Os 10 melhores quadrinhos da DC dos anos 2000

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Os 10 melhores quadrinhos da DC dos anos 2000

Por Gus Fiaux

Os anos 2000 trouxeram uma série de inovações e mudanças para o mercado das HQs, e grande parte disso se deve à crescente popularidade dos super-heróis, que finalmente já tinham um espaço consolidado nos cinemas através de franquias como X-Men, a trilogia Cavaleiro das Trevas e a primeira trilogia do Homem-Aranha.

DC Comics aproveitou muito desse boom, e os anos 2000 nos forneceram histórias bem especiais, na última leva de sagas antes do reboot dos Novos 52. Desde grandes épicos protagonizados pela Liga da Justiça a histórias mais intimistas focadas no Superman, Batman e outros heróis da editora, aqui estão as 10 melhores histórias publicadas pela DC Comics nos anos 2000!

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Liga da Justiça: Torre de Babel

Ao longo dos anos, o Batman ficou conhecido por ser capaz de enfrentar qualquer inimigo, tudo com base em seu "preparo". O Cavaleiro das Trevas é um detetive exemplar, e costuma encontrar recursos para parar seus maiores vilões - mas o que aconteceria se ele aplicasse esses conhecimentos para dar fim à Liga da Justiça?

Em Torre de Babel, arco publicado em 2000, escrito por Mark Waid e ilustrado por Howard Porter e Steve Scott, vemos essa pergunta sendo respondida do jeito mais brutal possível, já que os planos de contingência do Batman acabam caindo nas mãos de Ra's al Ghul, que promove uma série de ataques coordenados para desestabilizar a equipe.

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Batman: Silêncio

Porém, o Batman também protagonizou alguns arcos bem interessantes nos anos 2000, e um exemplo perfeito é Silêncio, que trouxe roteiros de Jeph Loeb e arte de Jim Lee. Aqui, vemos uma grande trama sendo tecida bem diante de nossos olhos, envolvendo todo o submundo criminoso de Gotham City e vários membros da Batfamília.

No cerne deste mistério, está Silêncio, o vilão impiedoso e calculista que possui ligações suspeitas com o passado de Bruce Wayne. A história foi publicada de outubro de 2002 a setembro de 2003 e trouxe várias mudanças significativas para o cânone do Homem-Morcego, além de ter desenvolvido vilões como Mulher-Gato, Charada e Hera Venenosa.

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DC: A Nova Fronteira

Um artista sem igual, Darwyn Cooke mudou para sempre o rumo das HQs da DC Comics com seu clássico atemporal DC: A Nova Fronteira, que foi publicada originalmente em 2004. Ambientada entre as décadas de 40 e 50, a história faz uma releitura da Era de Ouro das HQs, colocando vários heróis da editora em uma trama inspiradora.

Fazendo referência a um discurso de John F. Kennedy, o título da saga é um breve demonstrativo de todas as maravilhas encontradas pelos grandes heróis da editora, especialmente conforme os bastiões da Era de Ouro encontram e se tornam aliados dos heróis vindos na Era de Prata. É uma carta de amor a um tempo mais simples das histórias de super-heróis.

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Lanterna Verde: Renascimento

Hal Jordan sempre foi um personagem muito querido pelos fãs, mas sua história tomou contornos sombrios na década de 90, com sua transformação em Parallax. No entanto, ele logo voltaria ao status quo tradicional nos anos 2000, com o lançamento de Lanterna Verde: Renascimento, arco escrito por Geoff Johns e ilustrado por Ethan Van Sciver.

Uma espécie de "reboot" na mitologia da Tropa dos Lanternas Verdes, a saga não apenas trouxe de volta Jordan como também todos os membros da Tropa. Além disso, a saga foi o pontapé inicial para vários épicos que viriam nos anos seguintes, como A Noite Mais Sombria, O Dia Mais Claro e, é óbvio, os Novos 52.

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Crise Infinita

Desde o fim da Crise nas Infinitas Terras, todo o Universo DC estava unificado, sem muito espaço para histórias envolvendo mundos alternativos e diferentes realidades. Isso muda com Crise Infinita, saga publicada entre 2005 e 2006, com roteiros de Geoff Johns e arte de Phil Jimenez, George Pérez, Jerry Ordway e Ivan Reis.

