Os 10 piores usos de CGI na história do cinema

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Os 10 piores usos de CGI na história do cinema

Por Equipe Legião dos Heróis

No cinema contemporâneo, o CGI e os efeitos digitais são ferramentas indispensáveis – sobretudo no campo dos filmes blockbuster. Mas isso não significa que esses elementos são sempre condizentes com tudo que vemos nos filmes – na verdade, um CGI ruim ou mal-finalizado pode até estragar a nossa experiência como um todo.

Aqui estão os 10 piores usos de CGI na história do cinema. Não estamos falando da qualidade total dos filmes, mas sim de momentos que exageraram um pouco na dose dos efeitos digitais, criando aberrações visuais e momentos que nos traumatizaram para todo o sempre…

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Star Wars: A Trilogia Original (Relançamentos, 1997)

Quando foi lançada pela primeira vez, a trilogia original de Star Wars se tornou uma das maiores franquias da história do cinema, com visuais muito inventivos graças ao uso de efeitos práticos, fora toda a combinação com o stop motion para criar visuais mais inalcançáveis. Tudo mudou na década de 90, quando George Lucas começou a explorar a computação gráfica.

Os três filmes foram relançados no cinema em 1997, e embora algumas novas mudanças tenham agradado (como Jabba sendo um alienígena em vez de um ser humanoide), outras foram bem criticadas pelo quão desnecessárias eram. Foi aqui que tivemos a cena de Han Solo atirando primeiro em Greedo e a cena terrível em que Han "passa por cima" da cauda de Jabba.

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O Passageiro do Futuro (1992)

Baseado em um conto de Stephen King, O Passageiro do Futuro é um filme de 1992 estrelado por Jeff Fahey e Pierce Brosnan. Aqui, nós acompanhamos um homem que tem sua vida mudada após se tornar um real gênio da computação, adentrando um ambiente virtual e modificando a sua própria realidade.

Enquanto o longa traz alguns momentos camp e divertidos, o resultado é uma verdadeira bagunça visual, especialmente quando conhecemos o tal "ambiente virtual" mencionado acima. Com pouco orçamento e uma direção nada convincente de Brett Leonard, temos algo que se assemelha aos gráficos do pior jogo de PS1 que você consiga imaginar.

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Do Fundo do Mar (1999)

Após o lançamento de Tubarão em 1975, muitos estúdios entraram fundo na corrida para fazer os filmes de ataque animal mais insanos de todos os tempos. Disso, nasceu Do Fundo do Mar, longa de 1999 que nos traz Samuel L. Jackson no meio de um grupo de cientistas que se reúnem em uma base aquática para tentar descobrir a cura para o Alzheimer.

O filme traz bons momentos quando usa animatrônicos para criar os tubarões que rodeiam o local, mas quando opta pela computação gráfica, o efeito é no mínimo desastroso. Os tubarões mudam de tamanho a cada cena e nós não podemos nos esquecer da cena em que um deles abocanha o personagem de Samuel L. Jackson, com efeitos tão horríveis que provocam gargalhadas.

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O Retorno da Múmia (2001)

Em 1999, o mundo se divertiu horrores com A Múmia, e logo sabíamos que a franquia estrelada por Brendan Fraser teria uma sequência, que veio na forma de O Retorno da Múmia, de 2001. Embora não seja tão inovador e divertido quanto o original, o longa tem lá seus momentos brilhantes - mas a aparição do Escorpião Rei definitivamente não é um deles.

Interpretado por Dwayne Johnson em seu primeiro papel em Hollywood, o personagem é apresentado de uma forma ameaçadora e imponente... ou melhor, seria. Isso porque os efeitos usados para construir o Escorpião Rei são tão artificiais que nunca conseguem ativar a nossa suspensão de descrença. Ao menos, o primeiro filme solo do Escorpião Rei tem efeitos melhores.

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King Kong (2005)

Logo após concluir sua trilogia d'O Senhor dos Anéis, Peter Jackson se lançou para outro projeto monumental com King Kong, nova adaptação da clássica história, dessa vez estrelada por Naomi Watts. O filme é muito interessante e bem bonito em vários aspectos, sobretudo no que diz respeito ao gorila gigantesco.

