The King of Fighters – Tudo o que você precisa saber sobre a franquia!

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The King of Fighters – Tudo o que você precisa saber sobre a franquia!

Por Leo Gravena

 

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O Início

A SNK Já era uma respeitada produtora de games, tendo em seu currículo títulos como Fatal Fury, Art of Fighting, Samurai Shodown e World Heroes.

Mas, em 1993, a empresa resolveu fazer uma brincadeira com seus fãs e colocou o protagonista da série Art of Fighting, Ryo Sakazaki como personagem jogável em Fatal Fury Special.

Os jogadores adoraram a ideia, fazendo a SNK resolveu levar adiante e produzir o seu próprio crossover.

Assim, surgiu The King of Fighters. Com lutadores dos consagrados jogos da empresa e novos personagens, criados exclusivamente para a nova franquia.

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The King of Fighters 94

KOF 94 foi o primeiro crossover de jogos de luta da história dos videogames.

O jogo trazia o conceito de times se enfrentando. Você escolhia uma equipe pré-definida com 3 lutadores e enfrentava outras equipes ao longo do torneio.

Não era possível alternar entre os lutadores durante a batalha, sendo assim o próximo personagem só entrava no combate quando o anterior era derrotado. Mas era possível realizar alguns golpes especiais em que os lutadores fora do combate saltavam para a tela e te ajudavam em alguma situação, como quando seu personagem está atordoado.

O game também inovou ao trazer o conceito de esquiva. Agora, além de bloquear os golpes adversários, você também poderia optar por simplesmente desviar deles. Apesar desse artifício garantir uma recuperação mais rápida, na qual um jogador mais experiente poderia encaixar um contra-ataque, a sua barra de especial não era enchida.

Quando sua barra estava cheia, você era capaz de soltar um Desperate Move, que causava um dano devastador no inimigo.

O primeiro jogo da franquia não faz parte de nenhum arco, mas apresentou os personagens que seriam utilizados nas tramas seguintes.

Vale lembrar que, apesar dos times representarem países, os seus representantes não eram, necessariamente, nascidos no local. Um exemplo é o próprio time do Brasil formado por Heidern, Ralf Jones e Clark Still, sendo que nenhum deles é brasileiro. Mais tarde, o time foi renomeado para Ikari Warriors.

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The King of Fighters 95

Entre os jogos KOF 95 a KOF 97 são contados os eventos da Saga Orochi.

O game não foi planejado para ter sequências e muito menos um arco de história, mas o primeiro jogo foi tão aclamado que os produtores voltaram sua atenção no desenvolvimento da trama e de seus personagens.

The King of Fighters 95 permitia que o jogador montasse o seu próprio time, não sendo limitado às formações obrigatórias do game anterior. Alguns detalhes de jogabilidade foram aprimorados e o jogo basicamente melhorou o que já era bom.

O grande destaque ficou pela introdução do Time dos Rivais, que trazia Billy Kane, Iori Yagami e Eiji Kisaragi.

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The King of Fighters 95

Durante o jogo percebemos a rivalidade entre Iori e Kyo, o protagonista da saga, apesar de não ser explicado de onde vem a implicância.

O pai de Kyo, Saisyu, que havia morrido no jogo anterior, foi ressuscitado por Rugal, o organizador do torneio, que todos pensavam estar morto depois de KOF 94.

Kyo é obrigado a matar seu próprio pai antes de enfrentar Rugal, que desperta um novo poder e se torna Omega Rugal. Kyo consegue enganar seu oponente desafiando-o a utilizar todo seu poder. O corpo de Rugal não suporta a energia misteriosa e ele acaba morrendo.

Depois da morte de Rugal, Iori diz que já sabia que isso aconteceria, já que apenas sua linhagem sanguínea seria capaz de controlar tal poder...

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The King of Fighters 96

The King of Fighters 96 apresentou algumas mudanças radicais em relação aos jogos anteriores.

