Zelda: Os jogos principais da franquia, do pior ao melhor

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Zelda: Os jogos principais da franquia, do pior ao melhor

Por Gabriel Mattos

The Legend of Zelda é uma das franquias mais importantes da história dos videogames. A cada geração, vemos um novo título do herói esmeralda da Nintendo revolucionando nossa maneira de jogar. É difícil apontar jogos tão influentes quanto Ocarina of Time ou Breath of the Wild, mas é claro que também existem algumas ovelhas negras na franquia.

Em 2021, The Legend of Zelda celebra seu aniversário de 35 anos. Para celebrar, como um devoto fã do legado de Zelda, preparei essa lista com os principais jogos da franquia: do pior ao melhor.

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15 - Zelda II: The Adventure of Link

Poucos assuntos unem tanto a comunidade de fãs de Zelda como Zelda II: The Adventure of Link. O jogo teve uma boa intenção de explorar um novo caminho para franquia logo após a sua criação, mas pecou tanto na execução que se tornou unanimemente o pior jogo de Zelda já criado. Até mesmo o lendário Shigeru Miyamoto, principal criador do jogo, admitiu que poderia ter feito um trabalho melhor.

Zelda II é o único jogo da franquia em sidescroller, tentando implementar mecânicas mais parecidas com as vistas na série Metroid. O problema é que o jogo é super desbalanceado, o design dos mapas é confuso, o sistema de experiência arcaico… Verdadeiramente um produto de seu tempo.

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14 - The Legend of Zelda: Link's Awakening

Link’s Awakening foi o primeiro jogo de Zelda em um portátil da Nintendo. O que na época foi um grande destaque do título, hoje explica porque ele não se destaca em muitos aspectos. O recente relançamento para o Nintendo Switch com gráficos modernos e comandos atualizados serviu para comprovar que apesar de transbordar charme, não traz muito conteúdo.

Este é um dos jogos mais curtos da franquia e que traz menos inovação para a fórmula da série. Link’s Awakening surfa no sucesso de A Link to the Past para entregar uma experiência destilada de um jogo Zelda. Pode ser o jogo com mais referências engraçadinhas e com o ambiente mais misterioso — a ilha isolada de Koholint — mas isso não compensa as poucas horas de duração.

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13 - The Legend of Zelda

Infelizmente, aquele que começou tudo — The Legend of Zelda de 1986 — também é um dos jogos mais fracos da série. O problema aqui é puramente limitações de hardware. O jogo é um grande rascunho de ideias incríveis que seriam muito melhor desenvolvidas em jogos futuros.

A maior prova do potencial que esse jogo teria caso tivesse sido feito em um hardware mais avançado é Breath of the Wild. Em entrevistas, o diretor Eiji Aonuma não cansa de deixar claro que o grande sucesso do Nintendo Switch é uma reimaginação do primeiro jogo da série. The Legend of Zelda é o tataravô dos jogos de mundo aberto, mas seu lugar é mesmo no passado.

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12 - The Legend of Zelda: Phantom Hourglass

Phantom Hourglass ocupa um lugar interessante nessa lista, pois ele foi completamente ofuscado tanto por seu sucessor, quanto por seu antecessor. Ele continua a história de The Wind Waker, um dos maiores clássicos cult da franquia, e traz muitas das ideias que serão refinadas em Spirit Tracks.

No final, ele acaba não sendo tão bom quanto os dois, mas ainda consegue ser bem divertido e cheio de charme. A maior contribuição desse jogo foi ter criado o Linebeck, um pirata trambiqueiro e muito engraçado que te acompanha ao longo da jornada. Phantom Hourglass mostra bem o potencial de um jogo de Zelda para telas de toque, mas ainda não é o seu ápice.

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11 - The Legend of Zelda: Oracle of Ages and Seasons

A dupla de jogos Oracleof Ages e of Seasons — podem estar entre os títulos mais esquecidos da franquia, mas não devido a sua qualidade. A derradeira aventura de Link no GameBoy Color foi o primeiro jogo da franquia por um estúdio externo, a Capcom, o que trouxe uma nova perspectiva para clássicos de Zelda.

