Todas as séries live-action da Marvel, da pior a melhor (até agora)

Capa da Publicação

Todas as séries live-action da Marvel, da pior a melhor (até agora)

Por Gabriel Mattos

O futuro da Marvel está nas séries! Com a chegada do Disney+, a Marvel promete investir cada vez mais em suas produções televisivas e, considerando a primeira leva de produções, vem muita coisa boa por aí. Mas enquanto não temos previsão para as próximas séries do Marvel Studios, que tal relembrar tudo que a Marvel já fez para a TV?

Antes do Disney+, as séries da Marvel eram espalhadas entre diversos estúdios de TV, entre eles a ABC e a Netflix. Até mesmo a Fox, antiga detentora dos direitos dos X-Men, se aventurou em algumas produções. Como a qualidade varia bastante, a gente decidiu reunir todas as séries live-action da Marvel, da pior a melhor, para você planejar suas maratonas.

Imagem de capa do item

17 - Inumanos

O que podemos dizer de positivo sobre Inumanos?! Ela de fato é uma das séries já produzidas na história da Marvel… E acho que essa é sua única qualidade. A trama acompanha um golpe terrível à família real dos Inumanos, que precisa aprender a conviver no mundo humano para conseguir recuperar seu lar.

Mas tudo que conhecemos sobre os inumanos consegue ser distorcido nesta série. Para você ter uma noção do tamanho do desastre, a Medusa, cujo poder é o controle ilimitado de seus longos cabelos, é completamente careca neste universo. Os produtores não entenderam a dinâmica dessa família e o resultado é a pior série produzida pela Marvel.

Imagem de capa do item

16 - Helstrom

Às vezes precisamos parar e perguntar… Onde a Marvel estava na cabeça quando decidiu produzir esta grande porcaria? Este é o caso de Helstrom, uma das maiores ofensas à humanidade em forma de série de TV. A história acompanha o filho de Satã, Daimon Hellstrom, com sua irmã Satana na perseguição das maiores escórias da sociedade.

Os visuais podem impressionar, mas olhando mais de perto a gente percebe que esta série não tem profundidade alguma. Os personagens são chatos, encarando situações nada ameaçadoras com motivações pouco convincentes. O lado positivo é que não demorou para ser cancelada em sua primeira temporada.

Imagem de capa do item

15 - Punho de Ferro

A situação não é muito melhor com Punho de Ferro. A quarta produção que saiu da parceria entre Netflix e Marvel escancarou o desgaste desta relação. A série acompanha o retorno de Danny Rand a sua vida entre os mais ricos de Nova York, depois de anos desaparecido, treinando para se tornar o Punho de Ferro.

A narrativa não conseguiu integrar bem seus elementos fantasiosos com a ambientação urbana, resultando em um tom desastroso que lutava pela atenção do público. As cenas de ação, que deveriam ser o forte de um herói de artes marciais, eram a coisa mais mal feita de todas. As coisas só começaram a se endireitar para o final da segunda temporada, mas a série acabou sendo cancelada.

Imagem de capa do item

14 - Os Defensores

Sob a premissa de reunir os heróis da Netflix em uma única produção, Os Defensores tinha tudo para ser o Vingadores das séries de TV. Entretanto cometeu o terrível erro de continuar a história confusa de Punho de Ferro. A galhofa que resultou foi apenas uma consequência inevitável.

A série tem seus pontos fortes: como a atuação de Sigourney Weaver como vilã, a direção de fotografia e o retorno da Elektra. Mas nem tudo isso consegue segurar a dinâmica inconsistente entre seus heróis. Separados eles podem ser incríveis, mas juntos, deixaram a desejar.

Imagem de capa do item

13 - O Justiceiro

Depois de uma introdução muito sólida na segunda temporada de Demolidor, todo mundo queria conhecer mais sobre O Justiceiro de Jon Bernthal. A comoção foi tamanha que a Netflix tratou de providenciar mais uma série com a Marvel só para o anti-herói. Mas quando chegou sua vez de brilhar, o resultado decepcionou um pouco os fãs.

O Justiceiro não chega a ser ruim, como as anteriores, mas é com certeza mediana. A história é muito arrastada, os poucos momentos de humor não funcionam bem e a caracterização de Frank Castle não agradou a todos. A série chegou a conquistar uma segunda temporada, mas logo foi cancelada pela Disney.

