Round 6: 5 melhores e 5 piores momentos da série

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Round 6: 5 melhores e 5 piores momentos da série

Por Nick Narukame

Atenção: Alerta de Spoilers!

Round 6 é um K-drama original da Netflix que conta a história de pessoas desesperadas por dinheiro que topam participar de jogos que podem lhe custar a vida em troca de um prêmio milionário. Com desenvolvimento bem trabalhado e situações que se amarram em momentos oportunos, já nos primeiros episódios entendemos o motivo de tanto sucesso.

Contudo, não apenas de momentos gloriosos vive a série e, na lista abaixo, buscamos elencar alguns dos dez momentos mais marcantes da obra, sendo cinco deles positivos e os outros cinco nem tanto assim.

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Pior: Abandono de paternidade

Um ano após terminar o jogo e ser declarado vencedor, o protagonista Gi-Hun começa a ajeitar sua vida e fazer uso do dinheiro que tanto relutou para aceitar como dele. Após sua conversa com o “anfitrião” dos jogos, ele muda o visual e vai resolvendo as pendências tanto suas quanto de seus companheiros mortos.

Uma das pendências de Gi-Hun envolvia sua filha de dez anos que acabou indo viver no exterior com a mãe e o padrasto. Na cena final da série, o homem está indo tomar o avião para, enfim, ver a menina quando encontra uma pessoa sendo recrutada para os mesmos jogos pelos quais ele passou.

Gi-Hun, impede que o recrutamento continue, pega o cartão com o número de telefone fornecido para a pessoa e faz a ligação, jurando que iria acabar com os jogos e, assim, desistindo de ir ver sua filha sem dar nenhuma satisfação para a garota no processo. Isso, sem sombra de dúvidas, incomodou grande parte dos expectadores da série.

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Melhor: A morte de Deok-Su

Durante o penúltimo jogo, os participantes tinham de atravessar uma passagem suspensa de vidro que era dividida em duas partes: uma parte com vidro temperada e resistente e outra com vidro comum que não aguentaria o peso do jogador. Esses vidros estavam postos de modo aleatório em duas pontes próximas e os personagens precisavam pular no certo para garantir que não cairiam e receberiam a morte.

A grande maioria dos que ficaram por último nessa brincadeira, seguia os passos de quem já tinha ido, garantindo que outros cairiam nos vidros comuns e revelariam o caminho seguro até o outro lado.

Em determinado momento, o desprezível Deok-Su se vê como o “primeiro da fila” e, por sua vez, aquele que deveria tomar a decisão certa sobre em qual vidro pular. Ele trava desesperado e diz que a pessoa atrás de si pode passar se quiser, sendo que há uma regra clara de que os competidores deveriam seguir em ordem.

É o momento que Mi-Nyeo esperava para obter sua vingança após ter sido enganada pelo criminoso. Ela o engana dizendo que irá passar a frente dele e, quando encontram-se na mesma plataforma de vidro, o agarra pela cintura de modo firme e se joga na plataforma errada com um impulso para trás, tirando o fôlego de muita gente que esperava um fim merecido para o homem arrogante que era Deok-Su.

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Pior: A personalidade de Mi-Nyeo

Apesar de protagonizar uma das melhores cenas da série com a morte de Deok-Su, a personalidade de Mi-Nyeo podia ser definida como irritante, daquelas que dá vontade de entrar na tela para dar uns tapas nos personagens para fazer eles se calarem.

Esse comportamento, apesar de comum em mulheres de meia idade coreanas e servir de crítica, acaba fazendo com que os espectadores ocidentais a vejam sempre como centro de climas ruins tanto para os personagens com os quais interage quanto para o próprio público que está assistindo a série, culminando em um desconforto sempre que entra em cena.

Segundo o público coreano, o fato de seu nome poder ser traduzido como "uma bela mulher" e ela usar o sexo como uma forma de se manter viva, trata-se de uma estratégia "ultrapassada" e caricato demais.

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Melhor: A interação de Sae-Byeok com Ji-Yeong

Ji-Yeong foi uma personagem apresentada durante as escolhas de grupo para a participação no cabo de guerra. Não teve muito tempo de interação com o grupo principal, mas o tempo que teve foi de extrema importância no desenvolvimento da personagem Sae-Byeok.

Durante o jogo “bolinha de gude” onde os participantes poderiam escolher as regras com as quais jogariam, Ji-Yeong sugere um “tudo ou nada” onde elas jogariam uma partida só valendo todas as bolinhas uma da outra para que tivessem tempo de conversar enquanto esperavam.

É nesse momento que descobrimos mais sobre o passado dela, sua personalidade e também sobre a vida de sua companheira de time. No fim ela acaba perdendo de propósito para dar a Sae-Byeok a chance de sair do jogo e reaver sua família. Uma das cenas mais tocantes de toda a série.

