Os filmes de Quentin Tarantino, do pior ao melhor!

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Os filmes de Quentin Tarantino, do pior ao melhor!

Por Evandro Lira

Quentin Tarantino é considerado por muitos um dos maiores cineastas da sua geração. Na indústria, o artista deu seus primeiros passos vendendo roteiro no início da década de 1990. A partir daí, ele conseguiu financiar seu primeiro longa, Cães de Aluguel, que fez sucesso suficiente para que Tarantino estreasse seu segundo filme, Pulp Fiction, o grande responsável por alçar seu nome entre os grandes.

Seus filmes são bastante populares e aclamados até hoje, possuindo características que são marcas do cinema “Tarantinesco”. Repletas de violência, as obras costumam ser sátiras certeiras com enredos não-lineares, diálogos extensos e muitas referências a cultura pop.

Aqui você verá toda a filmografia de Quentin Tarantino, listada em ordem de preferência do editor. Nos comentários, te convidamos a montar seu próprio ranking!

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A Prova de Morte (2007)

Esse filme foi lançado como uma espécie de continuação de Planet Terror, do diretor e amigo de Tarantino, Robert Rodriguez. É parte do filme-duplo "Grindhouse" é sem dúvida o mais fraco dos longas do artista.

Apesar de ter ótimas cenas de ação que envolvem impressionantes manobras de carros, À Prova de Morte acaba se prejudicando especialmente por algo tão marcante na obra de Tarantino: os diálogos. Há excesso para todos os lados. É propositalmente afetado e trash de maneira que até para um filme do Tarantino parece demais.

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Jackie Brown (1997)

O terceiro filme do cineasta é estrelado por Pam Grier no papel-título, e conta com seu parceiro habitual Samuel L. Jackson, além de Robert Forster, Bridget Fonda, Michael Keaton e Robert De Niro. É o único filme de Tarantino adaptado de uma obra já existente: o livro Rum Punch, de Elmore Leonard.

No filme, a aeromoça Jackie Brown trafica dinheiro para o mercado de armas, quando é pega em flagrante por dois policiais que lhe propõem um acordo: cooperar com eles e entregar os chefões. A mulher então se vê no meio de um fogo cruzado e tenta de tudo para conseguir a liberdade e, é claro, uma boa grana.

Jackie Brown está longe de ser um filme ruim, mas diante da filmografia de Tarantino se torna seu filme mais esquecível e menos convincente.

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Django Livre (2012)

Aqui, Tarantino resolveu homenagear um dos berços do cinema norte-americano: o western. Estrelado por Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Kerry Washington e Samuel L. Jackson, o longa conta a história de Django, um ex-escravo que se une a um caçador de recompensas para encontrar alguns dos criminosos mais poderosos do país e resgatar sua esposa de um fazendeiro que pratica jogos sádicos com escravos.

Django Livre é mais um bom trabalho do cineasta, mas que aparece numa colocação mais baixa da lista por não soar tão bem estruturado quanto outros filmes de Tarantino. E por ser especialmente mais longo do que ele precisava.

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Os Oito Odiados (2016)

Neste trabalho de Quentin Tarantino, uma diligência vagueia durante uma nevasca. Nela, estão o caçador de recompensas John (Kurt Russell), que transporta a prisioneira Domergue (Jennifer Jason Leigh), outro caçador de recompensas chamado Marquis (Samuel L. Jackson) e o xerife Chris (Walton Goggins). As condições climáticas acabam forçando eles a buscarem abrigo em um local onde mais quatro forasteiros estão abrigados. A partir daí, já dá pra imaginar o que pode acontecer, lembrando que é um filme do Tarantino...

Aqui temos uma narrativa divertida acompanhada dos diálogos cativantes, a violência estilizada e ótimos plot twists. No entanto, dá para dizer que Tarantino parece, mais uma vez, não saber a hora de parar e estende o filme muito mais do que ele merecia.

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Cães de Aluguel (1992)

Aqui Tarantino se lançava como cineasta com Cães de Aluguel, filme que é considerado um marco do cinema independente norte-americano.

Com um elenco formado por Harvey Keitel, Tim Roth, Chris Penn, Steve Buscemi, Lawrence Tierney, Michael Madsen, Edward Bunker e o próprio Tarantino, o filme traz uma história instigante e cheia de energia que prova a capacidade de entreter do cineasta apenas com diálogos aplicados a uma única situação posta de forma não-linear.

