10 músicas famosas com histórias surpreendentes por trás

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10 músicas famosas com histórias surpreendentes por trás

Por Jaqueline Sousa

Ao longo da história da música, diversas canções emocionaram (e seguem emocionando) muita gente ao redor do mundo. Independente do gênero, existe uma infinidade de produções musicais que deixaram suas marcas na indústria, seja pela beleza da letra, pela melodia tocante ou pelo conjunto da obra. Mas você sabia que muitas delas têm histórias surpreendentes por trás?

Assim, nesta lista, selecionamos 10 músicas famosas cujas inspirações vão além das entrelinhas!

All My Love, Led Zeppelin

Led Zeppelin é uma das bandas de rock mais populares e prestigiadas de todos os tempos. O inconfundível som pesado da guitarra movimentou multidões durante os anos de atividade do grupo, que colocou nomes como Robert Plant e Jimmy Page no hall da fama dos grandes astros de rock da música. Mas existe uma canção da banda que, apesar de ser uma balada mais suave, ainda emociona muita gente por causa de sua composição.

A música em questão é All My Love que, à primeira vista, parece ser apenas mais uma emocionante canção de amor. Porém, a história por trás da composição é muito mais triste do que parece.

Isso porque All My Love foi escrita como uma homenagem de Robert Plant para seu filho, Karac, que morreu aos cinco anos de idade após contrair um vírus estomacal. Na época do trágico ocorrido, Plant estava na estrada com o Led Zeppelin durante a turnê norte-americana de 1977 da banda.

Sunday Bloody Sunday, U2

Outra banda de rock que também conta com uma discografia repleta de significados escondidos nas entrelinhas é o U2. Liderado pelo vocalista Bono, o grupo irlandês é um grande expoente do gênero, e uma de suas canções mais conhecidas – a Sunday Bloody Sunday – tem uma história interessante por trás dela, que pode passar despercebida enquanto você curte o som da guitarra.

Lançada em 1983, Sunday Bloody Sunday é uma das músicas mais políticas do U2. A canção faz referência ao Domingo Sangrento, um trágico confronto que aconteceu na Irlanda do Norte, em 1972, onde católicos que protestavam contra o Reino Unido foram assassinados por soldados do Exército Britânico, que atiraram e mataram manifestantes desarmados.

Tears in Heaven, Eric Clapton

Tears in Heaven é uma das canções mais famosas do cantor e guitarrista Eric Clapton, e sua melodia melancólica é tão triste quanto o significado por trás da composição. Lançada em 1991 como parte da trilha sonora do filme Rush: Uma Viagem ao Inferno, a música foi um marco na carreira de Clapton, que expressou musicalmente a dor de ter perdido tragicamente o filho de quatro anos de idade.

O que aconteceu foi que, em 1991, o garoto morreu após cair do quinquagésimo terceiro andar de um prédio em Nova York, um ocorrido traumático para Clapton, que precisou se afastar por um tempo da música devido ao luto. Seu retorno foi justamente com Tears in Heaven, música que compôs com Will Jennings como uma homenagem para o filho.

Billie Jean, Michael Jackson

Michael Jackson, imortalizado na indústria musical como o grande Rei do Pop, também tem sua parcela de histórias surpreendentes por trás de canções. A mais curiosa de todas é Billie Jean, uma das músicas mais famosas do cantor.

Há muitas histórias sobre o real significado de Billie Jean, a música que ficou conhecida pelo relato de um homem que se recusa a acreditar que é o pai dos filhos de uma mulher. Apesar de muitos acreditarem que a tal Billie Jean teria sido uma fã do cantor que de fato existiu, outros imaginavam que a canção seria sobre a tenista Billie Jean King, já que Michael era um grande entusiasta do esporte.

Contudo, o próprio Jackson chegou a falar sobre o significado uma vez, revelando que Billie Jean era uma música sobre groupies – termo popularmente usado durante as décadas de 1960/70 para designar jovens garotas que perseguiam astros do rock ou pop.

Polly, Nirvana

Grande precursora do movimento grunge, o Nirvana é um dos grupos musicais mais influentes de todos os tempos. Liderada pelo inesquecível Kurt Cobain, a banda conta com uma discografia repleta de canções com significados surpreendentes nas entrelinhas, e uma das mais sombrias (e perturbadoras) é Polly, música que faz parte do icônico álbum Nevermind.