No entanto, não podemos esquecer das cenas ambientadas na mítica Ilha da Caveira, onde conhecemos o gorila pela primeira vez, junto de outros seres pré-históricos, como dinossauros. Aqui, Jackson acabou se confiando demais no chroma key e no CGI, resultando em sequências horríveis nas quais os personagens parecem deslocados do ambiente e da ação ao redor.

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Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)

Em 2023, teremos o retorno de uma das maiores sagas da história do cinema com Indiana Jones e a Relíquia do Destino, mas vale lembrar que o primeiro "retorno" da franquia se deu em 2008, com o lançamento de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, filme que passou um bom tempo sendo execrado pelos fãs e considerado o pior da série.

Embora tenha coisas muito boas, o filme definitivamente peca nos aspectos visuais, por não alternar bem as sequências mais práticas com os efeitos de CGI. Um belo exemplo disso se dá quando Mutt Williams, filho de Indy interpretado por Shia LaBeouf, se balança de cipó em cipó, rodeado por macacos feitos em computação gráfica - uma cena que destoa muito do resto do filme.

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Lanterna Verde (2011)

Lançado em 2011, em uma época onde a DC Comics já notava o sucesso do Universo Cinematográfico da Marvel e ensaiava fazer algo parecido, o filme solo do Lanterna Verde foi planejado como o começo de um universo compartilhado, mas isso logo veio abaixo após a bilheteria pífia e a recepção bem negativa por parte da crítica especializada e do público.

O maior pecado do filme, no entanto, está na decisão absurda de criar todo o traje de Hal Jordan apenas com CGI. Como resultado, o personagem fica parecendo um boneco durante boa parte do longa, e isso tira todo o impacto de alguns visuais bonitos do filme - como o planeta OA e os vários heróis e vilões alienígenas que aparecem ao longo da trama.

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Liga da Justiça (2017)

Lançado em 2017, Liga da Justiça é um dos filmes mais amaldiçoados de todos os tempos, em grande parte por conta da pressão criativa exercida pelo estúdio após a saída de Zack Snyder. Com Joss Whedon virando diretor do longa, começou uma extensa fase de regravações - e alguns astros precisaram retornar, mesmo participando de outros projetos.

Esse foi o caso de Henry Cavill, que na época gravava Missão Impossível: Efeito Fallout. Para o filme, ele precisou deixar o bigode crescer e não devia retirá-lo, como previsto em seu contrato. Por isso, ele gravou novas cenas de Superman usando o bigode, que posteriormente foi removido via CGI. E o resultado está impresso na mente de todo mundo que viu essa atrocidade...

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Cats (2019)

De todos os filmes da lista, Cats é um dos poucos que não peca tanto pela qualidade de seu CGI, que é quase sempre bem refinado e realista. No entanto, o próprio uso de tecnologias digitais é o maior problema aqui, ainda mais em uma adaptação da peça de Andrew Lloyd Webber, que sempre trouxe atores vestidos como gatos.

Claro, culpe Hollywood e sua tentativa de tornar tudo realista e espetacular, ao ponto em que artistas de efeitos digitais passaram meses trabalhando em um visual mais assustador que qualquer coisa que você veria em um filme de terror - e para piorar, eles ainda foram obrigados a refazer elementos que já estavam prontos, como quando retiraram os ânus dos gatos do longa.

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Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023)

Encerrando a nossa lista, está um filme recente da Marvel Studios. Não é de hoje que os fãs reclamam de uma queda considerável na qualidade do CGI do Universo Cinematográfico da Marvel - consequência de prazos insanos e artistas mal-pagos sendo levados à exaustão. Contudo, nada sequer poderia nos preparar para o que viria com o terceiro filme do Homem-Formiga.

Em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, sentimos o tempo todo que nada do que estamos vendo é real e que todos os atores estão imersos em uma tela verde. No entanto, o pior mesmo foi ver M.O.D.O.K. e o seu visual borrachudo e mal-renderizado, consequência da megalomania do filme e das condições precárias da equipe de efeitos visuais.