Começando de baixo, com um ex-agente da S.H.I.E.L.D. que participou de mais um daqueles programas de aprimoramento humano; Stanley Carter recebeu de brinde um comportamento extremamente violento, o fazendo desistir do antigo emprego. Depois de trabalhar como investigador por um tempo, seu parceiro foi morto e essa foi a gota d'água para ele.

Carter se entregou à violência e sua sede de sangue a partir disso, colocando como alvo qualquer um que ele acreditasse ser um pecador , principalmente aqueles que nunca seriam punidos por seus crimes, como figuras da políticas e da religião. Assim, ele acabou fazendo de Jean DeWolff, uma amiga pessoal do Homem-Aranha, sua primeira vítima. Stanley continuou sua carreira como Devorador de Pecados até ser parado pelo Aranha e o Demolidor.

Não tem como falar de serial killers sem citar Hack/Slash. A trama segue Cassie e Vlad, que viajam pelo país executando slashers – pessoas, principalmente assassinos e serial killers, que voltaram do mundo dos mortos para matar mais uma vez. Na história, um dos assassinos mais assustadores e brutais é o Samhain.

Seguindo meio que uma linha de anti-herói, Sam é um ex-assassino que não possui memórias de suas ações. Ele salva a protagonista, Cassie, e a pede que o ajude a salvar o amor de sua vida, Ava. Obviamente, em certo momento, ele é capturado e “reprogramado”, retornando ao seu estado de máquina mortífera.

Um dos maiores serial killers de todos os tempos, Jack, o Estripador, foi levado aos quadrinhos por Alan Moore em “Do Inferno”. Na trama, ele é William Gull, um médico embarcando no mundo da insanidade.

Como é de praxe da parte de Moore para esse tipo de história, a transformação e o surto assassino de Gull são horrivelmente ótimos, criando não só um assassino, mas um serial killer insano e lendário. Digno das histórias reais, aliás.

Outro baseado em fatos, um dos maiores serial killers americanos, o Assassino do Tronco ganhou uma graphic novel, “Torso”, escrita por Brian Michael Bendis e Marc Adreyko.

O Assassino do Tronco nunca foi capturado, deixando 12 vítimas em sua conta. Ele recebeu esse nome por arrancar a cabeça e mãos de todos os seus escolhidos, tornando o trabalho dos detetives – isso na década de 30 – praticamente impossível, por não ser possível identificar os corpos.

Mudo, canibal e insano; o Kevin de Sin City é simplesmente aterrorizante. Protegido pelo Cardeal Roark, que acreditava que o rapaz estava fazendo um trabalho sagrado, Kevin operava tranquilamente direto do seu porão, matando as prostitutas da cidade.

Para piorar a situação, nem em sua morte, extremamente brutal, o personagem deixou de ser bizarro, quando morreu em silêncio, sentado, sorrindo.

De Locke & Key, Lucas Caravaggio poderia ser um garoto normal, se não tivesse sido possuído pelo demônio Dodge. Tomando controle do rapaz, Dodge torturou e matou todos os seus amigos antes de ser derrotado por Rendell Locke. Tempos depois, ele é solto, toma várias identidades e continua sua matança.

O Carnificina é um dos vilões mais violentos da Marvel. Não por menos, antes de se fundir com o simbionte Venom, o hospedeiro já era um perfeito psicopata. Cletus Kasady começou sua matança ainda muito jovem, quando empurrou sua avó da escada, tentou eliminar sua própria mãe e torturou e matou o cachorro de estimação da família. Isso em resposta a uma família completamente abusiva.

Antes do simbionte, Kasady também viveu em um orfanato, onde continuou nutrindo seu lado mais obscuro, matando algumas pessoas por ali e, por fim, queimando o prédio todo. Enfim, ele se tornou um serial killer, sendo capturado depois de 11 mortes descobertas. Como se as coisas não pudessem melhorar para Cletus, seu companheiro de cela era o Eddie Brock, de onde conseguiu sua parte do Venom para se tornar o Carnificina.

Da galeria de vilões do Batman, vários poderiam ser citados aqui, principalmente o Coringa. Mas o que pega mais o lado serial killer da coisa é o Victor Zsasz – e ele tem como provar isso.

Depois de perder seus pais, entrar em depressão e jogar toda sua fortuna em apostas, Victor descobriu o verdadeiro significado da vida – a falta de significado – enquanto reagia a um assalto em Gotham, matando o assaltante.

A partir de então, ele dedicou sua vida a liberar as outras pessoas de uma existência sem significado, geralmente cortando a garganta das vítimas, marcando a morte em sua própria pele com uma faca. O corpo todo do vilão está marcado, com uma quantidade absurda de mortes em sua conta.

Dos quadrinhos de Preacher, o Santo dos Assassinos deve ser o maior assassino de todos os tempos. Começando sua carreira muito antes do envolvimento divino, ele foi um dos soldados mais violentos e sanguinários durante a guerra civil americana. Depois da guerra, ele passou a caçar indígenas, por prazer e dinheiro.

Tempos depois, ainda como humano, podemos colocar o massacre de Ratwater em sua conta. Após sua morte, o cowboy espalhou sua sede de sangue pelo próprio Inferno, impressionando o Diabo em pessoa. Tudo isso o colocou no caminho de se tornar o Anjo da Morte, com o Criador o transformando em sua ferramenta de morte e destruição.

O que aconteceu com o filho do Comissário Gordon mostrado em Batman: Ano Um? O futuro nem sempre é brilhante e cheio de justiça para os filhos dos heróis dos quadrinhos. James Jr, desde pequeno, possuía uma obsessão bizarra pela morte, o que fez seus pais o mandarem para longe, em busca de ajuda.

Claro, isso não funcionou e, quando voltou, agora adulto, Gordon Jr. tinha se tornado um orgulhoso serial killer, com planos de transformar todas as crianças de Gotham em máquinas mortíferas.

A história de Filmore Press em Bedlam é uma coisa bem Hannibal Lecter de ser. Filmore é o ex-assassino Madder Red, que aterrorizou a cidade de Bedlam das formas mais psicóticas possíveis. O cara usava cabeças decepadas como marionetes, para ter ideia. Tudo isso mudou quando ele foi capturado e “recondicionado”.

Depois de muito trabalho, Filmore ficou “bom” e começou ajudar o departamento de polícia local a capturar um novo serial killer. Se ele realmente mudou ou não, quem sabe. Boa sorte para a cidade.

A lista não ficaria completa sem alguma citação à Nailbiter, afinal a trama é toda sobre serial killers. A identidade do “Butcher” é um mistério que durou 25 edições, com o mascarado aterrorizando a cidade de Buckaroo, nos EUA, berço de outros 16 serial killers. Silencioso, assustador e imprevisível, para se destacar em uma cidade lotada com outros assassinos terríveis, ele precisa ser praticamente infernal.

Neil Gaiman é simplesmente brilhante, principalmente fazendo horror. Um ótimo exemplo disso fica com um dos personagens mais peculiares e violentos de Sandman, o Coríntio.

Literalmente, o Coríntio é um pesadelo encarnado – um assassino frio, violento e com mandíbulas no lugar dos olhos, criando sua assinatura de arrancar e comer os olhos das vítimas com as boquinhas sobressalentes. Ele é uma ferramenta criada pelo próprio Senhor dos Sonhos; uma espécie de reflexo do pior do ser humano para assombrar os pobres sonhadores.

Isso até ele escapar do Sonhar, tornando-se um serial killer no mundo físico. Sua primeira aparição, inclusive, é em uma das histórias mais legais de Sandman, Doll's House, quando ele vai para uma convenção secreta de serial killers.