O sistema de esquiva foi substituído pelo rolamento, dando mais dinâmica às lutas. Além disso, a distância da área das magias foi reduzida, logo o personagem deveria estar muito mais próximo do outro para que seu golpe fosse efetivo. Foi introduzido, também, o Super Desperate Move, que poderia ser utilizado quando a barra de especial estivesse cheia e a barra de saúde estivesse piscando, provocando um ataque muito mais poderoso. Novos personagens foram introduzidos e, logicamente, os gráficos foram melhorados.

Depois de abandonar seu time, no final do jogo anterior, Iori ressurge com duas novas companheiras Vice e Mature, ex-aliadas de Rugal. Agora, o torneio não era mais algo ilegal e underground. Ele passou a ser televisionado e patrocinado pela milionária Chizuru Kagura.

No decorrer do jogo, diversos fatos são apresentados para contribuir com o enredo da Saga.

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The King of Fighters 96

Orochi era um ser divino responsável por manter o equilíbrio no planeta. Decepcionado pelo que a humanidade estava fazendo com a Terra, a entidade resolveu acabar com a vida humana e, para isso, contava com a ajuda dos Hakkeshu, seguidores super-poderosos do Orochi.

Para evitar que a vontade de Orochi se concretizasse, 3 clãs se uniram para selá-lo: as famílias Kusanagi, Yata e Yasakani.

600 anos depois, o selo começou a enfraquecer e os Hakkeshu conseguiram se libertar. Aproveitando-se da rivalidade que existia entre as famílias Kusanagi e Yasakani, um dos Hakkeshu assassinou a esposa do líder Yasakani utilizando um disfarce Kusanagi e iniciou uma guerra entre os clãs.

Os Yasakani sabiam que não poderiam vencer os Kusanagi em poder e decidiram se aliar a Orochi para conseguir sua vingança. Um pacto de sangue foi feito. Os Yasakani mudaram seu sobrenome para Yagami e passaram a utilizar técnicas mágicas proibidas. Por isso, as chamas de Iori são roxas, diferente das de Kyo, que são vermelhas.

Junto com os novos poderes veio, também, uma maldição. Nenhum Yagami chegaria à velhice, morrendo todos no ápice de sua juventude. A maldição seria passada de geração em geração. Sendo Iori o último representante de sua linhagem, cabia a ele vingar sua família pelo que os Kusanagi haviam feito.

Como os Kusanagi e Yagami estavam em uma guerra familiar, coube aos Yata tentar impedir que Orochi se livrasse do selo. As irmãs Chizuru e Maki Kagura, descendentes dos Yata, foram atacadas pelo Hakkeshu Goenitz, que assassinou Maki e conseguiu quebrar o selo, liberando o espírito de Orochi, que precisava encontrar um hospedeiro digno.

Rugal foi o primeiro hospedeiro, mas acabou provando-se fraco para abrigar o espírito de Orochi.

Chizuru realizou o torneio para reunir Kyo e Iori e tentar selar Orochi novamente, antes que ele despertasse.

Iori descobre que Mature e Vice também são Hakkeshu, que monitoravam Rugal e agora o espionavam. Ao descobrir isso, o espírito de Orochi toma conta de Iori, que mata suas ex-parceiras em uma fração de segundo.

Assim se conclui KOF 96.

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The King of Fighters 97

Mais uma vez, KOF 97 aprimorou o que já havia sido apresentado nos jogos anteriores. Agora, também foi introduzido o modo avançado da barra de especial, onde o jogador podia acumular especiais e provocar dano extra.

O estilo de luta de diversos personagens foi alterado e novos golpes foram introduzidos. Quando um novo lutador assumia o lugar do anterior, no combate, o jogador podia ganhar ou perder uma barra de especial, dependendo da afinidade que os lutadores tinham entre si. Isso ajudou a enriquecer ainda mais o background de cada personagem.

Nesse jogo, foi introduzido o Time Especial, formado por Ryuji Yamazaki, Blue Mary e Billy Kane e o Time New Faces, composto por Chris, Yashiro e Shermie.

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The King of Fighters 97

No decorrer do jogo, descobrimos que Ryuji Yamazaki também é um Hakkeshu, mas ele decidiu não lutar ao lado de Orochi.

