Os 6 piores filmes live-action adaptados das animações da Disney

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Os 6 piores filmes live-action adaptados das animações da Disney

Por Gus Fiaux

Nos últimos anos, a Disney se entregou de corpo e alma para os remakes em live-action de suas animações mais famosas e queridas. Entre megaproduções para o cinema e filmes menores para encher o catálogo do Disney+, o estúdio parece disposto a revisitar todos os seus maiores clássicos – e em alguns casos, até mesmo obras que sequer completaram dez anos desde seu lançamento.

Para alguns, essa é a chance de revisitar contos clássicos e modernizá-los, enquanto uma boa parcela dos críticos aponta para a falta de intenções artísticas por traz desses remakes – mas, de um jeito ou de outro, eles estão sempre no topo das bilheterias. Aqui, reunimos os 6 piores remakes live-action das animações clássicas da Disney!

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Pinóquio (2022)

Lançado em 1940, Pinóquio é um dos maiores clássicos do estúdio, sem exageros. Baseado na fábula sombria de Carlo Collodi, o filme nos guia na jornada de amadurecimento de um boneco de madeira que sonha em ser um garoto de verdade. No remake, a mesma fórmula é mantida, mas sem todo o tempero que torna o clássico tão marcante.

Com atualizações para "suavizar" as partes mais "problemáticas" da animação, o filme acaba entregando visuais bem medíocres e não acrescenta nada novo, original ou pungente à história clássica. Mesmo com Robert Zemeckis (de De Volta para o Futuro) na direção, é uma refilmagem sem alma e que mais soa como uma tentativa de inchar o catálogo do Disney+.

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Dumbo (2019)

Se alguns remakes se contentam em seguir o passo-a-passo das animações, outras decidem seguir uma rota própria e subverter as histórias originais. Esse é o caso de Dumbo, filme de 2019 dirigido por Tim Burton que, por sua vez, se baseia vagamente no filme de mesmo nome lançado em 1941. E o resultado é, sendo gentil, irregular.

O filme conta com um CGI bem polido na construção do amável elefantinho orelhudo, mas todos os protagonistas humanos variam entre intragáveis e só esquecíveis. Além disso, soa irônico e hipócrita que o vilão do longa seja um empresário disposto a comprar vários circos à sua disposição e, no processo, formar um monopólio de entretenimento enquanto visa apenas o lucro.

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Malévola (2014)

Antes de seguir o rumo de adaptações extremamente fiéis aos filmes clássicos e originais, a Disney até tentou usar a base das animações para subverter as expectativas do público e fornecer histórias novas. Malévola talvez seja o melhor exemplo disso, um filme construído em cima da narrativa de A Bela Adormecida, mas com uma perspectiva diferente.

E mesmo que Angelina Jolie se entregue em uma das performances mais icônicas de sua carreira, o filme nunca consegue fugir de ser uma experiência rasa. Aqui, os efeitos visuais são ruins e a narrativa, ainda que carregue uma poderosa mensagem, não oferece um gostinho da Malévola malvada que queríamos ver.

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Alice no País das Maravilhas (2010)

Uma das coisas mais interessantes sobre Alice no País das Maravilhas - tanto a obra original de Lewis Carroll quanto a animação da Disney de 1951 - é a narrativa non-sense, ou seja, que nunca está preocupada em tirar um sentido das bizarrices e loucuras vistas por uma jovem Alice em uma terra estranha e absurda.

Tim Burton é o único diretor a aparecer duas vezes nesta lista, e a razão é óbvia. Em seu "remake", se é que pode se chamar assim, o diretor está mais interessado em criar uma aventura épica e cheia de visuais vistosos, mas com uma história que não entretém e nem oferece as mesmas loucuras do original - por mais que parte do elenco, como Mia Wasikowska, se esforcem.

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Mulan (2020)

Quando várias das princesas da Disney ganharam seu tratamento em live-action, ficou nítido que outras produções passariam pelo mesmo, e assim foi com Mulan, que ganhou uma adaptação em 2020. E se no filme de 1998 fomos convidados a conhecer uma guerreira treinando para salvar sua nação, aqui ela ganha quase tudo de mão beijada.

Muitos reclamam da ausência de Mushu ou da inserção de Xianniang, uma bruxa capaz de se transformar em um gavião, mas o que realmente faz de Mulan uma péssima adaptação é a necessidade de transformar sua protagonista em uma super-heroína, com direito a "dons especiais" herdados de nascença, em vez de ser uma mulher provando seu valor através da luta.

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O Rei Leão (2019)

Ainda que seja menosprezada como "cinema de criança", a animação é uma forma poderosa de contar histórias, sobretudo pelo desprendimento ao que se é considerado "real" e a possibilidade de colocar, digamos, animais que falam, como algo verossímil. Esse é um dos motivos que faz O Rei Leão um clássico absoluto - mas estou falando do filme de 1994, não do remake.

Lançado em 2019 e dirigido por Jon Favreau, o filme - que apesar de ser "considerado" live-action, ainda é uma animação com efeitos fotorrealistas - carece de toda a emoção contida na história de Simba. É quase como um documentário da vida selvagem com animais falantes, mas sem nenhum tipo de expressão ou emoção genuína, mesmo com um elenco de vozes estelar.