Transformers: O Despertar das Feras conta a história de como a ligação de Optimus Prime com a Terra surgiu. O filme vai se passar em 1994, em uma época em que ele ainda não conhecia ou se importava muito com nosso planeta. Para quem acompanhou a saga, isso o posiciona antes dos filmes do Michael Bay, mas depois de Bumblebee na cronologia.

Grande parte da história vai acontecer no Brooklyn, conhecido bairro da cidade de Nova York, mas também teremos cenas na cidade perdida de Machu Picchu, no Peru. Parece que a cultura dos povos Incas e suas tradições ancestrais terão ligação direta com “O Despertar das Feras”. Só assistindo para saber…

Mas quem assistiu todas as animações de Transformers pode ter achado o título um tanto familiar. Isso porque O Despertar das Feras será inspirado na linha de brinquedos e série animada Beast Wars: Transformers, que foi ao ar originalmente em 1996. Recentemente a história foi recontada nos quadrinhos, mudando vários eventos da obra original.

O longa também não pretende seguir à risca os acontecimentos do desenho, focando em introduzir conceitos específicos desta versão no universo cinematográfico, como as novas tribos de robôs. Junto dos conhecidos Autobots e Decepticons, teremos a introdução dos Predacons, Maximals e os principais antagonistas, Terrorcons.

As novas facções têm relação direta com os robôs que já conhecemos. Descendentes dos Autobots, os Maximals lutam pela paz e podem se transformar em mamíferos, como gorilas e rinocerontes. Seu líder, Optimus Primal, estará presente no filme. Do lado dos vilões, temos os herdeiros dos Decepticons, os Predacons, que podem se transformar em predadores, como dinossauros.

Mas o grande vilão do filme vem de uma facção ainda mais perigosa, os Terrorcons. Eles são robôs feitos dos restos de Autobots que pereceram em batalha e voltaram a funcionar devido a uma energia misteriosa. Seu líder é Scourge, que controla as tropas inimigas neste longa.

Optimus Prime, dublado mais uma vez por Peter Cullen, vai dividir o protagonismo com uma nova dupla de personagens humanos: Noah, um ex-militar sem grana, e Elena, uma pesquisadora de artefatos antigos que busca reconhecimento. Ela é interpretada pela brilhante Dominique Fishback, premiada por seu trabalho em Judas e o Messias Negro. Já Noah será vivido por Anthony Ramos, do lendário musical Hamilton.

Não temos muitas informações de atores conhecidos dos fãs de Transformers que podem retornar no elenco do filme, mas o Bumblebee já foi confirmado. Ele assumirá a forma de um jipe com rodas imensas, perfeitas para encarar qualquer tipo de terreno. Será que ele vai explorar as ruínas de Machu Picchu?

Enquanto os primeiros filmes ficaram marcados pela assinatura forte de Michael Bay, a saga está seguindo um novo caminho experimentando novos nomes que tocam projetos discutidos por uma sala de escritores, com o intuito de tornar o universo mais coeso. Quem acabou assumindo o cargo de diretor de O Despertar das Feras é Steven Caple Jr.

Seus últimos trabalhos de destaque — Creed II, The Land e Grown-ish — são histórias que refletem parcelas da vivência negra. No evento em que revelou o título do filme, o diretor sinalizou que irá trabalhar influências do rap e hip hop dos anos 90 no longa. Ao seu lado, o produtor Lorenzo DiBonaventura coordena tudo para que o projeto seja uma autêntica experiência Transformers.

Por acrescentar novas facções de robôs, Transformers: O Despertar das Feras tem o potencial para se tornar sua própria trilogia, mas por enquanto novos filmes não foram anunciados.

Entretanto, existem outros projetos no universo cinematográfico de Transformers atualmente em desenvolvimento. Aparentemente, eles não acontecerão no universo principal da franquia. Sem nomes específicos, conhecemos um filme de Marco Ramirez e Angel Manuel Soto, outro projeto assinado por Joby Harold com potencial para continuações e um filme animado dirigido por Josh Cooley.

Transformers: O Despertar das Feras está previsto para estrear em 24 de junho de 2022, diretamente nos cinemas. Entretanto, não é possível ter certeza que esta data não sofrerá alterações decorrentes da pandemia de covid-19, que trouxe consequências devastadoras para a indústria do cinema.