Percy Jackson: 10 coisas que queremos ver na série do Disney+

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Percy Jackson: 10 coisas que queremos ver na série do Disney+

Por Melissa de Viveiros

Percy Jackson e os Olimpianos é a primeira produção que promete adaptar os livros de Rick Riordan para uma versão live-action desde o filme de 2010, repudiado pelos fãs da obra original. Dessa vez, o público tem a esperança de receber uma adaptação melhor, principalmente com o envolvimento do próprio autor no desenvolvimento do projeto.

A série já até conta com um trailer, que confirma alguns elementos que os fãs certamente gostariam de ver na série. Mas há muito mais na obra de Riordan, não só no primeiro livro mas relacionado às sequências, que certamente queremos ver no live-action. Pensando nisso, listamos 10 coisas que queremos na série do Disney+

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Personalidades fiéis aos livros

Toda adaptação passa por mudanças para se encaixar em um novo formato, mas isso não significa que elementos fundamentais como a construção dos personagens precisam ser alterados. A versão cinematográfica de Percy Jackson tomou muitas liberdades, entre as quais uma das que mais divergiu dos livros foi como o trio principal é retratado. O Percy de Logan Lerman é mais taciturno, a Annabeth de Alexandra Daddario é muito mais fria e agressiva que sua contraparte literária, e o Grover de Brandon T. Jackson tem uma personalidade completamente diferente do sátiro gentil apresentado na obra de Rick Riordan.

Na nova série, esperamos que isso não aconteça, e que os personagens sejam construídos de modo semelhante às suas versões originais.

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Maior espaço para os deuses

Uma das coisas mais legais sobre o universo de Percy Jackson é sua construção ao redor da mitologia grega. Em sua jornada, o protagonista conhece os Olimpianos, os deuses do Submundo, vários deuses menores e até Titãs - e isso deve ser propriamente retratado na série do Disney+.

Dionísio, Zeus, Ares, Poseidon e Hades são alguns dos deuses que tem momentos importantes no primeiro livro, obra adaptada na primeira temporada da série. É importante que eles tenham o espaço necessário para que o público entenda melhor cada um deles, seu papel e personalidade - além de sempre ser possível dar um espacinho para introduzir outros deuses e deusas que terão papel maior no futuro.

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Cronos

E, falando em deuses e titãs, é impossível deixar de falar sobre o grande antagonista da série original de livros: Cronos, o titã do tempo. O rei dos titãs é a real ameaça que permeia os cinco livros protagonizados por Percy, adicionando a aura de risco e perigo que só aumenta no decorrer da série até sua batalha final.

Aqui, é importante que a versão do Disney+ saiba fazer o mesmo, dando (com o perdão do trocadilho) tempo para que Cronos seja inicialmente apresentado, e que com o decorrer da trama a ameaça distante que ele representa se torne cada vez mais direta. Também ajuda se essa construção for gradual e o titã nunca aparecer com um visual semelhante ao visto no filme de 2013.

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As motivações dos adversários

Cronos pode ser o principal antagonista e grande vilão da série, mas não é o único adversário que Percy encontra no caminho. Existem várias criaturas do lado do titã, e até semideuses que tomam seu partido.

Quem conhece a história sabe que há um motivo para isso, vindo principalmente da negligência dos Olimpianos, que mal se importam com seus filhos enquanto os meio-sangues são condenados a uma vida de riscos por conta de seus pais divinos. Para tornar o conflito mais interessante, é necessário estabelecer como isso acontece e porque, principalmente mostrando como a ausência dos deuses afeta seus filhos.

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Luke Castellan

Luke é um dos personagens mais trágicos de toda a série, que passa por diversas posições ao longo da trama. Amigo, inimigo e responsável por muito do que acontece na história, Luke é um dos primeiros semideuses que Percy conhece e de quem se aproxima de verdade.

Estabelecer a amizade dos dois é importante para que os acontecimentos posteriores tenham o devido impacto - além de ser extremamente relevante que um antagonista recorrente como ele seja mostrado com suas falhas e pontos positivos,de modo que sua complexidade possa ser retratada nessa nova versão.

