Apesar de ser um novato, Cal Kestis vem demonstrando um grande potencial como o principal personagem dos jogos Star Wars Jedi: Fallen Order e Star Wars Jedi: Survivor. Sensível à força, era apenas um Padawan quando a Ordem 66 aconteceu. Depois de se esconder por muito tempo, passou a enfrentar os Inquisidores de Darth Vader de frente enquanto buscava uma forma de restabelecer a Ordem Jedi.

Além de seu jeito malandro e carismático, Kestis também impressiona por sua importância em conectar a história dos Jedi de uma forma inusitada. Não só presenciou a queda da Ordem, como é uma das principais forças em sua era de exílio na Era do Império e ainda tem uma forte conexão com a antiga Alta República, que até então só havia sido explorada nos livros. Não seria nada improvável cogitar uma participação do herói em uma série do Disney+, como Obi-Wan, ou bem mais velho em The Mandalorian, conectando ainda mais a história da franquia.

Nos filmes de Star Wars, Wedge Antilles surgiu como um amigo de Luke Skywalker que luta na queda da Estrela da Morte. Depois disso, acabou participando das principais batalhas estelares da trilogia clássica. Porém é nos demais cantos do cânone que revela seu verdadeiro potencial, recrutando vários personagens chave para a Aliança Rebelde como uma espécie de Nick Fury intergalático.

Na animação Rebels, Wedge desertou uma academia de elite do Império para lutar ao lado dos primeiros rebeldes, período em que desafiou Thrawn, vilão da série Ahsoka. Enviou reforços para Jyn Erso durante a Batalha de Scariff, em Rogue One, e lutou na Batalha de Yavin, em Uma Nova Esperança. Também convocou Thane Kyrell, no livro Estrelas Perdidas, logo antes de lutar na Batalha de Hoth em O Império Contra-Ataca. Ao lado de Lando Calrissian, foi um dos responsáveis pela queda da Segunda Estrela da Morte em Endor.

Então recebeu a missão de perseguir lideranças imperiais restantes, especialmente a futura Imperatriz Sloane. Na trilogia de livros Marcas da Guerra, é auxiliado por Nora Wexley, por quem se apaixona. Acaba recrutando a piloto e seu filho, Snap, para a Nova República. Em sua busca pelos dissidentes imperiais, ajudou Han Solo a liberar Kashyyyk antes de lutar em mais um mega conflito: a Batalha de Jakku.

Depois disso, passou um tempo curtindo a sua velhice, antes de ouvir o chamado para combate uma última vez no livro A Resistência Renasce. Após uma missão ao lado de Poe, Finn e Rey, Wedge e Nora foram em buscas de reforços que foram cruciais na Batalha de Exegol em A Ascensão Skywalker.

Introduzida na animação The Clone Wars, Bo-Katan Kryse é uma figura central para entender a história recente dos mandalorianos. Ela começou como parte crucial da célula terrorista Olho da Morte, dispostos à qualquer coisa para reacender as tradições de seu povo, enfrentando o governo progressista e pacifista de sua irmã Satine Kryse. Porém, quando Darth Maul assumiu o controle da organização, ela desertou e lutou ao lado de Obi-Wan Kenobi durante a queda de Mandalore e de Ahsoka no Cerco de Mandalore.

Durante o reinado do Império, Bo-Katan ressurge na animação Rebels após ter perdido o controle do planeta para forças imperiais. Com a divisão de seu povo em clãs, ela precisou lutar ao lado de Sabine Wren, que retorna na série Ahsoka, para expulsar o domínio do Império. Conquistou assim o Sabe Negro novamente, liderando o seu povo até o Purgo.

Retornou na série The Mandalorian como uma refugiada, rejeitada por seu povo que se espalhava pela galáxia. Descobriu que os ideais da antiga célula terrorista que fazia parte inspirou um culto conservador, os Filhos do Olho, que criou Din Djarin. Lutando ao seu lado, reunindo progressistas e tradicionalistas em um único povo, reconquistou Mandalore de vez.

Além de ser interpretada por Natalie Portman, lenda conhecida por filmes provocativos como V de Vingança, a ex-rainha e senadora Padmé Amidala foi uma das principais vozes contra os Separatistas nas Guerras Clônicas. Ela protagoniza os principais episódios políticos da animação The Clone Wars e declara o fim da democracia em A Vingança dos Sith.

Em uma trilogia, Padmé foi responsável por sintetizar todo o argumento político da franquia, que foi reacendido na nova trilogia, no embate entre os Centristas e Populistas da Nova República. Também foi peça chave em toda a evolução de Anakin Skywalker, que acabou trazendo equilíbrio à Força. E se não fosse o suficiente, também deu luz a dois personagens que carregaram seu legado na geração seguinte: Luke Skywalker e, principalmente, Leia Organa.

Treinado por Qui-Gon Jinn, o Mestre Jedi que descobriu a técnica dos Fantasmas da Força, e mestre do jovem Anakin Skywalker, Obi-Wan tem um papel crucial nos eventos que culminam na queda da Ordem Jedi. Também tem uma participação importante na Queda de Mandalore. Afinal, a então governadora Satine Kryze foi morta por Darth Maul para atingir o Jedi.

Sua relevância continuou também guiando a futura geração Skywalker no caminho certo. Na série Obi-Wan Kenobi, do Disney+, faz de tudo para resgatar a jovem Leia Organa, que batizaria seu futuro filho em sua homenagem. E em Uma Nova Esperança, ajuda Luke Skywalker nos primeiros passos para se tornar o Último Jedi.

Introduzida em Retorno de Jedi como a líder da Aliança Rebelde, Mon Mothma é a figura política mais importante da franquia. Antes da República cair, era uma importante senadora representando Chandrila e lutou pela liberdade e pela defesa dos direitos humanos durante as Guerras Clônicas.