Também descobrimos que Leona é filha de Gaidel, outro Hakkeshu que não defendia Orochi e preferia viver pacificamente. Quando Goenitz visitou a vila de Gaidel para convencê-lo a quebrar o selo Orochi, percebeu que Leona possuía traços da linhagem de Orochi e despertou o poder oculto da garota, que assassinou toda sua vila, incluindo seu pai, com as próprias mãos. Por pouco, Leona não perde a sanidade e desperta sua ira novamente, mas Ralf e Clark conseguem acalmá-la e ajudá-la a controlar seu poder.

No final do torneio é revelado que o Time New Faces é formado por Hakkeshu que pretendem despertar Orochi de uma vez por todas. Apesar de Kyo, Chizuru e Iori unirem forças e derrotarem o trio de Hakkeshu, Orochi consegue despertar e possuir o corpo de Chris.

Mesmo com todo o poder do Orochi, Chris é derrotado, mas consegue despertar a fúria de Iori e ordena que ele mate seus amigos.

Porém Iori consegue controlar seu sangue e ataca Orochi. Percebendo que Iori não conseguirá selar a divindade sozinho, Kyo se sacrifica e sela Orochi de uma vez por todas. Kyo desaparece e Iori parte em sua busca, encerrando assim a Saga Orochi.

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The King of Fighters 98

Com a Saga Orochi concluída, a SNK decidiu criar o primeiro Dream Match dentro da franquia The King of Fighters.

Em KOF 98, a história foi deixada de lado e praticamente todos os personagens que haviam aparecido anteriormente retornaram, mesmo se estivessem mortos.

O interessante é que a versão americana do jogo trazia um resumo da Saga Orochi, sendo assim, quem perdeu os eventos dos jogos anteriores poderia acompanhar toda a história à partir desse jogo, mesmo que ele não estivesse envolvido com os eventos da Saga.

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Da glória à decadência

Depois de se manter no topo dos fliperamas durante muito tempo, a SNK decidiu apostar em uma nova placa para os arcades.

Infelizmente, a nova tecnologia, que apostava em gráficos 3D, não foi bem recebida pelos fãs e a empresa começou a passar por uma crise.

Seus consoles caseiros não vendiam bem, já que os jogos de luta estavam perdendo espaço para os novos gêneros que ganhavam destaque graças à potência do mais novo console do mercado, o PlayStation 2.

Em 2000, a SNK foi comprada pela Aruze Gaming conhecida por produzir máquinas de aposta, parecidas com as dos cassinos americanos. Percebendo que a franquia estava sendo deixada de lado, os desenvolvedores dos games abandonaram a empresa.

Durante alguns anos, os direitos de distribuição de The King of Fighters foram para as mãos da Eolith, até que Eikichi Kawasaki, um dos fundadores originais da SNK, decidiu reerguer a empresa.

Sob o nome de Playmore, Kawasaki readquiriu os direitos dos jogos da SNK e foi atrás dos desenvolvedores originais para dar continuidade ao legado da empresa.

Essa crise foi a responsável pela confusão na segunda saga de The king of Fighters, As Crônicas de NESTS.

Como a franquia passou pela mão de diversos desenvolvedores, ela se transformou em um verdadeiro Frankenstein, com diversos furos e fatos sem sentido.

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The King of Fighters 99

KOF 99 foi o primeiro capítulo da saga NESTS.

Com relação à jogabilidade, o sistema de esquivas e a barra de especial foram alterados novamente. Agora, o jogador podia escolher entre usar o especial para ataque ou defesa tornando seus golpes mais poderosos ou tendo maior resistência aos ataques inimigos.

O jogo também inovou com a introdução dos Strikers. Agora, em vez de 3 lutadores o time era composto por 4 integrantes sendo que um deles era utilizado apenas para situações especiais, como em um Combo específico ou até mesmo para te ajudar a fugir de um especial inimigo.

Além de diversos personagens também foi introduzido o jovem Bao, aprendiz do bêbado Chin Gentasai. Um fato interessante é que Bao e Sie Kensou alternavam seus poderes.