Ambos os jogos retrabalham mecânicas populares da franquia de maneira bastante criativa. Ages explora mais uma vez as viagens no tempo de Ocarina of Time e Seasons traz uma nova vida aos vilões do Zelda de 1986. O mais legal é que os jogos se conectam para contar uma história maior. Bem à frente do seu tempo.

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10 - The Legend of Zelda: Spirit Tracks

Spirit Tracks marca uma nova esperança para o povo de Hyrule. Após a grande enchente de The Wind Waker, os hylians partem em busca de novas terras e aportam no que acaba se tornando a New Hyrule. O jogo desenvolve toda uma nova sociedade para a raça mais popular de Zelda e ainda refina as mecânicas de Phantom Hourglass.

Além de dungeons e chefes que usam melhor o potencial da tela touch, você é acompanhado pelo espírito da Zelda ao longo de toda aventura, habitando uma velha armadura encantada. Seria bem legal ver uma sequência para consoles modernos mostrando mais da evolução de New Hyrule com a direção de arte cartunesca que ficou famosa com Wind Waker.

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9 - The Legend of Zelda: Twilight Princess

Todo mundo teve aquela fase emo na adolescência. Esse é Twilight Princess para a franquia Zelda. O game conquistou um lugar no coração dos fãs graças a relação tocante, alguns diriam até romântica, entre Midna e o Link. Apesar de muito competente em seu design, o jogo foi um ponto chave na estagnação da franquia.

Após a chuva de críticas recebidas por The Wind Waker, a Nintendo entendeu que os fãs não queriam algo muito diferente e decidiu tentar reproduzir o sucesso de Ocarina of Time com uma temática mais sombria. Por consequência, apesar de ser um ótimo jogo, Twilight Princess não consegue se desprender da sombra do jogo mais influente da história.

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8 - The Legend of Zelda: The Minish Cap

The Minish Cap é o jogo pixelado de Zelda mais bonito já feito. Desenvolvido para GameBoy Advance pela Capcom, ele adapta a estética cartunesca de The Wind Waker para contar uma das histórias mais antigas da cronologia — a origem de Vaati e da Four Swords.

Além de expandir a mitologia da franquia de maneira significativa, Minish Cap é uma clara evolução de todos os jogos portáteis da franquia até então. Mesmo sendo bastante linear, vemos uma Hyrule incrivelmente detalhada e dungeons com puzzles deveras criativos. É um ótimo ponto de entrada para quem quer conhecer os jogos bidimensionais de Zelda.

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7 - The Legend of Zelda: Skyward Sword

Skyward Sword foi a maior vítima da mentalidade defasada da Nintendo de querer segurar a mão dos jogadores a todo o instante — desestimulando qualquer progresso pessoal. Mas relevando esse problema, temos uma das histórias mais tocantes sobre a Zelda, que aqui não é uma princesa. Aqui descobrimos os maiores segredos da origem de tudo, incluindo o antepassado de Ganondorf: Demise.

No quesito dungeons, fãs de Skyward Sword estão muito bem servidos. Elas são muito bem planejadas e ajudam a contar a história de uma Hyrule perdida pelo tempo graças a suas mecânicas únicas. Isso sem falar na direção de arte inspirada no impressionismo europeu. Praticamente uma obra de arte a cada frame!

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6 - The Legend of Zelda: Ocarina of Time

É impossível discordar que Ocarina of Time foi o maior ponto de virada na história dos jogos. Foi com ele que a indústria descobriu como jogos poderiam funcionar em um ambiente tridimensional da maneira certa. Seu legado é tão amplo que pode ser visto em jogos como Grand Theft Auto V e God of War. A maior amarra de Ocarina, entretanto, é o próprio tempo.