Em Andor, na época do Império, continuou no senado limitando os danos da ditadura o máximo possível, enquanto usava seu capital político nas sombras para financiar a Aliança Rebelde. Assim, se tornou sua principal líder, criando uma grande ligação com Leia Organa, sua principal aprendiz. Quando Palpatine enfim foi deposto, organizou a Nova República, atuando como sua primeira Chanceler e instaurando o plano de desmilitarização do governo. Por esse motivo, terá importância novamente na série Ahsoka.

Introduzida em The Clone Wars como a padawan de Anakin, Ahsoka Tano provavelmente é a personagem com o melhor desenvolvimento da saga. Ela cresceu em meio a hipocrisia da Ordem Jedi, acompanhando sua evolução de um conselho pacífico em um conselho de guerra, o que culminou em sua expulsão injustamente por um esquema dos Sith. Mesmo quando a oportunidade surgiu, renegou os ensinamentos da Ordem e decidiu construir seu próprio jeito de ser uma Jedi.

Retornou em Rebels como Fulcrum, uma informante da Aliança Rebelde. E morreu em um combate contra Darth Vader, seu antigo mestre. Contudo, acabou sendo salva do fim certo por Ezra Bridger ao ser levada para o Mundo entre Mundos, um reino místico que conecta o espaço e o tempo pela força. A estética dessa dimensão aparece no logo de sua série solo, Ahsoka, o que sugere que a personagem possa ser a mais importante para conectar as histórias da era de The Mandalorian.

Imperador Sheev Palpatine é um dos personagens mais inteligentes de toda a história da ficção e muito provavelmente poderia ser considerado o melhor da franquia se a série não tivesse uma dificuldade tão grande de escrever bons antagonistas. Afinal, no último filme da Saga Skywalker, A Ascensão Skywalker, Palpatine foi renascido sem muitas explicações.

Antes disso, contudo, Sheev se mostrou um excelente estrategista, orquestrando de ambos os lados a Guerra Clônica para implodir a República e a Ordem Jedi em uma única tacada de mestre. Depois reinou com punho de ferro por anos, até ser deposto por Luke Skywalker em O Retorno de Jedi.

Ainda assim, prevendo a sua morte, tinha planos em ação para destruir os resquícios do seu Império e recomeçar um novo legado, com a Operação Cinzas, vista no jogo Battlefront II e no quadrinho Império Despedaçado, e o projeto envolvendo Gallius Rex, nos livros Marcas da Guerra.

Uma nova etapa de seu plano será posta em ação pelo Almirante Thrawn, o Herdeiro do Império, na série Ahsoka.

Destinado a trazer o equilíbrio para a Força, Anakin Skywalker é introduzido em Uma Ameaça Fantasma, de 1999, ainda criança. Nem mesmo uma série de diálogos esquisitos consegue apagar o brilho de sua evolução ao longo de Ataque dos Clones de menino prodígio do Conselho Jedi a seu maior pesadelo. Treinado por Obi-Wan e seduzido por Palpatine, está entre os principais responsáveis pelo extermínio Jedi, causando um genocídio de Padawans durante a Ordem 66 e, posteriormente, liderando a caça dos Inquisidores contra os sobreviventes como Darth Vader.

Mesmo servindo seu mestre, Palpatine, nunca deixou de ser uma ameaça por si só, se tornando o principal adversário de inúmeros jedi renomados, como Ahsoka, Obi-Wan Kenobi e Luke Skywalker. Aparece em diversos livros, animações, jogos e séries como o maior general do Império, que chega sem escrúpulos para perseguir, torturar e matar seus alvos. Contudo, sua jornada sangrenta chegou ao fim precocemente quando salvou seu filho das garras do temível Imperador em O Retorno de Jedi. Assim, não tem tanto impacto em histórias da era da Nova República.

Seu legado foi carregado por personagens como Kylo Ren, mas nunca encontrou um substituto à altura.

Interpretada originalmente por Carrie Fischer, Leia Organa consegue ser complexa como poucos heróis em Star Wars. Filha adotiva de Bail Organa, desenvolveu desde cedo uma mente aguçada que lhe salvou de muitos apuros, como pelo sequestro que sobreviveu na série Obi-Wan Kenobi. Logo entrou para a vida política como representante de Alderaan, seguindo o legado de sua mãe de sangue, a senadora Padmé.

Foi na política que Leia brilhou, conquistando muitos aliados e fazendo verdadeira diferença, como descrito no livro Leia Organa: Princesa de Alderaan, de Claudia Gray. Não demorou para seguir os passos de seu pai adotivo e ingressar na Aliança Rebelde como uma importante general que entrega a Obi-Wan Kenobi a mensagem que começa a jornada que marca o fim do Império: "Me ajude Obi-Wan Kenobi, você é a minha única esperança."

Com a queda do Império, reuniu os sobreviventes de seu planeta natal e trabalhou duro no senado para garantir suporte aos planetas negligenciados pela Nova República. No livro Legado de Sangue, também de Claudia Gray, Leia concorreu ao posto de chanceler pelo partido Populista, porém o seu legado sombrio como filha de Darth Vader veio a tona, pondo um fim em sua vida política.

Sem poder lutar na legalidade, Leia fundou a Resistência, criando a primeira linha de defesa contra os avanços fascistas da Primeira Ordem. Além disso, teve um filho com Han Solo, Ben Solo, que viria a se tornar um perigoso usuário do lado sombrio. E ainda arranjou um tempo para se conectar com a Força, cumprindo os desejos de Yoda.

Seja na infância, na vida adulta ou na velhice, Leia foi uma grande guerreira, respeitada por toda a galáxia e uma das forças de maior revolução dentro do universo de Star Wars.',