Em um jogo Bao era mais poderoso que Kensou, já no jogo seguinte, a história se invertia. Depois, é revelado que ambos compartilhavam o espírito do dragão e, quando estavam próximos, seus poderes eram transferidos de um para o outro, mas essa história jamais chegou a ser desenvolvida completamente.

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The King of Fighters 99

Depois da batalha contra Orochi, Kyo e Iori estavam desaparecidos. Benimaru e Shingo decidiram procurar seus amigos e, a eles, se uniram K' e Maxima.

Nessa saga somos apresentados à NESTS, uma organização criminosa conhecida por suas pesquisas com biotecnologia e robótica.

Depois do primeiro torneio The King of Fighters, é revelado que a organização sequestrou Kyo para criar clones do lutador e formar um exército a fim de dominar o mundo. Por isso, no game, podemos jogar com Kyo-1 e Kyo-2, clones do Kyo original.

K' também foi um experimento da organização, sendo o clone imperfeito de Kryzalid, o vilão de KOF 99 e clone perfeito de Kyo. Já Maxima era um soldado que se infiltrou na NESTS para vingar a morte de um amigo, mas acabou sendo capturado pela organização e transformado em um ciborgue.

Juntamente com K', Maxima foi enviado em uma missão para se unir a Benimaru e Shingo e encontrar Iori e Kyo. Apesar disso, os dois novos personagens decidem se voltar contra a instituição criminosa e confrontam Kryzalid.

O vilão é derrotado quando o verdadeiro Kyo aparece para confrontá-lo.

Depois disso, é revelado que K' não é um clone de Kyo. Na verdade, K' era um jovem garoto que teve parte do DNA de Kyo implantado em seu corpo e Kryzalid era um clone de K', o contrário do que foi contado anteriormente. A irmã de K' morreu durante o treinamento do jovem, mas seu DNA foi usado para criar Whip.

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The King of Fighters 2000

Depois de toda essa confusão, KOF 00 chegou com a missão de organizar a bagunça que KOF 99 provocou na cabeça dos fãs.

Poucas alterações foram feitas no sistema de batalha, mas, agora, o Striker permitia incluir um personagem a mais.

Mais uma vez, novos personagens foram apresentados, entre eles o destaque fica com Kula, que se tornou uma das favoritas dos fãs.

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The King of Fighters 2000

Kula foi enviada pela NESTS para destruir K' e Maxima, que haviam se voltado contra a instituição.

A jovem passou por um processo onde seus sentimentos foram suprimidos para que, desse modo, ela não traísse a NESTS, como os outros lutadores fizeram. Além disso, dois guarda-costas e uma ciborgue foram enviados para vigiar Kula.

Depois que o torneio chegou ao fim, descobrimos que seu organizador foi um personagem conhecido como Zero. O vilão criou o torneio à serviço da NESTS, mas resolveu trair a organização para dominar o mundo sozinho. Ele criou um satélite capaz de destruir a Terra que era alimentado com a energia que os lutadores dissiparam durante o torneio.

O vilão demonstrou o poder de sua arma dizimando uma cidade com um único disparo. O interessante é que a cidade destruída era nada menos que Southtown, o local onde se passavam as aventuras de Fatal Fury e Art of Fighting.

Como a SNK já havia sido comprada e a nova empresa não daria sequência aos jogos das franquias, esse acontecimento deu um motivo para novos jogos não serem lançados.

Depois de demonstrar o poder do canhão, Zero ameaça destruir a Terra, mas Kula destrói o satélite do vilão. Kula quase morre depois de seu ato, mas é protegida pela ciborgue Candy Diamond.

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The King of Fighters 2001

KOF 01 foi o jogo que mais sofreu com a falência da SNK e sua produção passou pelas mãos de diversos desenvolvedores até chegar à sua versão final.

O jogo não trazia grandes mudanças em relação aos games anteriores, mas o sistema de Strikers foi alterado novamente. Agora, o jogador poderia decidir entre os 4 integrantes quantos seriam reservas e quantos seriam strikers e isso influenciava no tamanho da barra de especial.

Iori retornou como um personagem selecionável (no jogo anterior ele era um sub-boss), embora seu retorno tenha sido feito de maneira aleatória.

