World of Warcraft: Conheça a história dos dragões na franquia

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World of Warcraft: Conheça a história dos dragões na franquia

Por Melissa de Viveiros

World of Warcraft conta com diversas raças icônicas, cada uma com uma história muito própria. Como bom universo de fantasia, é claro que o game também tem seus dragões, que após algum tempo em segundo plano prometem voltar ao centro da história com a nova expansão, Dragonflight.

Mas qual a história deles antes disso? Como eles influenciaram o mundo e as raças de Azeroth? Nesta lista, separamos os principais eventos da história dos dragões na franquia, para você ficar por dentro de tudo antes da nova expansão de World of Warcraft!

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Origens

No universo de World of Warcraft, os dragões originalmente vem dos elementais. Enquanto alguns deles foram aprisionados, outros permaneceram em Azeroth, eventualmente se tornando seres de carne: os proto-dragões.

Para eles realmente se tornarem os dragões que conhecemos, foi preciso que os Titãs interferissem, o que acontece após um grupo de proto-dragões proteger o mundo da ameaça de Galakrond (uma história contada no livro Alvorada dos Aspectos). Esses dragões se tornaram os Aspectos, e os outros dragões também ganharam inteligência e poder, originando as cinco revoadas dragônicas que tem destaque no jogo.

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Os Aspectos e Revoadas

Os Aspectos, como já dito, receberam seus poderes dos Titãs para proteger Azeroth. Cada um deles lidera uma revoada, além de ter um domínio respectivo.

Nozdormu, o Eterno, é o líder da revoada bronze. Ele foi escolhido por Aman’Thul, e sua tarefa é proteger o próprio tempo, tomando conta de linhas temporais, futuro e destino.

Malygos, o Feiticeiro, recebeu sua dádiva de Norgannon e se tornou o guardião da magia e do arcano. Ele era o líder original da revoada azul.

Alexstrasza, a Mãe da Vida, foi a escolhida de Eonar para proteger todas as criaturas vivas de Azeroth. Ela é a líder da revoada vermelha, além de ser a Rainha dos Dragões.

Ysera, a Sonhadora, que depois passou a ser chamada de a Desperta, é a irmã mais nova de Alexstrasza. Ela também recebeu a bênção de Eonar, mas seu dever era proteger a natureza e o Sonho Esmeralda, reino que existe fora do mundo físico e faz parte do ciclo de vida e morte que rege a realidade de Azeroth. Sua revoada é a verde.

Por fim, os cinco eram completados por Neltharion, o Protetor da Terra. Como o nome indica, seu dever era proteger a terra e os lugares profundos do mundo, tarefa que recebeu de Khaz’goroth. Ele era o líder da revoada negra originalmente.

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A Guerra dos Antigos

Uma participação importante dos dragões se dá na Guerra dos Antigos, milênios antes da história atual. Foi nesse conflito que a Legião Ardente tentou invadir Azeroth pela primeira vez, e cumprindo sua tarefa de proteger o mundo, os Aspectos enfrentaram os demônios.

Mais que isso, porém, nesse período eles sofrem uma enorme perda. Isso porque, sendo o protetor da terra, Neltharion acabou entrando em contato e sendo corrompido ao longo dos anos pelos Deuses Antigos, entidades malignas conectadas ao Vazio. Sendo influenciado principalmente por N’Zoth, ele manipula os outros Aspectos a criarem a Alma Dragônica, um artefato contendo um pouco do poder de cada um deles – mas usa isso para colocar mais de seu próprio poder e conseguir controlar seus antigos aliados.

Essa traição é revelada em uma batalha próxima à Nascente da Eternidade, onde Neltharion deixa clara sua intenção de que a revoada negra comandasse o mundo, o livrando do peso do dever incumbido a ele pelos Titãs. Os dragões azuis são os primeiros a tentar pará-lo, mas Neltharion usa o poder da Alma Dragônica para matar boa parte deles e jogá-los a enormes distâncias – que é o que acontece com Sindragosa, a primeira consorte de Malygos, que é enviada para uma morte fria e solitária no gelo da Nortúndria.

As enormes forças mágicas em ação acabaram cobrando caro de Neltharion, que teve que fugir quando rachaduras e ferimentos começaram a aparecer em seu corpo. Os dragões voltam a se enfrentar depois, quando Neltharion reaparece coberto de placas adamantinas para manter seu corpo inteiro, assumindo o nome pelo qual ficaria mais conhecido: Asa da Morte.

