Resident Evil: Todos os filmes da saga, do pior ao melhor

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Resident Evil: Todos os filmes da saga, do pior ao melhor

Por Melissa de Viveiros

A franquia Resident Evil foi adaptada por Hollywood pela primeira vez em 2002, com o filme de mesmo nome escrito e dirigido por Paul W. S. Anderson e estrelado por Milla Jovovich no papel de Alice, a personagem principal criada para a versão da história nos cinemas. Apesar disso, outros personagens bem conhecidos dos fãs dos jogos aparecem ao longo da série, como Jill Valentine, Leon S. Kennedy, Ada Wong e, é claro, o antagonista Albert Wesker.

A saga está longe de ser um grande sucesso quando se trata de qualidade, apesar de ter sido bastante bem sucedida financeiramente. Ainda assim, a adaptação de Resident Evil para os cinemas rendeu alguns bons momentos, e pelo menos alguns dos filmes garantem pelo menos algum entretenimento para o público.

Nesta lista, você encontrará todos os filmes da saga de Alice, listados do pior ao melhor. Prontos para começar?

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Resident Evil: Afterlife (2010)

O quarto filme da série pode não ser completamente impossível de se assistir, mas certamente não vale para uma experiência minimamente divertida. Com uma trama fraca e personagens com os quais é difícil se importar, a produção acaba sendo apressada e sem direção, se tornando apenas um filme genérico e nada interessante.

É neste título da saga que Alice luta contra a Umbrella utilizando seu exército de clones, o que por si só é uma ideia pouco criativa, que é empregada de maneira sem graça e exagerada. Mesmo a inclusão de Chris Redfield na versão dos cinemas e suas interações com Claire ficam longe de ser o suficiente para tornar o filme menos entediante.

A perda dos poderes da protagonista não apresenta impacto algum para a história, e nem toda a ação do mundo consegue tornar o filme ao menos divertido. Apesar disso, Resident Evil: Afterlife foi um grande sucesso de bilheteria, se tornando um dos filmes mais rentáveis de toda a franquia.

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Resident Evil: Retribution (2012)

Retribution é o único filme da série que inclui Leon Kennedy e Ada Wong, além de trazer de volta Jill Valentine, mas os personagens dos jogos, mais uma vez, não são capazes de salvar a produção.

Por vezes, a vontade de incluir elementos dos jogos parece até mesmo prejudicar o quinto filme da saga, que tenta juntar diversas coisas mas não consegue incluí-las de maneira coerente ou sequer interessante. Criaturas apresentadas no jogo Resident Evil 5, por exemplo, são colocadas na trama sem qualquer explicação, tornando as coisas ainda mais confusas e sobrecarregadas.

Com certeza é possível assistir ao filme, mas mesmo o entretenimento que ele entrega é fraco, com uma narrativa desinteressante e tão mal escrita que por vezes o filme parece ser feito de nada mais que sequências de ação, uma atrás da outra.

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Resident Evil: The Final Chapter (2016)

O mais recente e último filme da saga de Alice consegue ser um pouco melhor do que o quarto e o quinto, o que embora não seja uma tarefa muito difícil, ainda assim pode ser considerado uma vitória. Apesar disso, The Final Chapter não consegue ser uma produção realmente boa, e não é nem mesmo o melhor dos títulos da saga.

Ainda assim, o filme pelo menos se esforça para apresentar alguma narrativa, o que já é uma melhoria quando comparado a seus antecessores. A história acaba tendo pontos demais, e nem todos são desenvolvidos ou solucionados de maneira satisfatória, mas não deixa de ser superior à falta de qualquer desenvolvimento decente dos piores filmes da franquia.

Os cortes exagerados e a edição do filme em geral não ajudam, e a narrativa certamente tem grandes falhas, mas pelo menos a ação em si não é ruim e a produção conta com uma história, por mais fraca que seja.

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Resident Evil: Extinction

Extinction é o terceiro filme da saga, e um dos poucos que não foram dirigidos por Paul W. S. Anderson, embora o script ainda tenha sido feito por ele. A direção fica por conta de Russell Mulcahy, e a trama acompanha Alice depois de ela ter escapado de um laboratório da Umbrella, tendo desenvolvido poderes psíquicos.

O filme traz o retorno de Carlos Oliveira, além de trazer Claire Redfield para a história, e enquanto o primeiro é ainda melhor aproveitado pelo diretor, Claire acaba não fazendo jus a sua contraparte dos video games.

Ainda que a narrativa seja bastante simples, ela se mantém ao longo do filme, sem tornar a trama complicada de maneira ruim e mal desenvolvida como os títulos da saga que vieram depois. As sequências de ação são interessantes, e o grupo de sobreviventes minimamente simpático, e todos estes elementos em conjunto acabam criando uma obra que entretém e adapta alguns dos pontos mais característicos da franquia Resident Evil.

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Resident Evil: Apocalypse

Anderson continua no roteiro da franquia no segundo filme, embora ele seja dirigido por Alexander Witt. A produção é mais coerente que as que a sucedem, além de trazer alguns personagens dos jogos muito queridos pelo público, principalmente através da introdução de Jill Valentine e do Nêmesis.

As conexões com os jogos certamente contribuem para que os fãs tenham maior investimento na história e se importem mais com os personagens, mesmo quando a caracterização diverge do que é encontrado nos video games. Apesar disso, o filme também tem seus momentos ruins e ridículos, embora eles não comprometam toda a produção.

Ainda que se aproxime mais dos gêneros ação e sci-fi que seu antecessor, o segundo filme da saga consegue se manter ancorado no cenário apocalíptico criado pelos zumbis, enquanto dá conta de se manter como mais do que apenas ação, sendo um dos melhores filmes da série.

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Resident Evil

Apesar de ter sido o início da franquia, sendo sucedido por cinco outros filmes, Resident Evil permanece sendo o melhor título da saga. A produção sofre por se afastar demais do material original, mas consegue se manter coesa, com uma narrativa mais sólida e sem ser ambiciosa demais.

Embora não seja o que os fãs desejaram, e ainda que o filme pudesse ter sido melhor caso tivesse se mantido mais fiel à trama dos jogos, boa parte dele consegue manter um bom ritmo e se beneficiar do tom mais voltado para o terror do que para a ação.

É fato que a parte final do filme deixa a desejar (como é o caso com a maioria dos filmes da série), mas a narrativa não deixa de ser relativamente boa. Apesar de seus problemas, o título conseguiu introduzir Resident Evil a um público que vai além dos jogos, e foi bem sucedido ao abrir caminho para toda uma franquia.