Claramente, os produtores tentaram trazer os protagonistas da saga anterior de volta para agradar aos fãs, que estavam bem descontentes com o andamento das Crônicas de NESTS.

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The King of Fighters 2001

Mais uma vez o Ataque dos Clones tem continuação.

Em KOF 01 somos apresentados ao Time NESTS composto por Kula, K9999, Angel e Foxy. K9999 é o clone definitivo de Kyo. O personagem é tão poderoso que nem mesmo seu corpo é capaz de suportar tamanha força, sofrendo deformações durante as batalhas. O grupo foi criado para eliminar K' e Maxima, que haviam desertado da NESTS.

Depois do torneio, os vencedores ganham uma viagem de Zepelim, que é, na verdade, uma nave que manda os lutadores direto para a base espacial da NESTS.

Durante a viagem, o verdadeiro Zero aparece e revela que o vilão do torneio anterior era seu clone imperfeito. Agora que a NESTS já tinha amostras de todos os lutadores do torneio, Zero podia eliminar os participantes.

Depois de derrotar Zero, nossos guerreiros chegam à NESTS onde conhecem o próprio Nests que é morto por seu próprio filho, Igniz. Igniz possui poderes imensuráveis, sendo o personagem mais apelão de toda a saga, embora sua força não seja explicada.

O personagem quer se tornar o deus de nosso planeta, controlando a humanidade à sua vontade. Quando Igniz é derrotado, ele resolve lançar a base da NESTS contra a Terra, em uma tentativa de destruí-la.

Por alguma razão não explicada no jogo, nossos heróis são salvos e a fortaleza da NESTS é destruída juntamente com seus vilões...

Depois desses eventos, descobrimos que Saisyu Kusanagi, o pai de Kyo, ainda está vivo e promete treinar Shnigo para que ele se torne o lutador mais poderoso da Terra.

K9999 e Angel não morreram na destruição da base da NESTS, mas nunca mais foram vistos durante os eventos da série.

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The King of Fighters 2002

KOF 2002 foi o Dream Match das Crônicas de NESTS que trazia todos os personagens da saga de volta em um game sem história.

Ao lado de The King of Fighters 98, o jogo é um dos favoritos dos fãs devido à suas incríveis jogabilidades. Todos os personagens estão extremamente balanceados e os games são os mais utilizados, até hoje, durante os torneios de KOF.

Diferente dos outros jogos da Saga NESTS, KOF 2002 voltava com o esquema de times com 3 personagens e não havia a opção dos Strikers.

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The King of Fighters 2003

Como a cada nova saga, o sistema de combate foi alterado, novamente, em The King of Fighters 2003.

Agora, as lutas aconteciam no formato de Tag Teams em que os combates não eram interrompidos quando um lutador morria e o próximo personagem do time assumia o lugar do anterior imediatamente. Isso garantiu mais agilidade às lutas.

Assim como em The King of Fighters 2002 que voltou ao esquema com apenas 3 lutadores e nenhum striker, KOF 2003 repetiu a fórmula.

O novo Time dos Heróis era formado por Ash Crimson, Duo Lon e Shen Woo.

Duo Lon é filho de Ron. Seu pai foi apresentado durante os eventos das Crônicas de NESTS e roubou os poderes de Bao. O jovem não retornou para os torneios seguintes e, agora, apenas Kensou possuía o poder do dragão. Chin decidiu que iria ajudar Kensou a controlar seus poderes e os personagens ficaram de fora dessa edição do torneio.

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Kusanagi

Durante o torneio somos apresentados a um lutador que se denomina Kusanagi.

O personagem apareceu pela primeira vez em The King of Fighters 2002, mas somente no ano seguinte sua história foi explicada.

Muitos acreditavam que se tratava de mais um clone de Kyo, mas não era bem assim.

A luta contra Kusanagi vai definir qual final da história será apresentado.

Se o lutador é derrotado com um golpe normal, a cena seguinte mostra os irmãos Rose e Adel, filhos de Rugal. A batalha final é contra Adel e é muito mais fácil do que as lutas finais dos jogos anteriores.