Muita coisa evoluiu em questão de game design nas últimas décadas e Ocarina of Time, apesar de ainda ser um jogo incrível, acaba parecendo um pouco datado. Ainda vale muito a pena jogar, especialmente sua versão refeita para o Nintendo 3DS, mas outros jogos posteriores da franquia conseguiram modernizar suas ideias.

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5 - The Legend of Zelda: The Wind Waker

The Wind Waker é um dos títulos mais ambiciosos da franquia. Poderia até ter levado Zelda a novos patamares, mas uma campanha de marketing confusa fez com que os fãs da época não dessem valor a essa jóia preciosa. Felizmente, ele recebeu a aclamação que merecia quando foi relançado para o Wii U.

Hoje em dia todos concordam que Wind Waker exala carisma. Temos o Ganondorf mais imponente de todos, o Link mais fofinho e a Princesa Zelda dessa vez é uma formidável guerreira pirata. Isso sem falar do uso inventivo de itens bem conhecidos pelos fãs. A mudança para uma direção de arte mais cartunesca permitiu que os desenvolvedores brincassem com as convenções da série, dando um passo importante para o futuro.

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4 - The Legend of Zelda: A Link to the Past

Muitos jogadores consideram até hoje a era do Super Nintendo como uma Era de Ouro dos videogames. A Link to the Past é uma prova viva que eles podem estar certos. O segundo jogo bidimensional da franquia é até hoje uma das aventuras de Zelda que melhor soube construir momentos de não-linearidade, que se tornaram cada vez mais escassos ao longo da história da franquia.

Não faltam motivos para elogiá-lo: o mundo é imersivo, a jogabilidade é fluida, a história apesar de esparsa é envolvente… Tudo que surge aqui vai reverberar por todos os jogos que ainda viriam. E no final das contas, o mundo pixelado de A Link to the Past envelheceu muito bem. É uma ótima opção para se entreter até nos dias de hoje.

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3 - The Legend of Zelda: Majora's Mask

Ocarina of Time caminhou para que Majora’s Mask pudesse correr. Não estou sendo polêmico: o jogo foi criado em um ano usando apenas os recursos de Ocarina como um desafio para Eiji Aonuma. O resultado? O game mais controverso e original da franquia.

Mesmo trazendo menos dungeons que outros jogos da saga, cada fase é inesquecível. Especialmente graças às máscaras que transformam Link em um personagem completamente diferente. Se não fosse o suficiente, as missões secundárias também estão entre as mais épicas da franquia. Se você conseguir se acostumar ao complexo gerenciamento de tempo exclusivo do título, Majora’s Mask vai ficar na sua memória.

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2 - The Legend of Zelda: A Link Between Worlds

Não é exagero algum falar que A Link Between Worlds é o grande precursor do grande Breath of the Wild. Esse jogo de Nintendo 3DS, mesmo revisitando a Hyrule de A Link to the Past, soube testar formas muito eficazes de devolver a liberdade de exploração para os jogadores.

Na lojinha do simpático Ravio, você pode alugar ou comprar todos os principais itens necessários para explorar as dungeons. Assim, você fica livre a escolher praticamente a ordem que você quiser para encarar o jogo. A Link Between Worlds soube aproveitar como nenhum outro jogo as capacidades do 3DS e preparou terreno para o verdadeiro rei da franquia...

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1 - The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Para criar o jogo de Zelda perfeito, Eiji Aonuma precisou jogar fora todas as convenções que a série vinha acumulando há décadas para encarar qual era o verdadeiro cerne da experiência da franquia. A resposta é Breath of the Wild.

Sem dungeons, sem a famosa túnica azul do Link e sem uma estrutura rígida de história, o jogo é tudo que um mundo aberto deveria ser: a aventura que o jogador quiser. Hyrule foi tomada pela natureza depois de ter ruído devido à temível Calamidade. Cada cantinho desse reino tem algo novo para descobrir, então pegue uma espada e prepare-se para descobrir o verdadeiro significado da lenda de Zelda.