Steven Spielberg é um dos diretores mais prestigiados de todos os tempos, mas o sucesso nem sempre foi regra para ele. A mente por trás de clássicos como Tubarão (1975), E.T.: O Extraterrestre (1982) e Indiana Jones também tem sua cota de produções ruins, sendo que o filme Hook: A Volta do Capitão Gancho é um forte representante da categoria.

Com Robin Williams como um Peter Pan adulto e Dustin Hoffman na pele do Capitão Gancho, o longa acompanha o famoso menino que não queria crescer (mas que cresceu no filme), enquanto ele tenta resgatar suas crianças, com a ajuda da fada Sininho (Julia Roberts), das garras do temível vilão.

Hook não agradou nem um pouco a crítica especializada no período de seu lançamento, apesar de ter feito um sucesso relativo entre o público. Mesmo assim, esse deve ser o tipo de filme que Spielberg prefere deixar bem no fundo da gaveta quando lembra de sua filmografia.

Pode até parecer piada, mas Martin Scorsese também tem um filme não tão agradável para chamar de seu. O nome responsável pela direção de clássicos do cinema, como Os Bons Companheiros (1990) e Taxi Driver (1976), recebeu críticas mornas com Sexy e Marginal, um dos longas iniciais da carreira de diretor de Scorsese.

A trama acompanha a jornada de três homens e uma mulher que, durante o período da Crise de 1929, cometem diversos crimes para ganhar a vida. Para os críticos, Sexy e Marginal parecia mais como uma espécie de experimentação de Scorsese para obras que marcariam seu nome na história do cinema no futuro.

A franquia Alien fez um baita sucesso quando o primeiro filme, que foi dirigido por Ridley Scott, chegou aos cinemas, mas a fama não durou por muito tempo. Alien 3, por exemplo, não agradou muito o público e, hoje em dia, o longa é esquecido quando falamos sobre a filmografia de David Fincher.

O cineasta fez seu nome na indústria através de produções como Clube da Luta (1999) e Se7en: Os Sete Crimes Capitais (1995), mas nem sempre foi assim. Alien 3 é um exemplo disso, já que o terceiro filme da franquia estrelada por Sigourney Weaver passou longe de ter o mesmo prestígio que o filme de 1979.

Em Alien 3, acompanhamos Ripley, que desta vez acaba parando em um planeta inóspito habitado por ex-condenados de uma prisão de segurança máxima. Mas um Alien a bordo da nave faz com que as pessoas comecem a morrer.

Conhecido por seu trabalho na trilogia do Homem-Aranha de Tobey Maguire e pela franquia de terror Evil Dead, o diretor Sam Raimi é outro nome da indústria que também enfrentou alguns percalços quando o assunto são filmes ruins. No caso de Raimi, o dono do título nem um pouco cobiçado fica com Oz: Mágico e Poderoso.

Com James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams e Rachel Weisz no elenco, o longa conta a história de origem do poderoso Mágico de Oz, ou Oscar Diggs, um homem que ganhava a vida com um circo até parar na encantada Terra de Oz. Lá, três feiticeiras tentam convencê-lo de que ele é um grande mágico, enquanto Oscar se envolve com os problemas dos moradores locais.

Embora tenha visuais marcantes, Oz: Mágico e Poderoso não foi um sucesso de crítica e nem de público, fazendo com que praticamente caísse no esquecimento ao longo dos anos.

O diretor Spike Lee é um dos nomes mais queridos e consagrados da história do cinema, sendo conhecido por filmes como Faça a Coisa Certa (1989), Malcolm X (1992) e Infiltrado na Klan (2018). Contudo, há um longa-metragem em sua filmografia que não recebeu tanta aclamação da crítica especializada e nem do público: Elas Me Odeiam, Mas Me Querem, lançado em 2004.

Estrelado por Anthony Mackie, o filme conta a história de um executivo que é demitido depois que denuncia negócios ilícitos da empresa onde trabalha. Desempregado, ele vê uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil quando sua ex-namorada o contrata para ser o pai do bebê que ela pretende ter com sua parceira.

