10 coisas que tornaram The Last of Us um game revolucionário

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10 coisas que tornaram The Last of Us um game revolucionário

Por Leo Gravena

The Last of Us é um dos jogos mais importantes da última década e da história dos video games em geral. Contando a história de Joel e Ellie, o jogo de 2013 traz uma viagem por um Estados Unidos desolado enquanto fogem de bandidos e de um fungo terrível.

Considerado por vários como o melhor jogo já feito, The Last of Us é uma história tensa, cheia de violência e momentos de horror em meio a uma luta brutal por sobrevivência. O jogo, também, é uma bela história de esperança e humanidade.

Com The Last of Us Part II chegando em breve para o Playstation 4, veja aqui porque a primeira parte desse jogo revolucionou o mundo dos games.

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É uma obra de arte

Existem muitas formas de descrever The Last of Us, e uma delas definitivamente é a como o jogo é uma verdadeira obra de arte. A história, a construção de mundo, os diálogos, tudo é construído de uma maneira tão singular, que é impossível jogá-lo sem se sentir imerso e se importar, verdadeiramente, com os personagens.

Quando falamos sobre filmes, música, ou qualquer outra forma de arte, existem algumas obras que após serem lançadas mudam completamente o status qup daquela mídia. Depois de The Last of Us o mundo dos jogos nunca mais foi o mesmo.

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Uma história filosófica

Poucos jogos fazem com que você pare e reflita sobre sua vida e a sociedade na qual vive. Em The Last of Us, acompanhamos a jornada de Joel e Ellie enquanto eles conhecem várias pessoas diferentes. Assim como na vida real, algumas são boas, outras ruins, mas a maior parte delas só está tentando sobreviver.

A cada momento você sente a tensão e a urgência do momento - é preciso sobreviver a qualquer custo, mas isso não significa que as mortes e conflitos são desinteressantes ou somente mais um obstáculo a passar. Tudo tem um peso, todos os clickers já foram pessoas e ainda estão vivos, todos os inimigos te vem como uma ameaça também e o jogo não deixa você esquecer disso em nenhum momento.

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O senso de urgência

O jogo sabe muito bem como fazer com que você sinta a urgência da situação ao fazer com que não seja fácil e sem graça sobreviver às mais diferentes e inesperadas situações. Nem sempre lutar é a melhor estratégia e nem sempre correr e se esconder é uma opção.

O jogo sabe exatamente o que fazer para que você fique tenso e mal consiga pensar na melhor estratégia enquanto luta para sobreviver, seja atirando de ponta cabeça em uma horda de clickers, correndo de um louco em um restaurante em chamas ou andando por um túnel escuro, fugindo de humanos que estão te caçando.

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A beleza de um mundo destruído

Quando falamos de jogos do gênero, pensamos em cenários escuros, ambientes iguais em todos os lugares e você não ter diferenciação alguma do tempo e espaço. Porém, The Last of Us é completamente diferente. O jogo possui alguns dos visuais mais belos já produzidos e cada espaço e local possui uma identidade única.

Além disso, a trama e passa no período de um ano e, durante ele, podemos ver Ellie e Joel em diferentes locais dos Estados Unidos e lidando com as mudanças climáticas e ambientais. Tudo isso representado de forma impecável na tela do jogador.

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As pausas para respirar

Por mais que o jogo seja extremamente tenso e contínuo, ele também não esquece de dar pausas para que o jogador aprecie a beleza do mundo no qual ele vive. O icônico momento no qual Joel e Ellie encontram as girafas é sempre lembrado pelos fãs pois ele vem depois de uma das partes mais assustadoras do jogo.

Seja andando por uma floresta, uma cidade abandonada durante o dia ou até mesmo nos arredores de uma hidrelétrica que ainda funciona. O jogo está sempre mostrando que a vida segue em frente e, mesmo nas mais terríveis situações, sempre existe beleza no mundo para ser apreciada.

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A jogabilidade e as armas

Tensão, está tudo escuro, você está com um medo, as balas estão acabando, você não tem mais facas, um clicker aparece atrás de você e pronto, você morreu. The Last of Us faz com que você realmente se sinta perdido e lutando por sua vida, cada momento importa e a utilização dos recursos é de grande importância no jogo.

Você precisa sempre saber quando e como utilizá-las, as balas estão sempre acabando e o arco e flecha pode ser um ótimo amigo. Muitas vezes, também, decidir não entrar em um confronto é uma ótima opção.

A trilha sonora e o som espetacular

Composta primariamente por Gustavo Santaolalla - um dos compositores mais premiados do cinema contemporâneo e que chegou a receber o Oscar pela trilha de Brokeback Mountain e de Babel - a trilha sonora do jogo é tão bela quanto os visuais e cenários do jogo, mas também, tão agoniante e sombria quando os perigos enfrentados.

A trilha traz elementos de perigo em diversos momentos, mas também algo mais leve e inocente em outros. Ao utilizar de uma abordagem mais minimalista, a trilha sonora e o design de som se destacam por não irem para o caminho óbvio dos jogos de ação e terror.

Além disso, o design de som do jogo é de tirar o chapéu. É impossível não ficar completamente nervoso e apreensivo ao ouvir o som dos clickers e saber que eles estão bem ao seu lado.

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Ellie

Em vários filmes, séries e outros jogos, sempre temos a relação paternal entre um adulto ranzinza e uma criança extremamente inteligente, porém que serve apenas para complicar a jornada do herói. Em The Last of Us, isso é subvertido de uma maneira excelente.

Ellie tem seus próprios pensamentos, ela é inteligente, mas ainda é uma criança. Ela não sabe o que está fazendo e não tem medo de deixar isso claro. Em um dos momentos mais apreensivos do jogo, Ellie está sozinha e, mesmo acompanhando Joel, ela possui sua própria jornada.

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Um protagonista com camadas

Joel é um dos protagonistas mais memoráveis dos video games e isso não é a toa. Diferente de tantos outros personagens do gênero, ele possui várias camadas diferentes. O conhecemos como um pai amoroso, logo depois o vemos como um lobo solitário e amargurado e durante o jogo vemos todas essas barreiras e camadas que ele criou sendo quebradas, uma por uma.

Um personagem atormentado, irritado, mas com um coração que vai amolecendo. Tudo isso feito da melhor maneira possível, enquanto a relação de pai e filha com Ellie vai se desenvolvendo, vemos Joel descobrindo a esperança e o amor paternal novamente, sendo a personificação de todo o lema do jogo: ”a vida continua”.

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O final agridoce

Viajando por um país devastado, Joel precisa levar Ellie para os Vagalumes, na esperança de que ela seja a cura para o fungo Cordyceps, contudo, a jornada é longa e cansativa, mas tudo é motivado pela esperança de que ela possa salvar o mundo.

Uma história só é tão boa quanto o seu final e The Last of Us é uma obra completa. A jornada é excelente e o fim, um dos mais emocionantes. Ao mentir para Ellie, Joel faz uma das decisões mais difíceis de sua vida, enquanto sabe que tudo o que fez pela garota foi motivado por seu amor paternal. Ellie desconfia, mas mesmo assim prefere a ideia de sua nova realidade.

Se isso será abordado ou não em The Last of Us Part II, só nos resta esperar, mas toda a sequência final do primeiro jogo ainda é uma das mais belas já feitas, condensando toda a dicotomia presente na história em um final agridoce.