Roteirista de Liga da Justiça critica falta de planejamento da Warner em relação a DC

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Roteirista de Liga da Justiça critica falta de planejamento da Warner em relação a DC

Por Evandro Lira

Chris Terrio, roteirista de Liga da Justiça, falou sobre o processo de desenvolvimento do filme que acabou indo para os cinemas em 2017. De acordo com ele, eram as datas de lançamento que ditavam as produções e não uma preocupação com história.

Em entrevista da Vanity Fair, Terrio, que também escreveu Batman vs Superman, contou que houve pouco esforço da parte da Warner Bros. para planejar e conectar os filmes solo da Mulher-Maravilha, do Aquaman e da Liga da Justiça, apenas uma demanda relacionada a cronograma:

“Kevin Tsujihara e os chefões decidiram a ordem dos filmes. Eu não fui consultado sobre a ordem dos filmes, embora eu fosse a pessoa que escrevia Liga da Justiça. Eles apenas determinaram que seria Batman vs Superman, depois Mulher-Maravilha, depois Liga da Justiça e depois Aquaman. Então, nunca houve uma preocupação em como aquele mundo seria construído antes de lançar essa ordem. Eles apenas disseram: ‘Cumpra com este cronograma'”.

O artista conta ainda que foi muito estressante escrever Liga da Justiça sem sequer ter acesso aos roteiros de Mulher-Maravilha e Aquaman:

“O roteiro de Mulher-Maravilha nem estava terminado quando escrevi Liga da Justiça. Então, eu não tinha base para escrever a Mulher-Maravilha, apenas Batman e Superman. Themyscira nem existia para mim. Nunca vi nada sobre isso. Eu não sabia se as pessoas podiam falar embaixo d’água. Isso era uma coisa que eu tive que perguntar, porque eu não sabia se poderia fazer cenas subaquáticas com Aquaman. Foi tudo do zero, porque não havia filmes solo de personagens”.

Versão de Zack Snyder de Liga da Justiça foi melhor recebida pelo público e pela crítica.

Terrio continuou:

“Então, a Liga da Justiça precisava estabelecer três dos personagens; tinha que criar uma longa mitologia para o Universo DC. Tinha que ressuscitar o Superman porque ele estava morto no final do último filme. Eu realmente me perguntava como se poderia fazer tudo isso em menos de duas horas. Talvez o lançamento de 2017 tenha provado que simplesmente não se poderia”.

O desabafo de Terrio certamente ajuda a explicar alguns dos problemas e discrepâncias dos filmes do DCEU, franquia iniciada em 2013 com O Homem de Aço e que desde então enfrenta dificuldades em se estabelecer.

A matéria da Vanity Fair vem seguida da entrevista de Ray Fisher para o The Hollywood Reporter, que revelou uma série de abusos cometidos pelo diretor Joss Whedon e pelo time de executivos da Warner Media.

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