The Bold Type: 7 motivos para assistir à série na Netflix

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The Bold Type: 7 motivos para assistir à série na Netflix

Por Camila Sousa

Os streamings estão apostando cada vez mais em catálogos diversos, e muitas vezes fica difícil acompanhar as novidades de cada plataforma. A Netflix adicionou recentemente a série The Bold Type, uma comédia dramática do Freeform que está com sua 5ª e última temporada confirmada para este ano.

A produção acompanha a história de três amigas que trabalham em uma revista de sucesso em Nova York, com seus problemas amorosos, na carreira e etc. Talvez essa sinopse não chame muito a sua atenção, mas montamos a lista abaixo para provar que The Bold Type não é apenas mais uma série e merece ser assistida o quanto antes.

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A amizade entre Jane, Kat e Sutton

O primeiro ponto que merece atenção é a amizade entre as protagonistas Jane (Katie Stevens), Kat (Aisha Dee) e Sutton (Meghann Fahy). Ok, uma amizade entre três protagonistas é a coisa mais clássica de comédias dramáticas, mas The Bold Type acerta bastante ao mostrar os momentos bons e ruins entre as garotas.

Isso quer dizer que nem sempre elas concordam, que nem sempre elas acertam nessa relação de amizade e, embora a série tenha um humor único, essas discussões não são só deixadas de lado ao final do episódio. Jane, Kate e Sutton aprendem a conversar sobre seus sentimentos, sobre as coisas que as incomodam e isso torna a amizade entre as três muito mais madura e gostosa de acompanhar.

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Temas atuais

Um dos diferenciais de The Bold Type é colocar temas extremamente relevantes para o mundo atual em sua trama. Com uma dose certa de realidade, a série fala sobre conciliar trabalho e relacionamentos; sobre mudar de carreira (mesmo com medo); como ganhar confiança no trabalho; como cuidar da saúde, entre outros.

Além desses temas considerados mais corriqueiros, a série também fala sobre preconceito, descoberta da sexualidade, racismo e várias outras coisas que são discutidas atualmente na sociedade. Não é raro terminar um episódio de The Bold Type se identificando com algo que foi dito ou com alguma situação vivida pelas personagens.

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Sexualidade e liberdade

The Bold Type fala bastante sobre sexualidade entre protagonistas, que passam por dilemas diferentes. Temos uma que se descobre bissexual ao longo da trama, outra que revela nunca ter tido um orgasmo - algo extremamente comum entre as mulheres, embora nem todas gostem de falar sobre - , e o tema da masturbação feminina também é discutido de forma leve, mas importante.

Ao mostrar as personagens com os mesmos dilemas de mulheres reais, a série cria uma identificação única com fãs que estão passando pelo mesmo e serve até para levantar discussões sobre a liberdade e o prazer sexual feminino que, infelizmente, ainda podem ser grandes tabus para algumas pessoas.

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Inclusão e diversidade

Continuando o tópico anterior, The Bold Type também fala sobre inclusão e diversidade - seguindo a ideia de fazer isso de forma leve, mas ainda assim relevante. Como dito acima, a série fala sobre temas como racismo, sexualidade, misoginia e vários outros, e consegue ser muito verdadeira ao fazer isso por construir personagens reais.

Os problemas encarados por Adena (Nikohl Boosheri), por exemplo, mostram bastante das dificuldades enfrentadas pelos muçulmanos nos EUA - e como isso pode ser ainda maior quando você é mulher.

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Complexidade dos relacionamentos

Para quem está cansado de ver séries e filmes românticos com as mesmas discussões sobre relacionamentos, The Bold Type pode servir na medida para trazer algo novo dentro de um formato reconhecível. Sim, a série tem alguns clichês aqui e ali, mas as relações românticas são mostradas de uma forma que faz mais sentido com problemas de casais atuais.

Sutton, por exemplo, é apaixonada por Richard Hunter (Sam Page), mas vive um dilema porque ele faz parte da diretoria da empresa. Claro que muitas pessoas podem pensar que ela está “tirando proveito” do relacionamento para melhorar sua carreira, e esse tema é constante entre os dois. The Bold Type, no entanto, não resume a relação a isso. Sutton e Richard passam por dilemas geracionais e de visões de mundo: ele quer uma família, e ela quer aproveitar o mundo antes de ficar em casa com crianças.

Kat tem diversas camadas em sua relação com Adena e Jane passa por dilemas muito contemporâneos ao lado de Ryan (Dan Jeannotte), incluindo decisões que ela toma em prol de sua saúde. Além disso, The Bold Type abre espaço para as questões dos parceiros, trazendo a visão masculina para os problemas e enriquecendo a discussão.

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A real sobre a carreira em comunicação

Jane, Kat e Sutton trabalham na Scarlet, uma renomada revista feminina, que também produz conteúdo no site e redes sociais. A redação é grandiosa, ocupando mais de um andar de um lindo prédio, e sempre há várias coisas empolgantes acontecendo: sessões de fotos, escolha de figurinos, decisão sobre a capa e por aí vai.

É um mundo que parece ter muito glamour, mas The Bold Type mostra que nem tudo são flores: o trabalho jornalístico de Jane, por exemplo, precisa ter muito de suas experiências pessoais, que ela nem sempre se sente confortável em compartilhar. Já Jacqueline Carlyle (Melora Hardin), editora-chefe da publicação, também sofre com constantes mudanças, pessoas querendo o seu cargo e por aí vai. Embora, de fato, seja legal trabalhar com comunicação, The Bold Type deixa claro que, como toda profissão, existem muitos desafios.

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E, é claro, a moda

A moda não é nem de longe o ponto mais importante de The Bold Type, mas ter essa temática como pano de fundo deixa a série com um ar mais leve e gostoso de assistir.

Afinal, após todas as discussões e perrengues citados nessa lista, não há nada melhor do que ver as protagonistas relaxando em um closet gigante de roupas que faz parte da redação da Scarlet.