Ainda assim, ele acaba sendo derrotado, já que segue um caminho próprio ao invés de dar ouvidos aos Deuses Antigos, e eles também o abandonam. A Alma Dragônica acaba sendo levada por Nozdormu, e volta à história algum tempo depois.

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Viajantes do tempo

Na trilogia de livros que conta a história da Guerra dos Antigos, um novo elemento é introduzido na trama: viajantes do tempo. Apesar de não estarem lá originalmente, eles acabam se envolvendo, embora não alterem muito os acontecimentos.

O grupo de viajantes é composto pelo mago humano Rhonin, o guerreiro orc Broxigar e o mentor de Rhonin, o arquimago Krasus – disfarce humano do dragão Korialstrasz, primeiro consorte de Alexstrasza. Eles são mandados ao passado por Nozdormu, que sente que os Deuses Antigos estavam tentando mudar as linhas do tempo.

Além disso, Nozdormu deduz que a Alma Dragônica é necessária para derrotar Asa da Morte quando ele retorna causando a Ruptura. É assim que ele aparece no momento exato no fim da guerra para impedir que o artefato se perca com o colapso da Nascente da Eternidade, além de permitir que ele seja usado pelos Aspectos para enfrentar seu antigo aliado.

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Segunda Guerra

Os dragões foram introduzidos no universo de Warcraft no segundo game RTS da franquia, Warcraft II: Tides of Darkness. Na época, eles eram unidades da Horda, e sua descrição dizia:

**”Dragões são nativos das terras indomadas do norte de Azeroth. Reclusos por natureza, Dragões tiveram pouco contato com seus vizinhos terrestres ao longo dos séculos. Rend e Maim, os Chefes do clã Black Tooth Grin, planejaram a captura da Rainha dos Dragões Alexstrasza pelo clã Dragonmaw. Com sua Rainha aprisionada, essas criaturas majestosas foram forçadas em subserviência pela Horda – os descendentes dela sendo criados pelo clã Dragonmaw para acabar com os inimigos da Horda.”

Posteriormente, a franquia abordou esse período um pouco melhor em outras obras. É revelado que a Alma Dragônica foi usada para controlar Alexstrasza, fazendo com que toda a revoada vermelha se submetesse à Horda para que sua rainha não fosse machucada. Além disso, a personagem sofre terrivelmente durante seu tempo presa em Grim Batol, sendo forçada a continuar produzindo filhotes que são criados para a batalha.

O plano contra os Aspectos, mais uma vez, conta com participação de Asa da Morte. Apesar disso, tudo acaba dando errado para ele mais uma vez, já que quando ele ataca Alexstrasza finalmente tem a chance de fugir com a ajuda de seu consorte, Korialstrasz, do mago Rhonin e de Vereesa Windrunner.

Além de acabar com seus captores, a Rainha dos Dragões consegue salvar seus filhotes, que Asa da Morte visava utilizar para fazer experimentos. Na briga, Rhonin também acabou destruindo a Alma Dragônica, o que levou os Aspectos a receberem seus poderes de volta.

Depois disso tudo, os Aspectos acabaram se tornando mais reclusos, e não participaram da Terceira Guerra de modo significativo. Isolados, cada um passou a cuidar de suas respectivas tarefas e revoadas, sem tanto contato uns com os outros.

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Na Corte de Ventobravo

Mas os Aspectos não estarem ativos não quer dizer que outros dragões não estivessem. Uma das antagonistas mais icônicas de Warcraft é justamente a prova disso: disfarçada como humana, Onyxia se infiltra na corte de Ventobravo, e faz de tudo para chegar ao poder.

Agindo como Katrana Prestor, ela finge ser uma nobre, e logo passa a influenciar o rei Varian Wrynn, principalmente após a morte da esposa dele, que ocorre quando os construtores se rebelam contra a coroa. O melhor (ou pior) de tudo é que a própria Onyxia também orquestra esse desentendimento entre nobres e plebeus, se aproveitando do caos para manipular todos ao seu redor.

A corrupção propagada por ela só tem fim quando os heróis a descobrem e a perseguem até sua toca, após ela sequestrar o filho de Varian, príncipe Anduin. É o próprio rei quem a derrota, levando sua cabeça como troféu para Ventobravo.

