Os 10 filmes mais controversos da década!

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Os 10 filmes mais controversos da década!

Por Evandro Lira

Com a década chegando ao fim, resolvemos olhar para trás e relembrar daqueles filmes que chegaram ao cinema sobre um véu de polêmicas ou que simplesmente dividiram a opinião do público ou da crítica.

Boa parte desses filmes são considerados daqueles “ame ou odeie”, e são desde franquias de sucesso, até longas de diretores consagrados ou remakes de um grande estúdio. Confira os 10 filmes mais controversos da década!

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Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald

Os fãs de Harry Potter sempre viram sua franquia favorita ser aclamada pela crítica e também um sucesso de bilheteria. Então, dá pra dizer que para muitos foi um choque se deparar com o tão polarizador Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald.

O segundo filme da saga derivada de Harry Potter teve problemas desde sua divulgação, especialmente por causa da presença de Johnny Depp como o personagem-título. O ator foi acusado de ter violentado a sua ex-esposa, o que resultou no descontentamento de parte dos fãs, que prometeram boicotar o filme. Além disso, mais perto do lançamento, uma nova polêmica surgiu a partir da declaração do diretor David Yates, que afirmou que a obra não tocaria no assunto da homosexualidade de Dumbledore, personagem de Jude Law.

Em meio a tudo isso, quando o filme estreou, ele pegou todos de surpresa com várias referências e reviravoltas que mexiam com o cânone da série. E isso foi a gota d´água para dividir o fandom. Enquanto alguns adoraram o filme, outros simplesmente odiaram, e mesmo um ano depois do lançamento, é difícil achar um grupo que tenha a mesma opinião sobre o filme.

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mãe!

Escrito e dirigido por Darren Aronofsky (Cisne Negro, Noé), este filme é sem dúvida um dos mais divisivos de todos os tempos. O longa narra a história de uma mulher (Jennifer Lawrence) que mora em uma grande casa no meio do nada com seu marido (Javier Bardem), até que um dia sua tranquilidade é perturbada pela chegada de um visitante (Ed Harris), um homem esquisito, que acaba atraindo a presença de sua esposa (Michelle Pfeiffer) e posteriormente de seus filhos e outros membros da família.

De uma forma bizarra, o filme vai fazendo com que mais e mais convidados perturbadores entrem em cena, causando várias complicações para os personagens, especialmente para a pobre "mãe", que mergulha num verdadeiro pesadelo psicótico da qual o espectador não consegue achar uma saída.

Há quem interprete o filme como uma parábola do cristianismo, uma crítica ecológica, uma alegoria da bíblia, um horror psicológico, ou até mesmo uma indireta ao governo Trump. Todo mundo que assistiu ao filme saiu com uma opinião forte sobre ele, mas não há um único espectador que não tenha sido afetado pelo efeito "mãe!". No Rotten Tomatoes, o filme conta com 69% de aprovação da crítica e 50% de aprovação da audiência.

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O Rei Leão

Lançado em 2019, O Rei Leão prometia ser um grande sucesso de bilheteria, de crítica e claro, um ode à nostalgia. E se ele foi um estouro nas bilheterias, não dá para dizer que ele teve a mesma recepção positiva entre o público e a crítica, que ficou muito dividido.

Enquanto muita gente se sentiu tocada pela história e pelas músicas icônicas do filme, muitos não ficaram satisfeitos com o nível de realismo da animação, o que para algumas pessoas foi o que fez o filme perder qualquer resquício de emoção.

No Rotten Tomatoes, O Rei Leão possui 53% de aprovação da crítica, o que já é considerado um selo negativo. Entre a audiência, ele ostenta uma pontuação de 88% de aprovação.

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A Entrevista

Em 2014, Hollywood foi pega de surpresa quando diversos e-mails e dados da Sony Pictures foram vazados por hackers. O motivo? O longa A Entrevista, estrelado por James Franco e Seth Rogen. O ato se tratava de um aviso da Coreia do Norte, que classificaram o filme como uma ofensa absurda e motivo de guerra.

A Entrevista gira em torno de um plano para que jornalistas americanos assassinem Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte, que na comédia é completamente ridicularizado. Óbvio que deu ruim, né? Diversas salas de cinema se recusaram a exibir o filme, com medo de ataques, o que fez com a que a Sony suspendesse o lançamento do filme.

Quando finalmente o filme chegou ao público, ele dividiu a opinião. Alguns afirmam que o filme não era nada subversivo ou surpreendente, mas bobo. Já outros acharam o filme uma boa sátira.

De qualquer forma, o filme causou muitos problemas para a Sony, especialmente para a vice-presidente Amy Pascal, que se viu em meio a uma crise de ramificações políticas e exposição.

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Ninfomaníaca

Quem conhece o cineasta Lars von Trier já está acostumado com as polêmicas que envolvem o seu nome. Em 2014, foi lançado Ninfomaníaca, filme que narra as aventuras seuxais de Joe, uma mulher diagnosticada como ninfomaníaca.

A obra, como poderia se imaginar, é repleta de cenas de sexo explícitas, contendo principalmente imagens de penetração, algo que causou bastante polêmica na época do seu lançamento.

Como se não bastasse, Lars von Trier, que era proibido de participar do Festival de Cannes por fazer comentários bizarros sobre o nazismo, foi ao Festival de Berlim vestindo uma camiseta com os dizeres "Persona non grata". Um de seus atores principais, Shia LaBeouf, também causou debate ao deixar a coletiva de imprensa no meio do evento e vestir um saco na cabeça que dizia "Eu não sou mais famoso" (?).

