Pachinko: 7 motivos para acompanhar o dorama da Apple TV+

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Pachinko: 7 motivos para acompanhar o dorama da Apple TV+

Por Junno Sena

Como uma bolinha de Pachinko, a história escrita por Min Jin Lee pula através das décadas, nos entregando uma abordagem histórica repleta de drama, romance e conflitos políticos e sociais. Muito mais do que a Apple TV+ seguindo a Onda Hallyu e o movimento da Netflix em criar conteúdo original coreano, como com Hellbound, All of Us are Dead e Round 6, Pachinko pulsava por uma adaptação desde sua publicação. Uma que pudesse se aprofundar nesse momento tão caótico e pouco abordado da Coréia.

Sendo uma das produções imperdíveis de 2022, separamos alguns motivos para ir atrás da minissérie que irá trazer um dos queridinhos da Coréia e a primeira mulher coreana a ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Confira!

Antes de começar, já assistiu o trailer de Pachinko?

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Uma jornada histórica pela Coréia

Com mais de cem anos de história, Pachinko segue quatro gerações de imigrantes coreanos no Japão durante o século XX. Entre questões políticas, sociais e guerra, o livro foi um dos grandes sucessos de 2017. Escrito por Min Jin Lee, a história começa em 1883, com o encontro dos pais de Sunja. A partir daí, seguimos a jornada da mulher que será a matriarca de uma família de coreanos que irá se estender não apenas pelo Japão, mas pelo mundo.

O destaque do livro não ficou apenas para a escrita de Min Jin Lee, que consegue ser envolvente e dar carisma para todos os seus personagens, mas também pelo teor histórico do enredo. Isto é, o momento sombrio em que o Japão ocupou a Coréia, entre 1910 e 1945. Entre discriminação, racismo e serem obrigados a viver nas margens da sociedade, vamos entendendo um pouco mais de um período que foi, essencialmente, apagado da história. De acordo com o The Guardian, Pachinko é um “tributo à história das pessoas que parecem ter sido apagadas”.

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Tem o selo de aprovação de Barack Obama

O presidente Obama foi uma das muitas celebridades que se depararam com a história de Pachinko. Além da escritora Roxane Gay ter dito que foi o seu livro favorito de 2017 para o Washington Post, Emma Watson e seu clube do livro, Our Shared Shelf, o escolheu como uma das leituras de 2019.

Se isso já não é o suficiente para dar uma chance para o livro e adaptação, Obama descreveu Pachinko como “um livro cativante, sobre resiliência e compaixão”, ganhando um lugar na lista de livros favoritos de 2019 do presidente.

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Diversidade histórica e de idioma

Peguem os dicionários! Pachinko é a primeira série americana “trilingual”. Com diálogos em coreano, japonês e inglês, a minissérie da Apple TV+ irá passar pela Coréia, Japão e Estados Unidos, prometendo cenas impactantes das belezas naturais de cada país, mas também a diversidade cultural encontrada nesses espaços.

Em entrevista para a Harper’s Bazaar, o produtor executivo disse: “Nunca foi uma questão que teria diversos idiomas. Não imagino como poderia ser possível contar uma história sobre colonização de outra forma. O idioma faz parte disso”.

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Mas o que é um Pachinko?

Para entender o título, nada melhor do que uma explicação de Barack Obama: “O livro recebeu o nome de um jogo popular do Japão que é bem parecido com uma máquina de pinball — um jogo de azar, onde o jogador pode influenciar na velocidade e direção, mas uma vez jogado, diversos obstáculos irão determinar o resultado. Se mantendo fiel a natureza do jogo, o livro de Min Jin Lee nos leva por quatro gerações e cada uma tentando encontrar sua identidade e sucesso”.

A autora consegue unir o útil ao agradável com seu título. Não apenas é uma ótima metáfora para a construção narrativa do livro, como também é uma referência histórica da situação entre Coréia e Japão. Com o movimento de imigrantes coreanos no Japão, a xenofobia e preconceito impedia esses indivíduos de conseguirem um emprego. A solução para os coreanos nascidos no Japão, coreanos Zainichi como eram chamados, era abrir “cassinos” de Pachinko. Estipula-se que 80% dos donos desses locais eram coreanos Zainichi.

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É o primeiro dorama da Apple TV+

Entre K-pop e doramas, a cultura coreana tem se infiltrado no cotidiano do público geral, seja com as produções da Netflix ou até mesmo com o BTS. Mesmo que Pachinko sofra uma “americanização” do seu roteiro, possuindo um ritmo diferente dos doramas convencionais, a maioria da equipe é coreana e boa parte do enredo terá a língua mãe da Coréia como a principal.

Pachinko recebe com facilidade a colocação de “primeiro dorama da Apple TV+”. Isso é um marco para os consumidores assíduos do gênero, mostrando como as obras coreanas vem se tornando cada vez mais populares entre o público mundial.

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Qualidade é tudo

De acordo com o The Hollywood Reporter, o valor de cada episódio se compara a série The Crown, que gasta cerca de treze milhões de dólares. Logo, já podemos esperar uma qualidade técnica digna de tirar suspiros.

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E... “Grande elenco”

Se os personagens cativam, o elenco é a cereja do bolo. Além de ter a primeira mulher coreana a ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Minari, Youn Yu-jung, temos Lee Min-ho em um dos papéis principais. O ator é um dos queridinhos no meio dos doramas, conhecido por protagonizar o clássico Boys Over Flowers, além de The Legend of the Blue Sea e O Rei Eterno.

Junto dos dois, teremos Anna Sawai, do grupo de j-pop FAKY, Jin Ha, que já deu as caras em produções da HBO Max e Jung Eun-chae, de The Guest e O Rei Eterno.

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O “MinJinLeeverso”

Esse pode ser o pontapé inicial para conhecer mais trabalhos de Min Jin Lee, principalmente pela autora ter outra adaptação a caminho. A Netflix adaptará Free Food for Millionaires, que terá desenvolvimento da ganhadora do Emmy, Alan Yang, conhecida por Parks and Recreation e Master of None.

Ainda não há data de lançamento para a produção, mas Jinny Howe, uma das cabeças da área de doramas da Netflix disse que a série será “sobre uma mulher coreana-americana que está em uma encruzilhada após se formar em uma faculdade da Ivy League, ficando entre dois mundos. Estou muito ansioso. Eu acho que isso é bem diferente de tudo que já fizemos até agora”.

Pachinko estreia dia 25/03 na Apple TV+, mas o livro pode ser encontrado no Brasil pela editora Intrínseca.