A Guerra do Nexo

Isso mudou com o início da Guerra do Nexo. Isolado, ressentido, e vendo sua revoada quase completamente aniquilada, Malygos é levado à insanidade, e eventualmente declara guerra contra todos os mortais usuários de magia.

Após perder boa parte de sua revoada, Malygos ficou insano, só se recuperando com o retorno dos poderes dos Aspectos que ocorreu com a destruição da Alma Dragônica. Voltando a investigar o uso de magia, o líder dos dragões azuis conclui que os mortais usam o arcano de modo descuidado, colocando Azeroth em risco. É por isso que ele declara guerra aos usuários de magia, principalmente os magos do Kirin Tor.

Os outros dragões, porém, não o apoiam na decisão. Como resultado, Alexstrasza reuniu as outras revoadas no Repouso das Serpes, os liderando no combate a Malygos. A Rainha dos Dragões e seus filhos auxiliam jogadores na raid O Olho da Eternidade, na qual Malygos é derrotado e morto.

Confronto com o Lich Rei

Ao mesmo tempo em que os problemas com Malygos se desenvolvem, os dragões marcam presença em outras histórias na expansão Wrath of the Lich King. Alexstrasza e Korialstrasz aparecem em um dos momentos mais icônicos da franquia: Angrathar, the Wrathgate.

No Portão da Ira, às portas da fortaleza do Lich Rei, o Grande Apotecário Putress atacou com as tropas dos vivos e dos mortos como uma nova versão da praga – o que deixou o Lich Rei debilitado, mas resultou em grandes perdas também para os heróis da história. Os dragões vermelhos vieram para ajudar, purificando o local com suas chamas da vida; mas esse poder também resultou em efeitos colaterais, deixando apenas cinzas. Além disso, Bolvar Fordragon sobreviveu, mas ficou completamente carbonizado.

É claro que, quando se trata do Lich Rei e de dragões, não se pode deixar de falar de Sindragosa. Depois do ataque de Neltharion, a antiga consorte de Malygos morre nas terras frígidas da Nortúndria -- e assim permanece, até Arthas Menethil trazê-la de volta.

Sindragosa ficou conhecida por sua participação marcante no vídeo da expansão Wrath of the Lich King, além de ser um dos bosses da raid final.

Cataclismo

Na expansão Cataclismo, os dragões têm grande destaque, já que Asa da Morte retorna, com uma entrada cataclísmica, mudando o próprio mapa de Azeroth. Ao longo de toda a expansão, os jogadores precisam lidar com os dragões da revoada negra e do crepúsculo, a ameaça do retorno dos Deuses Antigos, e encontrar um meio de impedir o antigo Aspecto de reforjar o mundo como deseja.

É claro que os outros dragões também se unem aos campeões de Azeroth nessa batalha. Com Malygos morto, Azuregos e Kalecgos assumem o comando da revoada azul, trabalhando com os outros para impedir os planos de Asa da Morte de se concretizarem.

Para isso, eles também precisam de um novo Aspecto que ocupe o lugar de Neltharion. Mas, sem um dragão negro para assumir a posição, a tarefa acaba passando para Thrall, e o xamã é essencial em derrotar Asa da Morte de uma vez por todas. Como se não bastasse, os Aspectos precisam sacrificar os poderes dados a eles pelos Titãs, perdendo essa força e tendo que lidar com o efeito colateral de que os dragões não conseguem mais se reproduzir. Com isso, Alexstrasza decreta o fim da era dos dragões, e o início da era dos mortais como protetores de Azeroth.

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Purificação da revoada negra

Como já mencionado, os dragões negros foram corrompidos pelos Deuses Antigos, tal como seu líder, Neltharion. Ainda assim, alguns acreditavam que devia existir um meio de purificá-los e restaurar a revoada negra – mas nem todos tinham escrúpulos em relação ao que tentar.

Esse é o caso de Rheastrasza, integrante da revoada vermelha que capturou uma das filhas de Asa da Morte, Nyxondra, a forçando a botar ovos que seriam usados para experimentos. A crueldade da “pesquisa” dela precisa ser notada, ainda que eventualmente uma de suas experiências tenha dado resultado.

Foi assim que Wrathion surgiu. O autointitulado Príncipe Negro não tem a corrupção do restante de sua revoada, e cresceu de forma extraordinariamente rápida. Lutando pela sobrevivência desde o início, ele entra na história como uma pessoa desconfiada e capaz de tudo para atingir seus objetivos, além de determinado a acabar com a corrupção dos outros dragões de sua revoada, nem que tenha que matá-los para livrá-los dela.

