Entenda porque a Pixar não fará mais sequências por um bom tempo!

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Entenda porque a Pixar não fará mais sequências por um bom tempo!

Por Evandro Lira

A notícia de que a Pixar estaria planejando uma sucessão de lançamentos originais para os próximos anos, foi recebida de forma muito positiva pelos fãs de cinema, afinal, foi com histórias e personagens inéditos que o estúdio conquistou uma enorme base de admiradores mundo afora.

Na década de 2000, a Pixar se estabeleceu como o maior e mais original estúdio de animação de Hollywood. Filmes como Toy Story, Procurando Nemo, Monstros S.A, Os Incríveis e Wall-E, apresentaram histórias completamente inovadoras e envolventes, que encantaram não só crianças como também adultos.

A partir de 2010, porém, a empresa começou a desenvolver sequências para vários de seus sucessos, que até aquela época só havia sido feito com Toy Story, no que rendeu umas das melhores trilogias do cinema. E apesar dessa enxurrada de filmes derivados terem feito muitos bilhões para os cofres da Pixar e da sua empresa mãe, a Disney, é quase um consenso de que a qualidade das produções nem se comparam aos seus filmes originais. 

A lista é grande: Carros 2, Universidade Monstro, Procurando Dory, Carros 3, Os Incríveis 2 e Toy Story 4. Entre bons filmes e filmes bem indefensáveis, todas essa sequências não receberam metade do entusiasmo de seus predecessores e quase sempre soam desnecessárias. 

Quando fundada, no final dos anos 80, a Pixar estabeleceu diversas regras de como seus filmes deveriam ser. Nada de musicais, nada de contos de fada, nenhum personagem simplesmente bonzinho demais. A empresa queria se distanciar ao máximo da maior referência de animação do cinema, a Disney, que vinha em um crescente de sucessos com A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Aladdin e Rei Leão.

No entanto, em 2006, o estúdio de Steve Jobs foi adquirido pela Casa do Mickey após uma longa negociação. E apesar de ter se mantido fiel a alguns dos seus preceitos após a compra, não durou muito até que a Pixar se juntasse a gigantesca linha de produção de sequências que Hollywood tanto prezava.

Por que arriscar milhões com algo que o público não conhece quando se pode levar as pessoas a revisitarem histórias familiares? Essa é a lógica da indústria e essa foi a linha que a Pixar, sob o domínio da Disney, seguiu.

A sensação que paira é de que quase uma década inteira de filmes da Pixar passou em branco e que certamente se tornará imemorável nos próximos anos. Praticamente todos os lançamentos originais do estúdio foram um presente para o cinema, e é visível que a própria empresa tem ciência disso.

A decisão de lançar mais filmes originais por um tempo é a prova de que a Pixar percebeu a necessidade de se injetar criatividade e originalidade à indústria. Segundo o produtor Mark Nielsen, todos no estúdio estão otimistas em relação ao futuro.

Para ele, o novo diretor da empresa, Pete Doctor, tem uma visão muito clara do que eles querem alcançar. Doctor está de olho em novas mentes brilhantes que possam trazer novidades para suas histórias. E isso é algo realmente sensacional!

Dois filmes originais e inéditos já foram anunciados pela Disney. Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, estrelado por Chris Pratt e Tom Holland, conta a história de dois elfos que embarcam numa missão de descobrir se ainda há magia no mundo. E o segundo, Soul, promete trazer um conceito totalmente novo, envolvendo reinos cósmicos e perguntas fundamentais sobre a vida e a existência. 

Só de saber um pouquinho sobre esses filmes, o futuro soa bem mais promissor para nós enquanto consumidores. Com a volta de produções originais, a Pixar provavelmente assumirá seu lugar como o estúdio de animação mais inventivo de Hollywood. E além disso, a própria indústria cinematográfica poderá se beneficiar de novos ares. 

Nos resta torcer para que todos esses originais façam jus ao trabalho incrível da Pixar, que é a marca registrada do estúdio!

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