Nascida na Cidade do México no dia 1 de março de 1983, sendo do signo de Peixes, Lupita Amondi Nyong’o é filha de pais quenianos e, portanto, tem a dupla cidadania quênio-mexicana. Seu nome foi uma homenagem para Nossa Senhora de Guadalupe, utilizando Lupita, um diminutivo carinhoso da santa.

Filha do professor universitário e político Peter Anyang ‘Nyong’o e da empresária de comunicação Dorothy Nyong’o, Lupita cresceu em Nairóbi, capital do Quênia. Sua família sempre investiu muito em sua educação e aos 16 anos ela foi enviada para a Universidade Nacional Autônoma do México para que aprendesse espanhol.

O investimento na educação da filha deu resultado e Lupita acabou sendo fluente em quatro idiomas: espanhol, inglês, luo (idioma falado no Quênia, Sudão e Tanzânia) e suali (outra língua oficial do Quênia, Tanzânia, Ruanda e Uganda).

O interesse pelas artes foi muito estimulado por sua família e assim, durante a infância, Lupita atuou em diversas peças escolares. Sua estreia profissional como atriz aconteceu ainda muito cedo, aos 14 anos, vivendo Julieta na adaptação de Romeu e Julieta da companhia Phoenix Players.

No entanto, apesar da veia artística, Lupita trilhou uma carreira acadêmica antes de conquistar Hollywood. Ela estudou na St. Mary’s School em Nairobi obtendo excelentes notas, e assim, aos 18 anos, recebeu um diploma do programa internacional de bacharelado. Partindo para os Estados Unidos, ela se graduou em estudos africanos e cinema na Universidade de Hampshire e concluiu o mestrado em atuação em Yale.

Sua carreira no cinema começou como estagiária de produção no O Jardineiro Fiel (2005) do diretor brasileiro Fernando Meirelles.

Na trama acompanhamos Ralph Fiennes (Harry Potter) e Rachel Weisz (A Favorita) em uma história sobre um diplomata britânico que vive em Nairóbi, no Quênia, e investiga o assassinato da sua esposa. De acordo com Lupita, foi Ralph Fiennes que a inspirou seguir a carreira de atriz.

Em 2008 ela acabou estrelando o curta East River, de Marc Grey. No ano seguinte, Nyong’o, voltou ao Quênia para estrelar a série Shuga, da MTV, em parceria com a UNICEF. Ela também roteirizou, produziu e dirigiu o documentário In My Genes sobre a população albina do seu país.

Ainda em 2008, Nyong’o foi a responsável por produzir e dirigir o clipe de The Little Things You Do, canção de Bobi Wine e Wahu. O clipe fez sucesso e venceu a categoria de Melhor Videoclipe no MTV Africa Music Awards.

Durante seu mestrado em Yale, Nyong’o retornou aos palcos do teatro, chegando a conquistar o Prêmio Herschel Williams de 2011-2012 destinado aos alunos com habilidades de atuação fora do comum.

Em 2013, após concluir os estudos na aclamada universidade, Lupita fez sua grande estreia em Hollywood quando estrelou o drama histórico 12 Anos de Escravidão. Sua atuação emocionante resultou em muitos elogios da critica e indicações aos prêmios Golden Globe, BAFTA e SAG, além de uma estatueta do Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante.

Ainda que seja mais reconhecida por ter encarnado a espiã Nakia em Pantera Negra, parte do Universo Cinematográfico Marvel, Lupita também atuou em outra grande franquia geek! Em 2015 ela viver Maz Kanata, uma pirata espacial em Star Wars: O Despertar da Força.

A personagem, uma alienígena pequena e de olhos grandes, foi feita totalmente em CGI e Nyong’o precisou utilizar captura de movimento para interpretá-la. Para a atriz, esse foi um desafio bem-vindo, uma vez que tinha vontade de interpretar uma personagem em que sua aparência fosse irrelevante.

A atriz reprisou o papel de Maz em Star Wars: Os Últimos Jedi (2017) e Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019), dublando Maz no jogo Lego Star Wars: O Despertar da Força (2016) e na série animada Star Wars: Forças do Destino (2017-2018)

Além de uma excelente atriz, Nyong’o sempre utilizou seu espaço para defender causas sociais e ambientais importantes, como conscientização acerca do HIV, a preservação de prédios históricos, a luta pela proteção dos elefantes no Quênia, a luta pelo fim da fome mundial e até a criação de centros médicos para auxiliar partos de mulheres na Uganda.

Ela também foi parte da campanha MeToo, denunciando o produtor Harvey Weinstein de tê-la assediado sexualmente quando ela ainda era uma estudante de Yale -- o que fez com que ela recusasse a oferta dele para que estrelar Nocaute (2015).

Atualmente, ela é parte do grupo de atores que clamam pelo cessar fogo na guerra de Israel contra a Palestina.

Em 2019, Lupita Nyong’o escreveu Sulwe, livro infantil que conta com as ilustrações de Vashti Harrison. Na trama acompanhamos a história de uma garotinha que tem a pele mais escura do que todos ao seu redor, o que faz com que ela não se sinta tão bonita, passando por uma jornada mágica para que ela enxergue a própria beleza.

O livro foca e temas como colorismo e a autoestima das mulheres negras, sendo baseado na infância de Nyong’o. Sulwe rapidamente se tornou um dos livros mais vendidos na lista do New York Times, vencendo o prêmio de melhor obra para crianças do NAACP Image Awards de 2020 e em 2021 a Netflix anunciou que iria adaptar o livro como um musical animado.

O próximo grande projeto de Lupita Nyong’o será Um Lugar Silencioso: Dia Um, o prequel da franquia Um Lugar Silencioso mostrando o que aconteceu no dia em que a terra foi invadida por extraterrestres usam o som para caçar.

O filme também conta com Joseph Quinn (Stranger Things), Alex Wolff (Hereditário, Jumanji) e Djimon Hounsou (Gladiador, Guardiões da Galáxias, Shazam) no elenco. A direção é de Michael Sarnoski (Pig - A Vingança).

Não fique de fora desse lançamento! Um Lugar Silencioso: Dia Um estreia exclusivamente nos cinemas no dia 27 de junho.