Na trama, uma quadrilha planeja um grande roubo, que acaba dando errado quando um deles sai ferido. Agora, os bandidos precisavam descobrir qual deles o traiu, gerando uma enorme tensão que toma conta de todo o filme.

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Kill Bill Vol. 1 (2003)

Com Kill Bill, Tarantino coloca Uma Thurman na pele d'A Noiva, uma mulher que jura vingança a seu ex-amante Bill e a toda uma gangue de assassinos depois que eles tentam matá-la no dia do seu casamento, fazendo-a perder o filho que estava esperando.

O longa é uma ode a vários gêneros do cinema, incluindo os filmes de kung fu e samurai asiáticos, além do western spaghetti italiano e os animes. Sua história simples é totalmente abarcada pelo universo rico da cultura pop estabelecido por Tarantino, e nos convida a assistir a uma caçada cruel e instigante, resultando em uma épica cena de luta.

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Kill Bill Vol. 2 (2004)

Um ano depois do lançamento de Kill Bill Vol. 1, o público finalmente pôde assistir a conclusão da impressionante saga da Noiva.

No Vol. 2 não há o mesmo frenesi do filme anterior. Aqui, Tarantino prefere se concentrar em um filme mais emocional mas não perde a conexão com a jornada sangrenta da personagem. Cheio de cenas tensas, permeadas por diálogos e algumas ótimas surpresas, é realmente uma tarefa difícil ter escolher um dos dois filmes como “o melhor”, mas dá para dizer que se você prefere um estudo de personagens e suas motivações, Kill Bill Vol.2 é uma ótima pedida.

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Pulp-Fiction (1994)

Aqui está o segundo filme de Tarantino e também um de seus mais aclamados trabalhos, que serviu para colocar o cineasta entre os maiores nomes do cinema contemporâneo.

Com John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis e Uma Thurman, Pulp Fiction apresenta várias histórias paralelas protagonizadas por mafiosos. Uma dupla de bandidos tem como missão fazer uma cobrança a mando do chefe enquanto ele viaja. Além disso, um deles precisa fazer companhia à esposa do chefão: uma mulher nada fácil de lidar que adora se divertir como ninguém. Tudo isso acontece à medida que um boxeador que foi comprado para perder uma luta não cumpre com o combinado e passa a ser perseguido; e de um casal que tenta executar um assalto mas veem a situação fugindo do controle.

Extremamente bem escrito, Pulp Fiction é um caos muito bem arquitetado, que soa uma experiência delirante do início ao fim. É até hoje, considerado por muitos, o melhor filme de Quentin Tarantino.

No entanto, há quem dê a esse título a...

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Bastardos Inglórios (2009)

Nesse filme, Quentin Tarantino apresenta uma sátira maravilhosa criando uma história alternativa sobre um dos maiores eventos do século XX, a Segunda Guerra Mundial. Estrelado por Brad Pitt, Christoph Waltz, Michael Fassbender, Eli Roth, Diane Kruger, Til Schweiger e Mélanie Laurent, Bastardos Inglórias é recheado de tudo que Tarantino sabe fazer de melhor. Há os seus diálogos cheios de suspenses, suas reviravoltas mirabolantes, sua violência aplicada até a última gota, e as homenagens típicas de um verdadeiro cinéfilo com uma câmera.

Na trama, um grupo de judeus cuja missão é matar o máximo de nazista que conseguirem, é temido pelo terceiro Reich, mas precisa enfrentar o faro do perigoso Hans Landa, vivido por Christoph Waltz. Ao mesmo tempo, Shosanna, uma judia que fugiu dos nazistas, arquiteta uma vingança que envolve uma sala de cinema.

Bastardos Inglórios apresenta uma direção mais elegante do que nunca e jamais soa entediante ou grande demais. É audacioso e traz um dos melhores finais do cinema do cineasta.

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A próxima estreia

Neste mês, um novo filme de Quentin Tarantino chegará aos cinemas e estamos na expectativa para saber em qual posição ele ficará dentro dessa invejável filmografia do cineasta.

Era uma Vez em Hollywood promete trazer Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Dakota Fanning e Al Pacino na Los Angeles dos anos 60. Lá, acompanharemos a história de um apresentador de TV e um dublê, que tentam acompanhar as mudanças no fim da Era de Ouro de Hollywood.

Podemos esperar coisa boa vindo aí?