Imagem de capa do item

12 - The Gifted

Produzida pela Fox, The Gifted expande o universo X-Men, trazendo destaque a mutantes pouco relevantes nos filmes da franquia que são muito adorados pelo público, como Polaris e Blink.

A grande sacada da série é explorar um mundo cheio de preconceitos onde os X-Men sumiram e os mutantes precisam sobreviver sem seus principais defensores políticos. A primeira temporada, apesar de ser muito boa, foi criticada por ter uma história meio solta, o que foi corrigido apenas na segunda temporada.

Imagem de capa do item

11 - Luke Cage

Luke Cage é uma série cheia de potencial que lutou para encontrar o seu lugar no universo Marvel, mas quando finalmente achou, acabou vítima do cancelamento em massa do fim da parceria Marvel-Netflix.

A trama mostra um super-herói periférico lutando para provar o seu valor para sua comunidade, entre disputas políticas e mafiosas. Os vilões da série funcionam muito bem, contando com o premiado Mahershala Ali no time dos malvados, mas o tom da trama não conquistou o público. Uma pena, pois a construção de uma comunidade imersiva e o elenco de apoio são incríveis!

Imagem de capa do item

10 - Fugitivos

Produzida diretamente para o Hulu, Fugitivos segue um grupo de adolescentes rebeldes que se juntam para enfrentar os seus pais, que secretamente formam um grupo de super-vilões. O drama familiar com toque de série adolescente a destaca das demais produções de heróis.

Vemos um certo desgaste na produção em seu segundo ano, quando o roteiro começa a cair em fórmulas que tornavam tudo muito previsível. Mas a terceira e última temporada conseguiu seguir por outro caminho, explorando uma narrativa surpreendentemente intimista.

Imagem de capa do item

9 - Agente Carter

Quem assistiu Capitão América: O Primeiro Vingador há 10 anos deve ter percebido o imenso potencial de protagonista de Peggy Carter. Não surpreende que a personagem tenha ganho uma série só sua, Agente Carter, que explora a carreira de espiã da heroína em meio a um ambiente super machista.

A série mergulha no clima de espionagem, cheia de tramoias, segredos e conspirações, conquistando o público da Marvel que gostou mais de filmes como Capitão América: Soldado Invernal e Viúva Negra. Infelizmente acabou sendo cancelada após seu segundo ano.

Imagem de capa do item

8 - Manto e Adaga

Apostar em um romance adolescente para ancorar seu enredo foi uma jogada de mestre de Manto e Adaga. Mesmo divergindo dos quadrinhos em alguns pontos, a série consegue trazer uma representação fiel de quem são estes personagens, o que agradou bastante.

A narrativa não foge de temas mais sérios que não vemos com frequência em produções da Disney, como abuso de drogas e o drama das pessoas sem teto. Talvez por precisar encarar o mundo como ele é, Manto e Adaga é uma das séries mais sensíveis já produzidas usando personagens da Marvel.

Imagem de capa do item

7 - Agentes da S.H.I.E.L.D.

Agentes da S.H.I.E.L.D. tem um problema gritante de identidade. Existindo sempre às margens do MCU, a série não conseguia encontrar o seu caminho enquanto tentava ressoar os eventos mais importantes dos filmes do estúdio. Quando a série decidiu abrir mão da macro coesão narrativa, se permitiu experimentar mais e conquistou mais o público.

Em alguma capacidade, vimos a primeira versão live-action do Motorista Fantasma e um arco interessante para os Inumanos. Ming-Na Wen marcou a memória como Melinda May e o resgate do Agente Coulson ao MCU também foram imprescindíveis para o sucesso da série. No final, perseverar nos momentos mais baixos da série acabou valendo a pena.

Imagem de capa do item

6 - Loki

Loki é uma série incrível, que revoluciona o jeito que encaramos um dos personagens mais idolatrados do MCU, mas tropeça em fazer o público se importar com seu plot confuso. Mas não por culpa de seu elenco maravilhoso, que inclui nomes como Owen Wilson, Gugu Mbatha-raw e Wunmi Mosaku. Os problemas de Loki são no roteiro, mas tudo é compensado com um glorioso carisma.

