9 vezes que autores de livros odiaram as adaptações de suas obras no cinema

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9 vezes que autores de livros odiaram as adaptações de suas obras no cinema

Por Junno Sena

Adaptar um livro ou quadrinho para os cinemas não é uma tarefa fácil. Ao longo dos anos, diversas obras se viram modificadas até os ossos para se tornarem boas experiências cinematográficas. Mas, a grande pergunta é: Será que essas produções conseguiram conquistar seus autores? Nessa lista, separamos 9 vezes que autores de livros odiaram as adaptações de suas histórias para o cinema. Confira!

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Lois Duncan e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado

Nem todos lembram ou sabem, mas Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado é baseado em um livro. Publicado em 1973, o livro de Lois Duncan foi descrito como um romance original que misturava drama adolescente com um suspense intenso. Para os fãs da adaptação slasher, o filme lançado em 1997 entrega a mesma sensação, mas não para Lois.

Em uma entrevista, a autora se mostrou transtornada com o filme e, parte do motivo, foi a morte de sua filha Kaitlyn, assassinada em 1989. “Como mãe de uma criança assassinada, não acho que a morte violenta seja algo para se gritar e dar risada”, explicou.

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Michael Ende e A História Sem Fim

Existem adaptações tão controversas para seus autores que eles gostariam de não ser associados a tais produções, esse é o caso de A História Sem Fim. De acordo com o autor Michael Ende, o filme de 1984, inspirado em seu livro de mesmo nome, é “revoltante” e que sua existência moral e artística estava em jogo com o filme. A grande pergunta é: Será que o Duncan de Stranger Things sabe o quanto o autor do livro odeia o longa, assim como a música de A História Sem Fim?

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Truman Capote e Bonequinha de Luxo

Bonequinha de Luxo é um dos maiores clássicos do cinema protagonizados por Audrey Hepburn, porém, não é bem visto por Truman Capote, autor do livro de mesmo nome. Curiosamente, o ódio do escritor teve início desde a fase de produção do filme. Capote estava convencido que sua protagonista apenas poderia ser interpretada por Marilyn Monroe.

Depois que Hepburn foi escolhida para o papel, Capote passou o resto de sua vida criticando a adaptação. Além disso, o filme tomou diversas liberdades criativas, transformando o dramático livro em um romance com toques de comédia.

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Stephen King e O Iluminado

Não é novidade que Stephen King odeia a adaptação de O Iluminado, dirigida por Stanley Kubrick. De acordo com o Rei do Terror, Kubrick nunca compreendeu seu livro, tendo “deturpado” o arco de seu protagonista, Jack Torrance. Tentando vingar sua obra, King chegou a produzir uma adaptação em formato de minissérie em 1997. Curiosamente, diferente do filme de Kubrick, a produção nunca caiu nas graças do público.

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Rick Riordan e Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Rick Riordan se tornou um dos maiores escritores de infanto-juvenil no início dos anos 2000. O anúncio de uma adaptação baseada em Percy Jackson se tornou uma questão de tempo, assim como o fracasso da obra. O primeiro filme, lançado em 2010, recebeu diversas críticas do autor.

Em cartas enviadas aos cineastas, Riordan apontou a idade dos personagens e o roteiro como os principais pontos que o incomodavam. Felizmente, o escritor conseguiu fazer jus aos seus personagens com a adaptação em formato de série da Disney+, onde trabalhou como consultor.

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Susanna Kaysen e Garota, Interrompida

Lançado em 1993, o livro de memórias de Susanna Kaysen foi transformado em um filme pelas mãos de James Mangold e gerou controvérsia desde seu lançamento. Entre diversas críticas, a principal se debruça na representação de transtornos mentais, além da falta de cuidado em tópicos sensíveis. Porém, Kaysen tinha suas próprias críticas, chamando a adaptação de “bobagem melodramática”, tendo acusado Mangold de inventar pontos na trama que não estavam no livro.

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Roald Dahl e A Fantástica Fábrica de Chocolate

A Fantástica Fábrica de Chocolate com Gene Wilder pode ter se tornado um clássico aos olhos de várias crianças, mas não aos de Roald Dahl. Apesar de estar creditado como o roteirista do filme, o autor revelou que teve pouco envolvimento com o produto final. De acordo com ele, os produtores erraram com a adaptação desde a escalação, uma vez que o autor não acreditava que Gene Wilder fosse a escolha certa para interpretar Willy Wonka.

Além disso, Dahl tinha problemas com o título do filme. Diferente do livro, chamado Charlie and the Chocolate Factory (Charlie e a Fábrica de Chocolate em tradução direta), o filme foi chamado de Willy Wonka and the Chocolate Factory (Willy Wonka e a Fábrica de Chocolate), o que deturpou uma ideia central de sua história: o protagonismo de Charlie.

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Agatha Christie e Sherlock de Saias

As histórias de Agatha Christie sofreram diversas adaptações ao longo dos anos, mas Sherlock de Saias foi uma das que chamou a atenção por tirar a autora do sério. A Rainha do Crime criticou desde a interpretação cômica de Margaret Rutherford até o próprio desenvolvimento do enredo.

Porém, vale lembrar que Christie raramente ficava satisfeita com qualquer filme baseado em seus livros. De acordo com amigos e familiares, seu ódio pelos longas era tão intenso que era preciso avisá-la para não assistí-los.

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Alan Moore e todas as suas adaptações

V de Vingança. Watchmen. Do Inferno. Alan Moore foi responsável por diversos clássicos em formato de quadrinhos e, assim como Hollywood ficou interessada pela Marvel e DC, viram em suas obras, uma oportunidade de faturar milhões. O problema é que, para Moore, nenhuma dessas produções chegou a ser boa.

O escritor chamou V de Vingança de “parábola da era Bush feita por pessoas tímidas demais para fazer uma sátira política com seu próprio país”, além de se referir a versão de Johnny Depp do protagonista de Do Inferno como um **“dândi que bebe absinto”v.

Mas, entre tantas falas, uma que marcou gerações foi quando Damon Lindelof tentou contactar Moore por causa da série Watchmen. “Eu não quero nada com você ou com sua série. Por favor, não me incomode de novo”, disse na ocasião.