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Pandaria

Em Pandaria, Wrathion continua tendo uma certa importância para a trama. Determinado a proteger Azeroth, ainda que use métodos questionáveis, ele entra em contato com aventureiros para ajudá-lo a se preparar para enfrentar uma ameaça terrível: o retorno da Legião Ardente.

Para isso, ele determina que Azeroth precisa estar unida – o que significa um fim à guerra entre a Horda e a Aliança. Mas, ao invés de buscar a paz, ele acredita que é preciso que um dos dois lados finalmente prevaleça.

Ainda durante a expansão, ele conhece o príncipe Anduin Wrynn, quando o jovem está se recuperando de ferimentos. Eles têm várias discussões sobre os eventos da história, modelos de liderança e pontos de vista diferentes, frequentemente discordando um com o outro. Apesar da desconfiança inicial, eles acabam se tornando amigos.

Posteriormente, durante o julgamento de Garrosh Grito Infernal, Wrathion interfere para que o criminoso possa escapar e o envia ao passado. Isso tudo faz parte dos planos dele para que Azeroth consiga resistir à próxima tentativa de invasão da Legião, e leva aos eventos narrados na expansão Warlords of Draenor.

A volta da Legião

Os dragões voltam a ter maior destaque em Legion, principalmente com Ysera. Enquanto a maioria dos outros luta de modo independente ao invés de ser parte do conflito nas Ilhas Partidas, a líder dos dragões verdes é parte integral da história de Val’Sharah.

Após Malfurion Tempesfúria ser capturado por Xavius, Ysera acaba caindo em uma armadilha para tentar salvá-lo. Com isso, o antagonista consegue corrompê-la, fazendo com que ela ataque o Templo de Eluna. Tyrande Murmuréolo, com o auxílio do aventureiro e de outras sacerdotisas de Eluna, finalmente conseguem parar Ysera, mas precisam matá-la para isso.

Em sua morte, Eluna purifica a Aspecto, fazendo com que ela consiga partir pacificamente para o pós-vida, algo que é explorado depois.

Uma participação bem menor, mas curiosa, é a da revoada vermelha. Nas missões específicas da classe Death Knight, Bolvar Fordragon envia o jogador em um santuário dos dragões liderados por Alexstrasza, levando à morte de ainda mais dragões e transformando um deles em morto-vivo.

Batalha por Azeroth

Com a derrota da Legião, os Aspectos mais uma vez parecem retornar para suas respectivas tarefas. Além disso, após a morte de Ysera é a filha dela, Merithra, que começa a se preparar para assumir a liderança dos dragões verdes.

Quem volta a ter mais destaque é Wrathion, que finalmente retorna para combater N’Zoth. Nesse meio tempo, o jovem dragão aprendeu bastante sobre resistir à corrupção dos Deuses Antigos, e se mostra extremamente valioso no confronto contra o último deles – sendo inclusive quem dá o último golpe na criatura.

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Nas Terras Sombrias

Mesmo quando os campeões de Azeroth partem para as Terras Sombrias, o reino da morte no mundo de Warcraft, os dragões ainda têm um papel na história. Ysera encontrou seu fim em Legion, mas reaparece aqui na trama de Ardena, para auxiliar na restauração do reino responsável pelo renascimento.

Além disso, ela também é essencial em impedir que Tyrande se perca em busca de vingança após a queima de Teldrassil, a Árvore do Mundo. Ysera também é uma das personagens defendendo Ardena quando Sylvanas Correventos ataca o local.

Mesmo assim, no fim dos eventos da expansão, ela não aceita voltar para Azeroth com a elfa, dizendo que seria necessário pagar um alto preço para tornar isso possível.

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Os dragões em World of Warcraft: Dragonflight

É claro que em World of Warcraft: Dragonflight os dragões não ficariam de fora. Depois de tanta história neste universo, os Aspectos, como Alexstrasza, prometem voltar ao centro da trama junto com os dragões mais jovens, tal como Wrathion. Aqui, eles vão redescobrir as Ilhas do Dragão, que foram o lar de sua espécie antes de eles precisarem o deixar por conta da grande cisão.

Tudo que aguarda neste novo capítulo da história de World of Warcraft os jogadores poderão conferir a partir do dia 28 de novembro. Para ficar por dentro de tudo que a expansão aguarda ou garantir a pré-venda desde já, basta acessar o site oficial.