Escrita por Cobain sob o ponto de vista de um abusador, Polly conta a história real e trágica de uma adolescente de 14 anos que, em 1987, foi sequestrada, torturada e agredida sexualmente enquanto voltava de um show de punk rock em Washington (EUA).

Como Eu Quero, Kid Abelha

A banda Kid Abelha fez um baita sucesso na década de 1980 entre o público brasileiro. Com várias canções populares na bagagem, uma das mais conhecidas no cenário nacional é Como Eu Quero, uma música que até pode parecer ser mais uma linda canção de amor, mas na verdade é o oposto.

Escrita por Paula Toller e Leoni, Como Eu Quero foi uma maneira que ambos encontraram de expressar uma preocupação com Beni, o primeiro baterista da banda, quando notaram que ele estava sendo manipulado pela namorada.

Alive, Pearl Jam

Outra banda que ajudou a impulsionar o grunge na indústria musical foi Pearl Jam. O grupo liderado pelo vocalista Eddie Vedder fez um baita sucesso na década de 1990, seguindo em atividade até os dias de hoje com canções famosas na bagagem, como Alive, o primeiro single da banda.

Lançada em 1991, Alive conta a história de um garoto cuja mãe revela que aquele que ele acreditava ser seu pai, na verdade, não era seu progenitor biológico. Tudo parece estar no campo da liberdade criativa, mas isso realmente aconteceu com Eddie Vedder quando ele era jovem, e sua mãe contou para ele que seu pai verdadeiro tinha morrido.

Smoke on the Water, Deep Purple

Com sua batida extremamente reconhecível, Smoke on the Water, da banda Deep Purple, é uma das canções de rock mais populares de todos os tempos. Mas você já parou para prestar atenção na letra, que possui uma história mais verídica do que uma simples liberdade criativa dos compositores?

Smoke on the Water trata de um acontecimento real: em 4 dezembro de 1971, o Deep Purple tinha acabado de chegar na Suíça para gravar um álbum em um estúdio que ficava dentro do Montreux Casino. Porém, uma noite antes do início das gravações, um show do Frank Zappa com o Mothers of Invention no local acabou de um jeito trágico depois que um fã soltou um sinalizador que colocou fogo no cassino.

Ninguém saiu ferido do Montreux, mas o estabelecimento foi destruído pelas chamas, um acontecimento que acabou inspirando o Deep Purple a escrever Smoke on the Water.

I Am the Walrus, The Beatles

Independente do seu gosto pessoal, não dá para negar que os Beatles formaram um dos grupos mais importantes da história da música. Composto por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, a banda de Liverpool é dona de uma discografia impressionante, que conta com uma grande variedade de sucessos com boas histórias por trás. Mas existe uma que sempre despertou bastante interesse das pessoas por sua peculiaridade: I Am the Walrus.

Com uma letra que deixa um ponto de interrogação na sua cabeça, I Am the Walrus traz toda a magia da fase psicodélica dos Beatles, com uma composição creditada à dupla Lennon-McCartney. E a inspiração para a música é tão alucinógena quanto parece: Lennon usou sua própria experiência com a droga LSD para escrever a canção, que está repleta de frases aparentemente desconexas e sem muito sentido.

Metrô Linha 743, Raul Seixas

Um dos grandes nomes do rock nacional, o cantor Raul Seixas é praticamente um patrimônio da música brasileira. Dono de uma prolífica carreira na indústria musical, Raul usou suas experiências pessoais para criar canções lendárias, como Metrô Linha 743, canção que dá nome ao icônico álbum de 1984 e possui uma das letras mais políticas da trajetória de Seixas.

Isso porque Metrô Linha 743 faz uma crítica ao período da ditadura militar no Brasil, uma época em que o próprio Raul Seixas foi preso e torturado após ser capturado por policiais enquanto saía de um show, em 1974. Cheia de metáforas, a canção veio ao mundo um ano antes do fim da ditadura, marcando a música brasileira com seu tom de ironia para criticar um dos momentos mais sombrios da história do país.