A primeira temporada foi a introdução perfeita ao multiverso, sob a perspectiva distorcida do Deus da Trapaça. A aventura acerta ao trazer outras versões do personagem com muito bom humor e emoção. A cereja no bolo foi a participação de Jonathan Majors arrebentando no final da série.

Imagem de capa do item

5 - Demolidor

A primeira série que surgiu da parceria Marvel-Netflix já causou um impacto absurdo! Quando Demolidor estreou, ninguém esperava o que estava por vir: muita violência, um elenco sensacional e um vilão de gelar a espinha. Mas logo, este se tornou o padrão de qualidade das séries maduras da Marvel.

Na trama acompanhamos mais a vida de herói de Matt Murdock, enquanto sua vida civil como advogado afunda cada vez mais. A primeira temporada marcou com uma trama misteriosa e envolvente, mas a continuação não convenceu, mesmo com o reforço de Elektra e do Justiceiro. Felizmente, a temporada final foi uma verdadeira obra-prima, adaptando a melhor história do vigilante.

Imagem de capa do item

4 - Jessica Jones

Jessica Jones pegou a fórmula de sucesso de Demolidor e elevou ao próximo nível. Desta vez, vemos uma protagonista fragilizada por traumas do passado precisando mudar seu jeito cínico de ver o mundo para enfrentar seus medos mais profundos. Empolgante, não? Tudo isso apresentado como uma típica história noir, para dar o toque final.

O carisma da série vem muito de sua protagonista, altamente irônica e sem paciência. A dinâmica com Luke Cage, na primeira temporada, também foi uma grata surpresa. Os mistérios seguiram por um caminho meio exagerado no segundo ano, mas retornou bem pé no chão em sua temporada final. Os coadjuvantes, todos moralmente questionáveis, também deram um show.

Imagem de capa do item

3 - Legion

Quando a Fox decidiu expandir o universo X-Men com as séries, ninguém esperava nada no nível de qualidade de Legion. A série do filho de Charles Xavier é uma estonteante viagem psicodélica. Por causa do seu nível absurdo de poder, David Haller acaba em uma clínica de transtornos mentais e a série aproveita as investigações sobre a mente do mutante para surtar um pouco.

O resultado é um drama bastante experimental, bem diferente do que estávamos acostumados com histórias de super-heróis. Isso sem falar na atuação incrível da Aubrey Plaza! Mesmo sendo muito subestimada, a esquisitice de Legion andou para que a loucura de WandaVision pudesse correr.

Imagem de capa do item

2 - WandaVision

Falando no diabo, ele está nos detalhes! E a maior prova disso é WandaVision. A estreia da Marvel Studios na produção de suas séries foi o momento mais surreal da história dos quadrinhos. Essa é uma produção extremamente conceitual que conseguiu entregar uma história surpreendente emocionante: o processo de luto de Wanda Maximoff.

Cada episódio homenageia uma era das comédias televisivas americanas de modo subversivo, enquanto conta uma história de magia e mistério, deixando pequenas migalhas para responder a grande questão de “O que está acontecendo neste lugar?”. Tudo foi entregue com cuidado extremo para se encaixar estrategicamente na cronologia. Independente das expectativas criadas, esta é uma das melhores séries de herói de todos os tempos.

Imagem de capa do item

1 - Falcão e o Soldado Invernal

Mas nenhuma consegue bater Falcão e o Soldado Invernal. Esta série da Marvel Studios aproveitou a ação superficial da fórmula Marvel dos cinemas para mergulhar fundo em questões relevantes da sociedade com uma precisão cirúrgica. Nenhum assunto estava fora dos limites — vimos desde os perigos do nacionalismo aos estragos do racismo estrutural.

Tudo isso enquanto Sam Wilson aprendia o que precisava para assumir o lendário escudo de Capitão América. Ao lado de Bucky, eles enfrentaram vilões traiçoeiros, reuniram aliados improváveis e mostraram que a nova fase da Marvel não tem medo de entregar um drama mais maduro quando é necessário. Sem muita dependência de easter eggs, a série conseguiu focar na sua história e impactar como nenhuma outra.