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Oráculo e profecias

Uma coisa central em todos os livros da saga são as profecias do Oráculo de Delfos. Cada missão é acompanhada por uma profecia, além de grande parte da história central da saga girar em torno da Grande Profecia, que previa que uma escolha feita por um semideus filho de um dos Três Grandes resultaria na ascensão ou queda do Olimpo.

Com isso, é importante que o Oráculo seja devidamente apresentado logo no início. Mas, para além dessa função narrativa, incluir as profecias é mais um elemento que conecta a saga à mitologia grega, abordando o tema comum de como tentar entender e controlar o futuro nunca leva ao resultado esperado, frequentemente levando às tragédias.

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O Acampamento Meio-Sangue

A maioria das grandes obras da ficção conta com locais marcantes que tem seu espaço não só nas histórias em que aparecem, mas no coração dos fãs. No caso de Percy Jackson, esse cenário recorrente é o Acampamento Meio-Sangue, onde os diversos semideuses são acolhidos e treinados - caso consigam sobreviver até chegarem lá.

O chalé de Poseidon é o cantinho de Percy no acampamento, mas a história de Riordan explora muito mais sobre o local. Seja em atividades como o Capture a Bandeira, a parede de lava onde os jovens praticam escalada, os campos de morangos e, claro, os chalés únicos e diferentes dedicados a cada um dos deuses, a representação desses lugares em live-action é certamente uma das coisas que todo fã gostaria de ver na série.

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Monstros icônicos

Já dissemos que os deuses têm seu papel e que a história só se beneficiaria de dar mais destaque a eles. Mas o mesmo é válido também para o outro lado da moeda: os diversos monstros que Percy encontra ao longo de sua jornada.

O trailer da série já deu um gostinho disso ao mostrar a Fúria Alecto, além de dar alguns vislumbres do Minotauro. Esses não são os únicos monstros icônicos vistos no primeiro livro, no entanto: figuras como a Medusa, Cérbero e a Quimera aparecem já em O Ladrão de Raios, e dar a cada um deles seu momento de brilhar - sem substituí-los por criaturas mais conhecidas popularmente, como o filme fez ao adicionar a Hidra - seria mais um acerto para a série.

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Uma versão interessante do Submundo

Um dos elementos que mais se destacam na obra de Riordan é a subversão de algumas expectativas que o público geral teria em relação aos conteúdos vindos da mitologia. Quando se fala do Submundo, reino governado por Hades, o que muita gente imagina é algo semelhante ao inferno, com uma paisagem desolada, cheia de fogo e enxofre. Mas não é bem assim que o Submundo da mitologia grega é, e a versão dos livros não é nada parecida com isso.

Na obra literária, o Submundo é, na realidade, apresentado como um local bem mundano ao invés de assustador e terrível. Ainda que seja sombrio, as longas filas de atendimento às almas e a ênfase no cansaço de Hades em relação ao seu trabalho ajudam a estabelecer isso. Seria legal ver algo semelhante, mas mesmo que a série opte por fazer algo diferente, seria interessante que, no mínimo, não caísse no clichê de retratar o Mundo Inferior como o inferno.

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Diversidade

Percy Jackson surgiu como uma história criada por um pai que buscava fazer seu filho se sentir mais capaz e incluso apesar das dificuldades com as quais tinha que lidar por causa da dislexia e TDAH. É por isso que esses elementos são parte da história e comuns a todos os semideuses, mostrando como desde o início a obra se propunha a, nas palavras do próprio Riordan, mostrar que todos podem ser heróis.

A versão do Disney+ já acertou ao incluir maior diversidade em seu elenco, que não é composto apenas por personagens brancos como a maioria dos que são apresentados no primeiro livro. Essa diversidade já chegou à obra de Riordan há tempos, e pode ser vista claramente em pontos posteriores da saga, como Os Heróis do Olimpo, mas deve continuar a ser expandida mesmo nessa parte inicial, mantendo a série alinhada à proposta original do autor. Esperamos que a série também siga esse caminho em relação a outros aspectos, como ao retratar personagens LGBT+, ou mesmo construir melhor desde o início aqueles que só foram revelados como tal posteriormente na saga.