Isso porque este não é o final verdadeiro. Para conhecermos o real desfecho da história, Kusanagi deve ser morto com um golpe especial. Depois de derrotar Kusanagi, descobrimos que, mais uma vez, Chizuru organizou o torneio. Ela criou Kusanagi com o artefato de sua família - O Espelho dos Yata - para testar os lutadores.

Mas, diferente da primeira vez em que realizou o torneio, Chizuru e sua irmã Maki - uma versão criada pelo espelho - querem quebrar o selo e despertar o Orochi mais uma vez. Quando derrotamos Chizuru, descobrimos que ela está sendo controlada por Botan a mando de seu mestre Mukai.

Ambos pertencem ao clã Aqueles do Passado e pretendem quebrar o selo para dar o poder ao seu mestre, ainda desconhecido.

K', Maxima e Whip se unem e conseguem derrotar Mukai. Enquanto essa luta acontece, Iori e Kyo escutam o plano de Chizuru, que pretende selar Orochi novamente caso alguma coisa dê errado.

Como ainda estava enfraquecida pela última luta, Chizuru é surpreendida por Ash que a ataca e rouba o Espelho dos Yata, desaparecendo depois de zombar de Iori e Kyo.

Sim! Ash Crimson, o protagonista da saga, e líder do novo time dos heróis, rouba um dos tesouros que selava Orochi.

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The King of Fighters Neowave

O jogo seguinte da Playmore SNK pegou os fãs de surpresa.

The King of Fighters Neowave foi o primeiro jogo da franquia a não trazer o ano do lançamento em seu título, padrão que passaria a ser seguido à partir desse game, já que a SNK não produziria mais um jogo por ano.

Surpreendentemente, KOF Neowave não foi a sequência do jogo anterior, mas sim um Dream Match.

Acontece que a empresa passou a produzir seus jogos para Atomiswave, uma placa que já era utilizada por diversos outros jogos de luta, e queria testar todo o potencial do novo equipamento, bem como a recepção dos fãs, em um jogo que não interferisse na história da saga.

Vale lembrar que eles também estavam comemorando 10 anos de franquia e quiseram presentear os jogadores com um especial.

A jogabilidade voltou para o estilo clássico. 3 lutadores em cada time com um esquema de rounds e sem strikers. A grande diferença ficou por conta dos cenários. Com a nova placa os desenvolvedores puderam inserir elementos em 3D nos planos de fundo das batalhas, dando muito mais profundidade e vida aos cenários.

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The King of Fighters Maximum Impact

Também no ano de 2004, foi lançado o primeiro jogo completamente em 3D da franquia.

The King of Fighters Maximum Impact era um spin-off de KOF e contava uma história diferente da saga principal.

Aqui, o torneio se passa em Southtown e é organizado pela gangue responsável pelo assassinato do pai de nossos protagonistas Alba, Soiree e Lien.

O jogo trazia apenas 20 personagens selecionáveis - o menor número de todos os jogos da franquia - e só podíamos jogar com um lutador, perdendo a principal característica de The King of Fighters.

Apesar das drásticas mudanças, Maximum Impact era um bom jogo e foi bem recebido pela crítica. O único problema foi a recepção dos fãs, já que os jogadores mais clássicos não aceitaram as mudanças promovidas no spin-off.

Quem entendeu que se tratava de um jogo à parte da saga principal - que inclusive foi criado por uma equipe diferente - conseguiu aproveitar o game.

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The King of Fighters XI

Somente em 2005 "As Crônicas de Ash" ganhou continuação.

O jogo trazia os mesmos elementos de Neowave, com sprites de personagens em 2D e cenários em 3D.

O sistema de Tag Team retornou, mas uma nova barra foi adicionada à tela: a Barra de Perícia. Ela permitia que o jogador pudesse bloquear ataques ou ignorar a defesa de seu adversário, mas a maior inovação ficou por conta do sistema de combos.

O jogador poderia iniciar um combo com um personagem e usar a Barra de Perícia para alterar para outro lutador, emendando um combo maior e ainda mais devastador.

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The King of Fighters XI

À pedido de Chizuru, Iori e Kyo se unem a Shingo para encontrar Ash e recuperar o Espelho dos Yata.

