The Witcher Temporada 3: O que esperar da trama

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The Witcher Temporada 3: O que esperar da trama

Por Arthur Eloi

Atenção: Alerta de Spoilers!

A segunda temporada de The Witcher chegou ao fim, mas a jornada de Geralt, Ciri e Yennefer está apenas começando. Por ser um dos maiores sucessos da plataforma, a Netflix já renovou a série para a terceira temporada, e as coisas só devem ficar mais intensas e complicadas daqui para frente.

Com base nos livros originais de Andrzej Sapkowski, veja abaixo o que esperar da trama da terceira temporada de The Witcher!

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Fidelidade ao material-base?

Ainda que o saldo seja bastante positivo, é certo dizer que a segunda temporada segue por rumos diferentes da trama do livro O Sangue dos Elfos, romance de 1994 que dá início à saga. A obra original dedica bastante tempo ao treinamento e amadurecimento de Ciri (Freya Allan) em Kaer Morhen, enquanto a série usa isso como base mas também desenvolve o arco de Yennefer (Anya Chalotra) de forma inédita.

Eventualmente, a série passa a dar mais destaque para suas criações - como toda a complicação com Voleith Meir - ao invés de se manter presa aos livros. Isso frustrou alguns dos fãs, e o próprio Henry Cavill afirmou em vídeo da Netflix que deseja uma próxima temporada mais próxima ao material-base, dizendo: “Sou fã dos livros e permanecer fiel a eles é questão de garantir que a história aconteça sem muitas distrações e nem coisas secundárias para anuviar.

A voz de Cavill tem peso nas decisões da série. Foi o ator que pediu por um Geralt mais falante e emotivo (vulgo mais fiel ao livro) na segunda temporada, e seu desejo se tornou lei. Se ele pede por ainda mais fidelidade no terceiro ano, há grandes chances disso acontecer.

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A Caça ao Sangue Antigo

A importância de Ciri fica cada vez mais explícita na série, tanto para o espectador quanto para o restante do Continente. Depois de uma segunda temporada dedicada a desenvolver os poderes da garota, o terceiro ano deve dar início à fuga da jovem, que se torna alvo de todo tipo de figura importante por conta de seu precioso, poderoso e perigoso Sangue Antigo, fruto de sua ascendência élfica.

A vida de Ciri vai complicar bastante na terceira temporada, visto que ela será perseguida pelo império de Nilfgaard, pela aliança de reis do Norte, pelos feiticeiros (que servem tanto Nilfgaard quanto ao Norte), pelos elfos (que se interessam em sua linhagem élfica para repopular sua espécie), e também pela Caçada Selvagem, um grupo de cavaleiros espectrais que podem causar o fim do mundo caso consigam capturar Ciri.

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Separados novamente

Com tanta gente interessada em Ciri, ficará cada vez mais difícil para Geralt e Yennefer protegerem a garota - ou mesmo para ficarem reunidos. Na verdade, o trio passa grande parte dos livros separados, o que motiva a incessante busca de um pelo outro membro dessa família inusitada.

A série manteve o trio reunido por boa parte da segunda temporada, mas a decisão parece mais funcionar para garantir um bom desenvolvimento de personagem do que como uma mudança de rumo em relação aos livros. Isso significa que quando as coisas apertarem - e elas vão apertar -, o impacto da separação de Geralt, Yennefer e Ciri será sentido com mais força pelo público e pelos personagens.

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Entre golpes e traições

Para a terceira temporada, a série deve adaptar os eventos de Tempo do Desprezo. Originalmente publicado em 1995, é o segundo romance da saga, mas o quarto livro da franquia como um todo. A obra marca um ponto de virada para a trama, já que é lá que a situação começa a ficar tensa no Continente por conta de intensas reviravoltas políticas que apenas complicam a vida de Geralt, Ciri e Yennefer.

A série da Netflix dá atenção especial às intrigas políticas, ainda mais na segunda temporada, e tudo isso parece preparação para algo grande que está por vir. Ainda há pontas soltas de O Sangue dos Elfos a serem resolvidas, como Geralt enfrentar o mago Rience (Chris Fulton), mas a terceira temporada deve enfim abrir as porteiras do caos e da guerra nesse universo.

Fique atento para um evento conhecido como o Golpe de Thanedd, que é a chave para o início de tudo. Visto o bom desenvolvimento do núcleo político da série, uma boa execução desse evento tão memorável dos livros pode garantir para The Witcher um momento tão impactante quanto o Casamento Vermelho de Game of Thrones.

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A expansão de Nilfgaard

Ainda que a terceira temporada deva ser mais fiel aos livros, como pediu Henry Cavill, a série da Netflix tomou um desvio que já não pode mais voltar atrás: revelar que Emhyr Var Emreis, o imperador de Nilfgaard, é o pai de Ciri. Como bem lembra o ator Joey Batey (Jaskier) durante um vídeo especial do seriado, é uma virada que só acontece nas páginas finais de A Senhora do Lago, o último romance da saga. Não havia chances da produção manter um segredo assim por tanto tempo, especialmente se tratando de uma mídia tão visual quanto uma série de TV.

No material-base, o imperador é uma figura um pouco elusiva, com objetivos perversos de capturar Ciri, se casar com ela, e gerar um herdeiro ao trono com Sangue Antigo em suas veias. O antagonista tem alguns capítulos ao longo dos romances mas, no geral, se mantém fora dos holofotes.

Com a decisão tomada, resta sustentá-la. Isso significa que Emhyr deve ter ainda mais espaço nas próximas temporadas, tanto com mais cenas ou motivações mais complexas. Será curioso ver como a série lida com uma mudança tão drástica, mas ao mesmo tempo isso é algo raramente inusitado, visto que a segunda temporada dedicou bastante espaço para o núcleo narrativo de Nilfgaard com Cahir (Eamon Farren) e a feiticeira Fringilla Vigo (Mimi Ndiweni).

Ainda não há previsão de estreia para a terceira temporada de The Witcher. Antes disso, a Netflix continua expandindo o universo da série na plataforma, com a vindoura série The Witcher: A Origem prevista para chegar em algum ponto de 2022, com uma trama ambientada mais de um século antes da jornada de Geralt de Rivia.