Fruto de uma lenta construção, a saga coloca diversos heróis da DC Comics para enfrentarem as maquinações arquitetadas por Alexander Luthor Jr. e pelo Superboy Prime. Como consequência, o universo volta a sofrer várias mudanças, e a abertura para o Multiverso acabou resultando em grandes ideias até a chegada dos Novos 52.

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Justiça

Pouco depois de ter criado a excelente Terra X para a Marvel, foi a vez de Alex Ross voltar sua atenção para a DC Comics. Aliado de Jim Krueger e Doug Braithwaite, o lendário ilustrador concebeu um épico estelar e maduro, que coloca a Liga da Justiça em uma posição sofrida, enquanto são exterminados pela Legião do Mal.

A graça principal do arco é a forma como ele consegue desbravar e subverter temas ligados ao heroísmo, especialmente com os vilões tecendo boas obras para a humanidade, de um jeito que os heróis nunca foram capazes de fazer. Além disso, a arte de Ross acrescenta um peso ainda mais especial, que traz os heróis da DC Comics no pedestal de onde nunca deviam ter saído.

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Grandes Astros: Superman

Com doze edições lançadas entre 2005 e 2008, Grandes Astros: Superman logo se tornaria um dos maiores épicos do Homem de Aço, e com toda a razão. A história perfeitamente construída por Grant Morrison e Frank Quitely mescla elementos importantes do passado do herói com seu mais novo dilema: a proximidade da morte.

Na trama, após ser envenenado com uma dose letal de radiação, o Superman precisa colocar seus assuntos em ordem e revisitar seus maiores sucessos e fracassos ao longo dos anos. Isso o coloca em uma jornada emocionante e cheia de significado, que demonstra o papel heroico do Homem de Aço no mundo, bem como seu impacto para o Universo DC.

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Batman e Filho

Quando Grant Morrison assumiu as revistas do Cavaleiro das Trevas, a sua meta era dar uma nova dinâmica para Bruce Wayne, e foi desse jeito que o autor deu vida a Damian Wayne, filho do herói com Talia al Ghul. O vigilante, que sempre foi uma figura paterna para vários órfãos, agora se vê em uma cilada enquanto tenta controlar seu novo e violento filho.

Para muitos, o arco de Morrison foi um dos que melhor atualizou o Cruzado Encapuzado de Gotham City para uma nova era, e esse desenvolvimento foi bem perceptível com o passar dos anos, culminando na excelente Batman RIP, uma trama em homenagem ao herói, que havia acabado de sucumbir nos eventos da Crise Final.

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52

Publicado ao longo de um ano, entre maio de 2006 e maio de 2007, 52 foi um dos eventos mais ousados da DC Comics e até hoje é redescoberto pelos fãs como um grande arco, por envolver todas as estruturas que nós já conhecemos bem da editora, desde a Sociedade da Justiça à Liga e outras equipes.

Ambientada pouco após os eventos da Crise Infinita, a saga acabou se estendendo por um ano - daí o título, que faz referência às 52 semanas de publicação da narrativa. A conclusão acabou trazendo a Terceira Guerra Mundial para a editora, com a centralização de personagens peculiares, como o próprio Adão Negro.

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Crise Final

Diferente da Marvel Comics, a DC sempre espaçou bem suas mega-sagas e eventos, e isso ajudou a potencializar o impacto dessas narrativas. Crise Final, lançada em 2008, é um exemplo perfeito disso, ainda que seja uma história divisiva até hoje. Com história de Grant Morrison e arte de J.G. Jones e Marco Rudy, a saga nos fornece uma batalha assustadora.

A trama começa quando Darkseid prepara sua última investida contra os heróis da Terra Uma vez no planeta, ele consegue encontrar seu tão desejado objetivo, a Equação Anti-Vida, e isso o coloca em uma batalha sangrenta contra vários heróis. A saga termina com a "morte" do Batman, mas como em toda HQ que se preze, isso não durou muito tempo...