Coronavírus pode trazer prejuízo colossal para indústria cinematográfica

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Coronavírus pode trazer prejuízo colossal para indústria cinematográfica

Por Evandro Lira

Não é novidade para ninguém que a China é um dos mercados mais importantes para o cinema atualmente. Porém, após um surto de coronavírus que infectou milhares e matou mais de 100 pessoas na China, a indústria cinematográfica também está pagando o preço: quase todos os cinemas do país, totalizando cerca de 70.000 salas, foram fechados.

Segundo o site The Hollywood Reporter, a crise está afetando diversos outros setores do entretenimento do país, como o teatro, a produção televisiva, parques de diversões e redes de jogos. O prejuízo pode ser colossal para a indústria.

A IMAX, por exemplo, que opera mais de 680 cinemas na China, viu sua receita cair 17,5% em 28 de janeiro, em comparação com os 12 dias anteriores.

“O primeiro trimestre está totalmente destruído agora”, observa o analista Eric Handler. “No primeiro trimestre do ano passado, metade de toda a receita veio da semana do Ano Novo Chinês.”

Segundo os especialistas, a epidemia veio a acontecer no pior momento do ano para a indústria cinematográfica local: na véspera do feriado do Ano Novo Lunar da China, época em que o cinema emerge como o passatempo preferido dos chineses.

Quando a gravidade da crise do coronavírus se tornou alarmantemente em 20 de janeiro, as autoridades médicas começaram a alertar a população chinesa para evitar se reunir em lugares lotados, o que fez com que os principais estúdios da China adiassem indefinidamente o lançamento de seus maiores filmes. O CEO de uma empresa com sede em Pequim, que detém direitos de distribuição de um filme americano indicado ao Oscar, acredita que os lançamentos de fevereiro serão todos adiados.

O THR aponta que, dependendo de como a epidemia progrida, blockbusters como o remake live-action de Mulan, da Disney, programado para ser lançado na China em 27 de março, e o novo filme de James Bond, de abril, podem ser prejudicados.

“Os filmes importados provavelmente sofrerão com qualquer alteração nas datas, pois temos que esperar que os filmes chineses lancem primeiro”, diz Peter Schloss, CEO do CastleHill Partners, um banco comercial de Pequim com foco na indústria de mídia e entretenimento.

A projeção dos especialistas faz sentido, visto que quanto mais os filmes demorarem para sair nos cinemas do país, mais o interesse do público vai diminuir. Será que os estúdios vão conseguir contornar essa crise?

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