Ao final do primeiro filme d'Os Incríveis, vemos a Família Pêra tendo sua diversão interrompida quando o Escavador sai de baixo da terra, para importuná-los logo após uma grande vitória de Flecha. Na continuação, testemunhamos toda a grande batalha que acontece logo após essa entrada dramática.

A cena de ação é realmente muito empolgante, conforme os heróis usam seus poderes das maneiras mais criativas o possível para tentar derrotar o inimigo subterrâneo. Quem também rouba a cena é o Gelado, que aparece para dar uma ajudinha para os Incríveis.

Falando na abertura do filme, vale notar que o começo mostra algo bem inusitado: o interrogatório de Toninho Rodrigues, o crush de Violeta. Quem é responsável pelas perguntas - e por apagar a mente do menino - é Ricardo, um agente especial do governo que sempre esteve do lado da Família Pêra**.

A cena em si é bem engraçada, já que tem todo um tom de seriedade, ainda que Toninho esteja muito confuso. Para quem não se lembra, a sequência é uma homenagem ao curta O Ataque do Zezé, onde Ricardo interroga Karen, a babá que toma conta do bebê quando a família está fora.

Quando os heróis são todos manipulados pelo Hipnotizador, e o Senhor Incrível é atraído para uma emboscada, a vida de Violeta, Flecha e Zezé corre perigo... mas sendo os heróis que são, eles sem dúvida sabem dar trabalho. E é justamente o que acontece aqui, quando uma multidão de heróis hipnotizados aparece para sequestrá-los.

Podemos ver o trio usando seus poderes para enfrentar seus adversários - e mais uma vez, Gelado rouba a cena, aparecendo para ajudar as crianças com seus poderes criogênicos. Outro ponto bem positivo é a presença do Incrimóvel, o fantástico carro do Senhor Incrível.

O que sempre chamou a atenção no primeiro filme da franquia foi justamente a forma incrível em que se trabalha as relações familiares desse grupo de super-heróis. Não é à toa que ele é conhecido por alguns fãs de quadrinhos como "*o melhor filme do Quarteto Fantástico" - já que boa parte das dinâmicas são bem inspiradas pela equipe de heróis da Marvel*.

O longa original tinha uma cena de discussão à mesa, e nesse não é diferente, embora a pauta apresentada seja outra. Aqui, podemos ver o Senhor Incrível e a Mulher-Elástica discutindo o papel dos super-heróis no mundo, tudo como se fosse mais um assunto para ser tratado na hora do jantar.

O filme aposta muito bem na ideia de subversão dos papéis de gênero construídos socialmente, conforme Helena sai para fazer o ganha pão da família, enquanto Beto fica em casa cuidado dos filhos. E o resultado disso é excelente em ambos os lados.

No caso de Beto, as coisas ficam muito engraçadas quando ele tenta conciliar todos os assuntos familiares: as aulas de matemática do Flecha, o coração despedaçado e a revolta adolescente de Violeta, além dos poderes recém-descobertos por Zezé. Finalmente percebemos o Senhor Incrível prestes a entrar em um colapso.

Se, no primeiro filme, era o Senhor Incrível que partia para a ação e podia se divertir com a ideia de voltar a ser um super-herói, na sequência, é a Mulher-Elástica que precisa se reconectar com esse importante traço de seu passado. Após ser contratada por Winston Deavor e sua irmã, Evelyn, a heroína parte para sua primeira missão.

Ela salva um trem controlado pelo grande vilão do longa, o Hipnotizador - e com isso, consegue resgatar várias pessoas em perigo. A cena em si é bem frenética, e aproveita ao todo as habilidades flexíveis da Mulher-Elástica, mostrando como ela está pronta para ser a nova face em um mundo de heroínas.

Aliás, continuando nas missões solo de Helena Pêra, não dá para esquecer a batalha contra o Hipnotizador, quando a heroína finalmente consegue rastrear o sinal das transmissões assustadoras que estão causando um caos no país. A partir daí, ela vai para um esconderijo misterioso, e acaba se deparando com o criminoso mascarado.

A cena impressiona justamente pela beleza da animação - e não é à toa que o filme precisou ter alertas a respeito da possibilidade de provocar epilepsia fotossensível, já que o show de luzes é realmente vertiginoso. Ah, e também temos uma grande revelação sobre o vilão que vale muito a pena no final!

Maior e melhor do que nunca, o terceiro ato do filme rende aplausos por mostrar não apenas os Incríveis, mas também vários heróis novos, lutando entre si sob o controle do Hipnotizador. Aqui, podemos ver vários combos de poderes divertidos, e uma missão de tirar o fôlego para impedir uma catástrofe arrasadora.

A sequência só fica melhor quando pensamos na presença de Violeta, Flecha e, principalmente, do Zezé, que roubam a cena a cada segundo. Além disso, também vale elogiar a montagem, que torna tudo tão frenético e incansável quanto a magnífica batalha final do primeiro longa.

Quando vimos o material promocional do filme e nos deparamos com Zezé enfrentando constantemente um guaxinim, ficamos confusos. Por sorte, o filme explica a decisão do marketing com um de seus momentos mais engraçados e envolventes, quando o Zezé decide enfrentar o animal ladrão.

O resultado é uma sequência que nos faz morrer de rir do início ao fim - principalmente pela fofura do bebê. Além disso, o fato dele trocar compulsivamente de poder a cada instante cria uma cena de ação bem interessante de se acompanhar - esteja ele usando telecinese ou disparando laser pelos olhos.

Claro que o primeiro lugar já estava reservado, mesmo antes da estreia do filme, para a estilista mais amada do mundo: Edna Moda. E mesmo assim, a cena é realmente uma das mais divertidas e engraçadas do filme, já que mostra a adorada personagem sendo encarregada de cuidar do Zezé por uma noite.

Toda a sequência é - perdão pelo trocadilho - incrível do começo ao fim, seja com Zezé usando seus poderes metamórficos para se transformar em Edna, ou seja pela conversa da estilista com o Senhor Incrível, que espelha a fantástica cena de Edna dando conselhos para a Mulher-Elástica no primeiro filme.