Além de apresentar uma narrativa confusa, Elas Me Odeia, Mas Me Querem aborda muitos assuntos ao mesmo tempo sem chegar a lugar nenhum, o que fez com que muita gente não gostasse da obra de Spike Lee. Grandes diretores também têm dias ruins, né?

Sofia Coppola é uma das diretoras mais consagradas de sua geração. Lembrada por seu trabalho em Encontros e Desencontros (2003) e As Virgens Suicidas (1999), Coppola tem uma longa trajetória na sétima arte e não decepciona ao entregar um estilo único em suas produções.

Entretanto, a visão da cineasta para a história da rainha Marie Antoinette é tida como um dos piores filmes de sua carreira. Com Kirsten Dunst na pele de Antoinette, o longa não agradou muito, embora seja exaltado por seu visual e pelo uso da trilha sonora. Por outro lado, a narrativa e o desenvolvimento dos personagens acabam ficando de lado no meio de toda a beleza cenográfica.

A infame adaptação de Duna, feita pelo diretor David Lynch nos anos 1980, é outro filme que não conquistou nadinha o público. Conhecido por seus filmes surrealistas, Lynch é o nome por trás de produções como Twin Peaks e Cidade dos Sonhos (2001), mas levar a conceituada obra do escritor Frank Herbert para as telonas não foi um de seus maiores acertos.

Por mais que o característico estilo do cineasta se faça presente em Duna, isso não foi o suficiente para que a adaptação se tornasse um clássico. A tentativa de condensar o livro de Herbert, que por si só já é algo grandioso e complexo, acabou não dando muito certo na época, ficando marcada apenas como um dos filmes não tão bons de Lynch.

As Irmãs Wachowski se tornaram um grande fenômeno em Hollywood quando Matrix estreou nos cinemas. Grande clássico da ficção científica, o filme estrelado por Keanu Reeves influenciou uma geração e também garantiu com que as Wachowski conquistassem um enorme prestígio na indústria.

Porém, o sucesso não se repetiu no filme O Destino de Júpiter, que é considerado pela maioria da crítica especializada e do público como um dos piores filmes da filmografia das Irmãs. Com Channing Tatum, Mila Kunis e Eddie Redmayne no elenco, a trama acompanha Jupiter Jones, a descendente de uma linhagem que lhe dará o posto de rainha do universo, mesmo que ela não saiba. Até que um dia Jupiter recebe a visita de um ex-militar alterado geneticamente que tem como missão protegê-la, custe o que custar, para que assuma seu lugar de direito diante de uma ameaça.

Pois é, até mesmo o consagrado Francis Ford Coppola também faz filmes ruins. Isso porque o nome que levou aos cinemas a trilogia do Poderoso Chefão e o épico Apocalypse Now (1979) não conquistou o mesmo feito com Jack. Embora conte com o carisma do ator Robin Williams, o longa ficou praticamente esquecido na filmografia de Coppola por não ser tão satisfatório como algumas de suas obras-primas.

Na trama, acompanhamos a jornada de Jack, um menino que nasceu com uma síndrome rara que o faz envelhecer bem mais rápido que o normal. Assim, com o corpo de um homem e uma mente de criança, ele vive várias situações inusitadas na escola.

John Carpenter é um dos nomes mais aclamados do cinema de horror, sendo lembrado por clássicos como Halloween: A Noite do Terror (1978) e Um Enigma de Outro Mundo (1982). É o tipo de nome que dispensa maiores apresentações por ter estabelecido uma carreira renomada na indústria cinematográfica, mas até ele já chegou a fazer filmes ruins ao longo de sua trajetória.

O mais notório é Fantasmas de Marte. Na trama, o planeta vermelho é colonizado por seres humanos depois que a Terra fica superpopulada. Por lá, a espécie humana explora as reservas naturais do local para sobreviver até que, após encontrarem as ruínas de uma antiga civilização, despertam seres que dominam os corpos humanos para expulsá-los de Marte.

Embora pareça promissor, Fantasmas de Marte não é um grande queridinho do público e nem dos críticos, já que está repleto de cenas confusas e uma execução não tão espetacular, se levarmos em consideração os outros trabalhos de Carpenter.