Duo Lon, antigo parceiro de Ash, se une a Benimaru e Elisabeth - uma amiga de infância do protagonista - para se vingar do loirinho insuportável.

Depois que o time de Duo Lon vence o torneio, Kyo, Iori e Shingo são atacados por Shion. Mesmo depois de derrotado (Sim! Shion era homem!), o personagem revela que os poderes dos lutadores foram utilizados para quebrar o selo de Orochi, mas é enviado para outra dimensão por seu parceiro Magaki.

Magaki deve entregar o poder de Orochi a seu mestre, mas resolve usar o poder em si mesmo. Se você ainda acha Rugal ou Igniz os mestres mais apelões de KOF, certamente não lutou contra Magaki.

Não adiantava nem tentar se esconder, os poderes do vilão cobriam basicamente todo canto da tela e você acabava levando hit de algum jeito.

Depois de muito sofrimento, Magaki é derrotado e resolve fugir para sua dimensão, mas a lança de Shion surge de um portal e mata Magaki.

Como Magaki morreu, o poder de Orochi possui Iori, que se volta contra seus aliados. Ele espanca Shingo e está prestes a matar Kyo, quando Ash aparece e aproveita-se da distração de Iori para roubar a Jóia Yasakani, o tesouro sagrado da família Yagami, deixando Iori sem poderes.

Elisabeth surge e confronta Ash, mas ele foge dizendo que Kyo Kusanagi seria sua próxima vítima.

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The King of Fighters Maximum Impact 2

Lançado em 2006, este jogo foi a continuação direta dos eventos do primeiro Maximum Impact e, mais uma vez, não tinha ligação nenhuma com As Crônicas de Ash.

Mesmo assim, os fãs ficaram assustados, já que, nos Estados Unidos, o jogo recebeu o título de The King of Fighters 2006 fazendo com que muita gente acreditasse que o jogo teria alguma relação com a trama principal da saga.

Os sprites do jogo foram melhorados, mas permanecia o sistema de combate um contra um. Além disso, a jogabilidade foi alterada drasticamente.

O jogo acabou ficando muito mais fácil e eram possíveis realizar combos gigantescos que poderiam finalizar uma luta com um único movimento, o que acabou tirando completamente a graça do jogo.

The King of Fighters Maximum Impact 2 foi extremamente criticado e a recepção não foi nada positiva.

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The King of Fighters XII

The King of Fighters XII foi lançado em 2009. Demorou pra chegar, mas finalmente os fãs veriam a continuação dos eventos da saga... só que não!

Em comemoração aos 15 anos da franquia, KOF XII também era um Dream Match, mas todos os cenários e personagens foram completamente redesenhados.

Apesar do visual impactante, apenas 20 personagens estavam disponíveis para seleção, algo muito incomum, ainda mais para um Dream Match.

Neste jogo também foi introduzido o sistema de Critical Counter, no qual era possível anular um ataque inimigo e deixá-lo sem guarda por um período de tempo.

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The King of Fighters XIII

No dia 14 de Junho de 2011 os fãs finalmente conheceram o final das Crônicas de Ash.

The King of Fighters XIII retirou algumas mecânicas dos jogos anteriores, como o próprio Critical Counter, mas um sistema muito interessante foi introduzido: o EX Mode.

Gastando uma barra de EX Mode, o jogador podia executar um EX Special Move. Gastando duas barras, um EX Desperate Move, resultando em combos gigantescos e apelões.

Apesar disso, o jogo foi muito bem recebido pelos fãs. A velha jogabilidade de KOF estava de volta e o jogo parecia homenagear as próprias raízes.

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The King of Fighters XIII

No final de The King of Fighters XI, Iori teve seus poderes roubados por Ash Crimson.

Sendo assim, o personagem passou a lutar com garras em vez de suas famosas magias e basicamente se tornou outro lutador, sendo um dos principais fatores negativos apontado pelos fãs.

Iori retornou ao torneio acompanhado por Mature e Vice, que ele mesmo havia matado em KOF 96.