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Pior: A aparição dos VIPs

Com o desenrolar da série, descobrimos que o esquema dos jogos não era uma coisa restrita a Coreia do Sul, tendo patrocinadores pelo mundo todo, sendo eles conhecidos como Os VIPs.

Muitas críticas sociais podem ser tecidas acerca desta aparição em específico, mas a sensação de “vergonha alheia” advinda da atuação dos mesmos retira todo o brilho que a cena poderia vir a ter. Se você assistiu a série no áudio original, com toda a certeza sentiu os ouvidos sangrarem de leve com a pronuncia daquele inglês duvidoso dos atores quando interagiam com os guests. Enfim... Bem ruinzinha mesmo.

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Melhor: A interação de Gi-Hun com Il-Nam

Durante todo o episódio em que temos como jogo principal “Bolinha de gude”, várias cenas tocantes são tecidas entre os personagens. Além da cena já citada entre Sae-Byeok e Ji-Yeoung, vale dedicar algumas linhas para ressaltar o quão tocante foi a partida entre o protagonista e o senhor Il-Nam.

Em determinado momento o idoso, que possui um tumor no cérebro, começa a ter lapsos de memória e também crises de sanidade, confundindo a arena com a casa em que vivera anos atrás. O protagonista, cuja vida depende daquela vitória, começa a usar isso ao seu favor, mas dá para sentir a dor que emanava dele em cada trapaça que ele fazia, transformando a cena em uma senhora redenção de seu caráter que se mostrava tão duvidoso no início da trama.

Ao fim de tudo, Il-Nam revela que estava sim bem lúcido durante a partida e se sacrifica para que Gi-Hun vença o jogo. A hora em que ouvimos o barulho do tiro que deveria ter sido atirado no idoso ao fundo da caminhada de Gi-Hun que sai como vencedor é de cortar o coração.

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Pior: A forma como Gi-Hun tratava a mãe no início da série

Quem não sentiu vontade de jogar um sapato na cabeça de Gi-Hun ao vê-lo roubar da mãe e apostar em cavalos lá no primeiro episódio? Tudo bem que é um aspecto da personalidade dele que acaba sendo explorado e lhe proporciona um desenvolvimento incrível mais para a frente, mas no momento em específico, foi algo bem incômodo.

Gi-Hun, com toda a certeza, foi um dos personagens mais bem trabalhados e nos leva do ódio ao apego incondicional com tanta facilidade que, ao fim da série, você já não sabe mais nem como se sentir com relação a ele, convenhamos.

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Melhor: A revelação de Il-Nam

E, quando a gente acha que tudo acabou para o nosso querido Gi-Hun e o vemos viver nas ruas como um mendigo já que ele não quer nem tocar no dinheiro que recebeu como prêmio... Ele recebe um cartão! Um cartão de Il-Nam que já deveria estar morto desde o jogo das bolinhas de gude! Surpreendente, não?

Mais surpreendente ainda é o fato de que, ao ir de encontro a ele, o idoso se revela o criador do jogo e a mente por trás de todos os desafios que enfrentaram. A conversa que ele tem com Gi-Hun antes de perecer por seu câncer também tem um cunho de crítica social bem pesado e, com certeza, está no meio dos momentos mais marcantes da série toda.

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Pior: A dívida esquecida de Gi-Hun

Por falar no período em que Gi-Hun ficou vivendo como mendigo na Coreia... Ninguém apareceu para cobrar as suas dívidas por qual motivo exatamente? Quando o homem decide entrar no jogo, ele assina com sangue um contrato que o faz abdicar de seus órgãos caso não pagasse uma dívida que tinha em, no máximo, um mês.

Porém, quando o jogo termina, vemos o protagonista se dirigir a sua casa, sacar uma pequena quantia no banco e, depois de um ano, um bancário lhe convida para uma reunião para saber o motivo dele nunca ter mexido no dinheiro que recebeu e lhe ofertar uma conta mais adequada para aquela quantia, provando assim que a dívida meio que ficou “esquecida no churrasco”. Seria esse o maior furo do roteiro de Round 6?

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Melhor: Cabo de guerra

E, por último, falemos da melhor cena de toda a série: a vitória do time de Gi-Hun no cabo de guerra. O jogo exigia força, mas não apenas isso. No fim, o grupo que era considerado um dos mais fracos já que possuía um senhor idoso com câncer terminal e duas mulheres em sua composição, acaba levando a melhor contra um time rival composto apenas por homens, surpreendendo a todos os participantes.

E o que acaba por surpreender a todos os espectadores, uma vez que a estratégia de vitória vem do fisicamente debilitado Sr Il-Nam. Todos viam o fato dele estar no time como um peso e, no fim, a vitória só aconteceu por sua sabedoria, capacidade de arquitetar estratégias e também um plano de última hora sugerido por Sang-Woo.

Mas, e você? Concorda com essa lista? Teria algo a acrescentar ou a retirar dela? Nos conte nos comentários!