Ainda que tenha lá sua parcela de fãs, Guy Gardner nunca foi o Lanterna Verde favorito de muita gente, seja por sua personalidade explosiva e muito arrogante, ou até mesmo por seu visual original. Porém, após a mudança de seu traje, muitos até pediriam para vê-lo com seu lindo cabelinho de cuia de novo.

Em uma trama que só podia sair dos anos 90, Guy perde seu anel do poder e acaba descobrindo que é parte alienígena e que um de seus dons genéticos é a capacidade de criar armas por qualquer parte de seu corpo. Desse jeito, ele adota um traje esquisito, com direito ao peitoral de fora e "faixas" estranhas por sua pele.

Durante a saga Atração Fatal, o Wolverine enfrenta um Magneto furioso, que cansado de brigar com outros mutantes, acaba retirando todo o adamantium do corpo do Carcaju apenas como uma demonstração de seu imenso poder.

Isso causou algumas sequelas graves no mutante, que perdeu uma parte de sua inteligência e racionalidade e acabou ficando com um visual mais "feral". E embora essa mudança estética se justifique na narrativa, ainda é uma das piores versões do Wolverine, ao menos visualmente.

Por muitos anos, a Ravena sempre foi querida pelos fãs por seu visual um tanto quanto simples: ela era uma garota "gótica" e "sombria" que usava um manto azul escuro/roxo. Porém, com os Novos 52, a DC Comics teve a ideia de inovar o guarda-roupa da heroína.

Aqui, ela aparece com um traje composto de penas de pássaro e um capacete horrível de ossos, que esconde boa parte de seu rosto. Muitos fãs mostraram o seu descontentamento com o visual, e alguns anos depois, ela ganhou uma nova roupa que, apesar de manter os detalhes de penas de pássaro, era mais fiel ao seu visual original.

Sempre que você pensar em dizer que Jubileu é uma das mutantes mais mal-vestidas da Marvel, se lembre que Kitty Pryde certo dia acordou e decidiu usar todas as peças que podia encontrar na Mansão Xavier para criar um novo visual, adotando o codinome Ariel.

O visual é tão feio que chega a machucar os olhos, em grande parte graças à quantidade absurda de sobreposições de peças e cores que nem combinam entre si. Felizmente, esse surto durou pouco tempo e Kitty teve a chance de ter alguns visuais mais... agradáveis aos olhos.

Antes de ser transformado em um ícone adorado graças à versão de Jason Momoa no Universo Estendido da DC, o Aquaman era quase um saco de pancadas para os fãs da DC Comics, sempre visto como um herói "tosco e ridículo". E seu visual dos anos 80 não ajudou em nada nesse sentido.

Após a Crise nas Infinitas Terras, a editora tentou reformular seu visual e deu a ele um traje azul camuflado, para que ele pudesse "se misturar" melhor à agua - o que se tornou um pesadelo para vários artistas e coloristas. Porém, James Wan promete "homenagear" esse traje em Aquaman e o Reino Perdido, que estreia ainda esse ano (se tivermos sorte).

O Quarteto Fantástico sempre foi a equipe mais "família" da Marvel, não só por suas aventuras divertidas, mas também por serem uma família de fato. Todos sempre usaram trajes parecidos e, felizmente, a Mulher Invisível era tratada com dignidade, diferente da maioria das personagens femininas das HQs, constantemente hipersexualizadas.

Isso mudou nos anos 90, quando Sue Storm decidiu mostrar mais de sua "personalidade" através de um uniforme que a deixava quase nua. Isso deixou vários fãs "felizes", mas ia diretamente contra a figura criada por Stan Lee e Jack Kirby (e felizmente não durou muito, com ela voltando para a era do colante azul pouco tempo depois).

Provando que os anos 90 foram uma praga não apenas para a Marvel, mas também para a DC Comics, temos um exemplo bem cruel, que aconteceu quando Diana Prince perdeu o título de Mulher-Maravilha para uma de suas mais conhecidas rivais, Artemis de Bana-Mighdall.

Enquanto Artemis ganhou um traje primoroso, Diana passou por uma terrível transformação, usando uma bermudinha simples, um sutiã de couro, além de uma jaqueta oversized - que talvez seja a única parte interessante do visual. Assim como outras mudanças da época, o traje não foi bem recebido e durou pouco tempo.

Publicada na década de 90, The Crossing é considerada uma das tramas mais polêmicas e controversas dos Vingadores, e veio justamente na era em que os heróis estavam enfrentando o terrível Massacre. No entanto, o pior desse arco foram as mudanças de visual em vários heróis da Marvel.

Um dos piores exemplos é o próprio Deus do Trovão, que ganhou um visual que gritava "anos 90" por todos os poros - com direito a ombreiras, cabelos de glam rock, camisa cropped e arnês. Se você o visse na rua, imaginaria que ele está prestes a ir para uma balada, e não conjurar seus relâmpagos.

Também nos anos 90 (quando mais, não é mesmo?), o Superman passou por maus bocados. Ele foi morto pelo Apocalypse e, quando ressurgiu, se viu com novos poderes elétricos e um novo visual muito... esquisito - para ser o mais gentil o possível.

O visual elétrico do Homem de Aço foi motivo de polarização entre os fãs do herói, com muitos clamando pelo retorno do traje clássico. Para piorar, houve um momento em que os "dois lados" do herói se dividiram, dando origem a um Superman elétrico azul e um Superman elétrico vermelho.

Ah, os anos 90 e sua obsessão nada saudável com armaduras e corpos irreais. Em dado momento dessa década amaldiçoada, o Capitão América passou por problemas quando seu Soro do Supersoldado começou a falhar. Isso fez dele muito frágil e vulnerável em batalhas, especialmente contra inimigos muito fortes.

Mas o Homem de Ferro - um grande amigo da onça, na minha opinião - prometeu ajudar, criando para o Sentinela da Liberdade uma armadura cheia de componentes pesados. O resultado final é uma aberração, e felizmente foi abandonado por Steve Rogers assim que o herói reconquistou o poder do soro.