista se depara com um estado de completo apocalipse e precisa se juntar a resistência para sobreviver aos super-heróis zumbificados que lideram manadas de mortos-vivos.

A principal diferença de como o Marvel Studios encara os seus zumbis é que, apesar de não manterem sua consciência, eles continuam sendo tão engenhosos quanto eram em vida. O resultado são heróis reanimados que aliam habilidade com o instinto mortal típico de comedores de cérebros. Exemplos não faltam, como o Doutor Estranho e Wong, que conseguem acessar os mesmos feitiços de sempre, e o Gavião Arqueiro, com estratégias de caça impecáveis.

Os maiores heróis se tornam os zumbis mais perigosos

Isso reforça o senso de perigo que permeia todo o episódio. Apesar de Bruce encontrar um time de sobreviventes barra pesada, qualquer um pode acabar morrendo por conta de um pequeno deslize, o que acontece com certa frequência ao longo da história. Como em muitas produções sobre zumbis, os produtores poderiam ter apostado no impacto dessas cenas para substituir qualquer necessidade de desenvolvimento dramático, mas felizmente não é isto que acontece.

A ação é bruta e pontual, entregando versões zumbificadas dos principais heróis do MCU que aparecem para mostrar alguns truques incríveis, mas não esticam sua aparição mais do que necessário. Assim que o brilho da novidade se perde, eles são prontamente derrotados para não ofuscar a conversa sincera sobre luto e vida que acontece por baixo dos panos.

Conforme a resistência sofre baixas, Peter Parker, Hope van Dyne e T’Challa discutem diferentes maneiras de enxergar a morte e refletem como honrar aqueles que se foram. O otimismo de Parker e a visão aguçada do Rei de Wakanda são especialmente tocante no momento em que vivemos. A história de um vírus implacável que faz milhares de vítimas ao redor do mundo deixou de ser ficção neste período sombrio e é reconfortante ouvir palavras de esperança dos heróis da Marvel.

Homem-Aranha mostra o seu lado mais carismático longe da presença de mentores

O episódio com o maior potencial de banalizar a morte, acabou sendo aquele que trata os mortos com maior dignidade e respeito. Sem deixar de explorar dinâmicas intensas entre os heróis e entregar cenas de ação emblemáticas, “O que aconteceria se… Zumbis?!” mostra que é possível trabalhar bem de um modo intrigante mesmo após a saturação destas histórias.

Os maiores problemas surgem do tempo limitado que os roteiristas têm para contar suas histórias. Alguns conflitos complexos precisam ser resolvidos em poucas linhas de diálogo para se encaixar na faixa estreita de meia hora de duração. Um desafio absurdo que a série vem empurrando com a barriga e fica mais difícil esconder a cada episódio. Difícil encontrar tempo para estabelecer um novo universo a cada semana e ainda desenvolver profundidade na trama.

Apesar da equipe de roteiristas estar fazendo o seu melhor para entregar bons resultados, o que vem funcionando bem o suficiente, não parece ser um modelo saudável a se sustentar por muito tempo. A longo prazo, isto pode se mostrar um grande problema para a série como um todo.

Zumbis dominam este universo da Marvel

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