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Batman vs Superman: A Origem da Justiça

Esse é polêmico demais! Batman vs Superman: A Origem da Justiça foi provavelmente um dos filmes de super-heróis mais antecipados de todos os tempos. A Warner Bros. estava decidida a fazer desse seu maior lançamento até então, e o hype para a estreia era enorme. Quando chegou aos cinemas, o filme atraiu a euforia e a ira de fãs e críticos de cinema.

Dirigido por Zack Snyder, Batman vs Superman é um filme extremamente polarizador, que dá fôlego para discussão entre os fãs até hoje. Há quem defenda que é um grande filme de super-heróis, e há quem considere uma das maiores catástrofes dos filmes baseados em quadrinho. No Rotten Tomatoes, o filme ostenta um tomate podre dos críticos, com 28% de aprovação. Mas boa parte da audiência gosta do que assistiu, com 63% de aprovação.

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Azul é a Cor Mais Quente

Filme francês de 2013, Azul é a Cor Mais Quente conta a história de um amor conturbado entre duas meninas, mas que foi polêmico especialmente por causa de algumas sequências específicas do filme e o contexto nas quais elas foram filmadas.

As duas atrizes, sendo uma delas menor de idade, tiveram que passar por vários constrangimentos durante a produção do filme. Um diretor obsessivo as fez realizar cenas de sexo "explícitas" de longa duração várias e várias vezes. Segundo a atriz Léa Seydoux, era coisa de "10 horas por dia e 7 dias por semana" das atrizes simulando sexo.

O diretor Abdellatif Kechiche ficou furioso com as declarações das suas protagonistas. Ele afirmou que Seydoux era uma jovem mimada e lamentou que seu filme tenha sido lançado cercado com tamanha controvérsia. Apesar de toda a treta, o filme saiu premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

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Coringa

O mais recente filme desta lista é também um dos maiores sucessos de 2019. Apesar disso - e talvez por isso - ele seja também um dos mais polêmicos e divisivos.

Coringa chegou aos cinemas com o apreço da crítica e prêmios importantes, mas rapidamente viu sua unanimidade caindo por terra quando mais pessoas passaram a ver o filme. Há quem ache o filme o suprassumo das adaptações de quadrinhos. Mas também há um coro de vozes que acham o filme bobo e inconsequente.

Inconsequente aliás é um dos adjetivos que acompanharam o lançamento do filme, já que muitas pessoas apontaram que a obra poderia influenciar comportamentos violentos mundo afora. A repercussão desse assunto foi tão grande que até o diretor, ator principal e o próprio estúdio deram declarações sobre o assunto, o que só gerou mais polêmica.

Hoje, o filme tem uma média de 68% de aprovação lá da crítica e 89% do público, de acordo com o Rotten Tomatoes.

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Caça-Fantasmas

Dirigido e escrito por Paul Feig, Caça-Fantasmas, lançado em 2016, reimagina a clássica franquia dos anos 80 agora estrelada por quatro mulheres: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones.

Antes mesmo de estrear, Caça-Fantasmas já era considerado um dos filmes mais polarizadores dos últimos tempos. O seu primeiro trailer coletou no dia de lançamento cerca de 12.000 curtidas e 13.880 "não-curtidas" no YouTube. Pouco tempo depois, o vídeo já era o trailer de filme "mais odiado" da plataforma. A página do filme no IMDB também foi alvo de um grupo decidido a rebaixar sua nota antes da estreia.

Alguns membros da equipe do filme, incluindo as atrizes, bem como analistas da imprensa, definiram os ataques como comportamentos misóginos e um apego à nostalgia. Por fim, o filme acabou agradando a maioria dos críticos, com uma aprovação de 74%, mas foi divisivo entre o público, com uma média de 50% de aprovação, e um flop nas bilheterias.

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Star Wars: Os Últimos Jedi

É muito incomum que críticos de cinema gostem mais de um blockbuster do que os fãs. Mas foi isso que aconteceu com Star Wars: Os Últimos Jedi, o segundo filme da nova trilogia. Enquanto ele foi um sucesso de bilheteria e tem uma aprovação de 91% da crítica no Rotten Tomatoes, apenas 44% da audiência gostou da obra. E os motivos são dos mais variados para cada fã.

Alguns alegam que o filme é engraçadinho demais, algo que já foi problema na trilogia passada. Quem lembra de Jar Jar Binks? Outras críticas estão relacionadas com o fato do filme ignorar ou "fazer pouco caso" de respostas que os fãs estavam querendo, como quem foi Snoke ou os pais de Rey. Muitos se queixam de que o filme tem plots que "não acrescentam em nada". Mas talvez a principal das críticas está relacionada com a expectativa que cada um nutria para alguns dos personagens.

Ninguém esperava ver Luke Skywalker como um senhorzinho cínico e rabugento. Assim como ninguém esperava que Rey fosse poderosa o suficiente sem nem mesmo pertencer a uma grande linhagem Jedi - o que se liga diretamente com o final, que também deixou alguns fãs descontentes. Outra questão bastante discutida é que alguns fãs "mais antigos" da franquia não gostaram de ver papéis de liderança entregues a uma mulher, um negro, um latino e uma asiática.

Seja lá qual for o motivo, é inegável que Os Últimos Jedi é um dos filmes mais divisivos da década.