Quando os espíritos das duas Hakkeshu perceberam que o selo de Orochi estava sendo ameaçado por outro clã, elas conseguiram materializar seus corpos de volta para proteger seu mestre.

Durante os eventos do torneio descobrimos que Ash e Elisabeth cresceram juntos na mansão dos Blanctorche, na França. Eles se consideravam irmãos. Um dia, um terrível incêndio destruiu toda a propriedade e os dois jovens foram separados.

Aqueles do Passado era um clã que cultuava a divindade Saiki, que podia distorcer o tempo. Basicamente uma contraparte de Orochi, capaz de distorcer o espaço. No passado, seu clã foi praticamente aniquilado, mas, Saiki, conseguiu salvar os remanescentes em uma linha do tempo alternativa.

Saiki pretendia utilizar o poder de Orochi para abrir o Portal do Tempo, mas para isso ele precisa dos Três Tesouros Sagrados e por isso ordenou que Ash, um de seus descendentes, conseguisse os artefatos.

Com o Portal do Tempo aberto, Saiki poderia retornar para o passado, impedir que seu clã fosse destruído e acabar com a humanidade.

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A Reviravolta

Ash não conseguiu recuperar os Três Tesouros Sagrados, mesmo assim, Saiki decidiu levar seu plano adiante utilizando a energia dos competidores do torneio para manter o Portal aberto.

Enquanto enfrentava todos os competidores do torneio ao mesmo tempo, Saiki foi traído por Ash que atacou seu ex-líder e roubou seus poderes. Ash revela que fez tudo o que presenciamos para ganhar a confiança de Saiki e poder acabar com ele de uma vez por todas. Mas o poder de Saiki era grande demais e ele conseguiu controlar o corpo de Ash, transformando-o em Evil Ash.

Durante o combate final, Ash consegue assumir o controle de seu corpo novamente e entra em um conflito interno com a consciência de Saiki. O vilão pede que Ash atravesse o Portal do Tempo, para que ele consiga se salvar, mas Ash o ignora. Ele pede desculpas a Elisabeth e desaparece.

Como Saiki foi destruído, Ash jamais poderia ter existido, já que era descendente direto do vilão.

Ash era um personagem orgulhoso e que não se importava em passar por cima dos outros em sua incessante busca por poder. Mesmo assim, seu amor por Elisabeth estava acima de qualquer coisa e ele preferiu arriscar sua própria existência para salvar a vida de sua querida amiga, provando-se um verdadeiro herói, afinal.

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Os Chefões

The King of Fighters sempre foi referência de grandes batalhas finais.

Por mais que os chefões fossem difíceis de se vencer, era recompensador chegar ao final da batalha e a cada derrota nos sentíamos mais estimulados a jogar novamente.

Infelizmente, devido à crise dos fliperamas a empresa passou a apostar em um novo esquema para arrancar mais dinheiro dos jogadores.

Os chefões eram extremamente difíceis de serem derrotados, mas a cada vez que o jogador perdia havia a possibilidade de dar sequência à batalha ganhando uma vantagem em relação à luta anterior, como começar a luta com o especial cheio ou com o chefão com metade do life. Isso em troca de uma ficha a mais, é claro!

Mas logo os jogadores descobriam os macetes de se vencer o chefão e, por mais que a luta ficasse longa e nada emocionante, uma hora você conseguia derrotar o irritante inimigo final.

Isso acabou deixando os fãs extremamente irritados e destruindo completamente o espírito da franquia.

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Trilha Sonora

Além da história riquíssima em elementos dramáticos, The King of Fighters sempre se destacou por sua excelente trilha sonora.

Cada time possuía temas que ditavam o ritmo do combate e te deixavam no clima da luta.

Personagens como Kyo, Kim e o Time Ikari eram embalados com temas de Hard Rock e Heavy Metal.

Terry e Blue Mary lutavam ao som de Jazz.

O Time Art of Fighting costumava ser acompanhado por músicas acústicas, enquanto o time Psycho Soldier era entoado pelos dançantes J-Pop's.

A trilha sonora de The King of Fighters tentava agradar a todos os gêneros musicais e, certamente, é uma das trilhas mais ambiciosas da história dos jogos de luta.