Não é nem um momento exatamente, mas uma história de ódio entre o público e a segunda versão do Robin, Jason Todd. A clássica morte do personagem pelas mãos do Coringa, em “Morte na Família”, na verdade é uma decisão editorial por conta da alta taxa de rejeição do público ao sucessor do Dick Grayson.

O destino do personagem foi literalmente colocado nas mãos do público, quando uma linha foi criada para os leitores ligarem para decidir se ele continuava vivo ou não. Já sabemos a resposta dos fãs, não?

Na época que os quadrinhos do Batman não eram tão sérios assim, ele e o Robin ocasionalmente usavam disfarces adicionais – além de seus uniformes – para combater o crime. Isso entrou em um caminho direto ao ridículo.

Em Detective Comics #320, a dupla se disfarça de múmia. A explicação é pior ainda. Depois que um dispositivo alienígena deixou a pele dos heróis verde, para esconder sua identidade, os dois combateram o crime mumificados na edição.

Sobre Robin morto, o Menino Prodígio já morreu um milhão de vezes. Exagero, certo, mas um número considerável de vezes. Em Batman #246, o Batman é obrigado a testemunhar o Robin morrendo nas mãos do Carniceiro de todas as formas possíveis, incapaz de ajudar o rapaz.

Cada morte deixa uma pista da próxima execução e, no fim, o Homem-Morcego deduz que o Robin deve estar vivo ainda e tudo aquilo não passava de uma encenação com manequins. No fim, o verdadeiro Robin estava correndo perigo, preso em uma guilhotina, mas seu mentor conseguiu salvá-lo.

Em um universo alternativo, o Robin cresceu e se tornou uma versão híbrida de Robin e Batman. Em Flash #123, o Velocista Escarlate acaba na Terra-2 e, nessa realidade, o Batman se aposentou e seu ajudante assumiu o posto de herói como um Robin “crescido”.

O problema aqui é a ideia do personagem ter mantido a mesma identidade e o mesmo estilo para sua versão adulta, dando um ar extremamente bizarro para a coisa toda.

Por algum tempo, a ex-namorada do Robin Tim Drake, Stephanie Brown, se aventurou com o manto do ajudante do Batman. Quando Drake desistiu da vida heroica, o Batman apostou em Brown. Infelizmente, ela não supriu todas as expectativas do Homem-Morcego, o fazendo rejeitar a moça.

Tentando ganhar o manto de todas as formas para se provar capaz para o Batman, ela roubou um dos planos do Morcego para tentar acabar com a criminalidade em Gotham e o colocou em prática. Isso só a fez ser capturada pelo Máscara Negra, que a torturou com uma furadeira e a matou.

Quando o Batman morre tostado, depois de lutar contra o Darkseid, Dick Grayson assume o manto do Morcego e tem a melhor ideia possível: levar os restos do Batman para o Poço de Lázaro e tentar uma ressurreição.

O Morcego revivido é simplesmente uma abominação zumbi, que sai atacando tudo o que vê pela frente. Depois, é revelado que, na verdade, o Darkseid havia queimado um clone do Batman.

Quando o Batman fica com inveja do Lanterna Verde por seus poderes, ele cria um plano para aliviar sua frustração e, obviamente, o Robin o segue tranquilamente.

De All Star Batman & Robin, o Morcego faz o Robin pintar um quarto todo de amarelo para roubar o anel do Lanterna. Tal cor, na época, era uma das fraquezas dos Lanternas. Com isso, o objetivo era atrair o herói até o local e derrubá-lo. Surpreendentemente, o plano dá certo, o Robin rouba o anel e quase mata o Hal Jordan.

Quando seu melhor amigo morre, qual é a melhor coisa a se fazer? No caso, para o Robin Tim Drake, após a morte do Superboy, a melhor solução foi tentar trazer seu amigo de volta através da clonagem. Ele tentou refazer seu camarada por quase um ano, sem sucesso.

Não satisfeito – depois de derrubar os restos do Superboy no chão e chorar sobre eles – ele ainda se aventura com a namorada do Kon-El, a Moça-Maravilha. No mesmo lugar onde os restos do rapaz foram derrubados. Pois é.

Uma briga entre Robins! Em Battle for the Cowl #2, Dick Grayson e Jason Todd – agora ressuscitado – lutam ferozmente pelo título de Batman, em uma das batalhas mais bizarras da Batfamília. O Asa Noturna fica tão no limite que derruba Todd de cima de uma locomotiva em movimento, quase para sua morte certa.

Linhas complicadas de se atravessar. Na Terra-2, a Caçadora é Helena Wayne, filha do Batman com a Mulher-Gato. Nessa realidade, ela e o Robin são praticamente irmãos, criados juntos. Irmãos adotivos.

Isso não impediu que, em Wonder Woman #284, Dick Grayson demonstrasse interesse pela moça da forma mais estranha possível, traçando um paralelo entre ver Helena trocando as fraldas e vê-la nua na idade atual. Ele até invade o banheiro, em certo momento, sabendo que a moça está tomando banho. Pois é.