As 6 piores adaptações dos livros de Stephen King
As 6 piores adaptações dos livros de Stephen King
Nem mesmo o Mestre do Terror esteve livre de adaptações ruins de suas obras!
Stephen King é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores autores que já caminhou pela Terra. Aos 75 anos de idade, o homem já publicou mais de sessenta livros, transitando por gêneros diversos que vão do horror à fantasia e até dramas densos. Sua popularidade foi alavancada pelas adaptações de seus trabalhos, que o solidificaram como o Mestre do Horror Contemporâneo.
No entanto, nem sempre as adaptações para os cinemas e para a televisão fazem jus às ideias que King colocou no papel, seja por conta de elementos mais intransponíveis dos seus livros ou até mesmo por decisões criativas ruins. E é pensando nisso que aqui estão as 6 piores adaptações dos livros de Stephen King!
Comboio do Terror (1986)
Começamos essa lista com um exemplo amaldiçoado na carreira do Mestre do Horror, especialmente porque Comboio do Terror é, até este dia, o único filme dirigido pelo próprio Stephen King. Aqui, o autor tenta dar vida a um de seus contos mais interessantes, chamado Caminhões (e para quem quiser conferir, está na coletânea Sombras da Noite).
O filme é daqueles que chega a ser tão ruim que é bom, se você não tiver nenhum critério de qualidade. O visual é tosco, a direção de King é travada e cheia de erros logísticos de narrativa, enquanto o senso de pavor do conto se esvai diante de nossos olhos. Anos depois, King atribuiu vários dos problemas do filme ao seu vício em drogas ilícitas, o que fez com que ele não soubesse bem o que estava fazendo durante a produção.
O Iluminado (1997)
Em 1980, Stanley Kubrick lançava O Iluminado, um filme que seria recebido como um dos maiores clássicos da história do cinema de horror. No entanto, Stephen King não gostou das várias modificações presentes em sua obra original, e anos depois decidiu que iria roteirizar sua própria versão da trama, o que resultou nessa terrível minissérie dirigida por Mick Garris.
Ainda que seja mais fiel ao livro, a minissérie é uma bagunça que só prova como certas mudanças são necessárias quando uma obra é passada de uma mídia para a outra. Com uma duração inchada, atuações bem pavorosas (no mal sentido) e uma série de efeitos que deixam tudo muito datado, a série tem pouquíssimos méritos, ainda mais se compararmos com a experiência sensorial que Kubrick nos forneceu em sua adaptação.
O Apanhador de Sonhos (2003)
Um clássico das reprises do SBT, O Apanhador de Sonhos foi lançado em 2003 e conta com um elenco estelar, encabeçado por Jason Lee, Damian Lewis, Thomas Jane, Timothy Olyphant e Morgan Freeman. Mais do que isso, o longa ainda contava com a direção de Lawrence Kasdan, o mesmo cineasta por trás de vários roteiros de Star Wars. O que poderia dar errado?
A resposta está no próprio material original, já que o livro homônimo de King está bem longe de ser uma de suas obras mais refinadas. Na realidade, até o autor já admitiu não gostar tanto do livro, e como o filme segue de perto os enredos bobos e as inconsistências narrativas de seu material fonte, temos pouca coisa digna de crédito na adaptação.
Under the Dome: Prisão Invisível (2013-2015)
Em 2009, Stephen King lançaria uma das maiores obras de sua carreira, sobretudo em extensão. Sob a Redoma é um livro intrigante, que nos mostra o que acontece a uma cidade quando ela repentinamente é coberta por uma redoma inquebrável e misteriosa, e como as relações do povo local são postas à prova por esse evento chocante.
Em 2013, a CBS resolveu lançar sua própria adaptação no formato de uma série de TV. E após um começo promissor com o estabelecimento de quem seria importante na trama, a série começa a decair a partir da metade inicial de sua primeira temporada. Ainda assim, a emissora achou de bom tom criar uma narrativa em três temporadas, e cada uma delas consegue ser pior que a anterior.
A Torre Negra (2017)
Todos que conhecem a carreira do Mestre do Horror sabem que A Torre Negra é o pináculo de todas as obras de Stephen King. É uma saga de sete livros (e um "capítulo extra") que conecta todos os universos dos outros livros do autor, além de ser uma história fantástica sobre o poder de um ka-tet (grupo) contra reis malignos e tiranos, e sobre a magia das narrativas.
A noção de adaptar essa saga sempre trouxe grandes projetos, e nada saía do papel até que o dinamarquês Nikolaj Arcel lançou seu filme em 2017, com um elenco composto por Idris Elba e Matthew McConaughey. E, para o azar dos fãs, era melhor que essa história nunca sequer tivesse ganho uma adaptação.
Aqui, é impossível achar todos os temas filosóficos presentes na saga original, enquanto vários personagens são descaracterizados e somos brindados com uma trama fragmentada, vítima das várias mutilações do roteiro causadas por produtores e pelo estúdio. Para piorar, o próprio Stephen King chegou a dizer que, além de ser uma adaptação, o filme também servia para "concluir" a saga, algo que deixou muitos fãs bem decepcionados.
Chamas da Vingança (2022)
Ainda que puxe muito mais para a aventura e para o drama que para o terror, A Incendiária, de 1980, ficou marcado para muitos fãs por contar sobre a vida de Charlie McGee, uma garota caçada pelo governo americano por conta de seus dons paranormais, que a permitem controlar o fogo. Porém, se houve uma versão bem interessante na década de 80 estrelada por Drew Barrymore, não podemos falar o mesmo de sua adaptação mais recente.
Com direção de Keith Thomas, o filme é protagonizado por Zac Efron e Ryan Kiera Armstrong, e sua narrativa é bem cansativa e pouco original, especialmente agora que obras como Stranger Things fazem tanto sucesso. Para piorar, ele tem um ar de filme de baixíssimo orçamento, cujo roteiro não empolga e os personagens não possuem uma faísca sequer de carisma.