O título que deu o pontapé inicial da franquia, obviamente, possui muitos momentos impactantes.

O atropelamento de Terry se tornou tão icônico que foi recriado de diferentes maneiras ao longo dos filmes seguintes.

Assim como a cena de abertura faz muita gente ter calafrios ao viajar de avião até hoje.

Mas, certamente, um dos momentos mais aterradores é a morte de Tod Waggner.

A construção da cena nos faz acreditar que o próximo movimento será o seu último, mas a cartada final da morte é fazer o rapaz escorregar e ser enforcado pelo varal do banheiro, levando todos a crerem que ele tirou a própria vida depois do trauma de ver seus companheiros morrerem no avião.

É a única morte por estrangulamento da franquia e uma das raras vezes que a saga não se apoiou no gore para se livrar do personagem.

Talvez, justamente pela sua "simplicidade", esse momento seja tão forte.

Muita gente considera Premonição 2 o melhor filme da saga e é inegável que ele reúne alguns dos momentos mais icônicos da franquia.

A todo momento fiquei alternando qual cena merecia representar a produção.

A visita de Tim ao dentista é agoniante e possui um desfecho brutal e inesperado.

O empalamento da Kat, depois de sobreviver ao acidente de carro, mostra como a morte é implacável e sempre dará um jeitinho de buscar quem está marcado.

Assim como a decapitação da pobre Nora Carpenter pelo elevador gerou um trauma na vida de muita gente.

Mas, assim como o primeiro filme é praticamente definido pela cena do avião, não existe momento mais memorável do segundo capítulo do que toda a sequência gerada pelo acidente do caminhão carregando os troncos de madeira.

As mortes podem não ser tão impactantes quanto outros momentos do próprio Premonição 2. Mas eu tenho certeza que basta um caminhão desses aparecer na pista para gerar um desconforto imediato em quem está no carro de trás.

Apesar dos dois primeiros filmes não serem considerados obras primas cinematográficas, foi em Premonição 3 que o público começou a sentir uma queda na qualidade da história.

O foco saiu do desenvolvimento dos personagens e passou a ser uma busca incessante pela morte mais chocante e mirabolante.

Mas, ainda assim, tivemos alguns momentos bem criativos como a famosa cena das câmaras de bronzeamento artificial.

Ahslyn e Ashley encontraram seus destinos de uma das maneiras mais agoniantes da saga, justamente por ser uma cena lenta, diferente de muitas mortes de Premonição que são extremamente repentinas.

A performance das atrizes transformam esse momento no ponto alto do filme e culmina em uma das transições mais inusitadas da franquia ao passar da cena da morte nas câmaras de bronzeamento para a cena do enterro com os caixões das amigas posicionados nos mesmo locais da tela.

Sem dúvida alguma, o quarto filme é o ponto mais fraco da saga, principalmente porque o 3D estava em alta e muitos momentos da produção foram criados para tentar surfar no hype da tecnologia.

Mas, apesar dos personagens sem profundidade e da trama boba, um momento merece destaque.

Ralos de piscinas já eram um medo de muita gente bem antes da franquia resolver brincar com essa situação.

Mas ver os órgãos internos de Hunt Wynorski serem sugados pelo seu próprio traseiro e espalhados pela piscina pública elevam isso a um novo nível.

Depois de dois filmes que pareciam ter colocado a saga em um caminho sem volta, Premonição 5 surge como um inesperado farol de esperança.

O roteiro voltou a desenvolver os personagens e construir as cenas com um suspense ao mesmo tempo divertido e angustiante.

Mas, curiosamente, um dos momentos mais impactantes do filme é a repentina morte de Candice Hooper.

Apesar do desfecho chocante da ginasta, toda a cena é construída como um momento clássico da saga mostrando como um "pequeno acidente" pode desencadear uma série de fatores que culminam em uma das mortes mais chocantes da franquia.

No final das contas, Premonição nos mostra como a franquia nunca foi sobre o destino, mas sobre como os personagens chegam lá, já que em algum momento eles vão chegar.