Os 10 melhores filmes de terror slasher de todos os tempos

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Os 10 melhores filmes de terror slasher de todos os tempos

Por Gus Fiaux

Um grupo de amigos se embrenha em um local inóspito – pode ser uma floresta solitária, um acampamento de verão ou até mesmo o macabro subúrbio norte-americano – apenas para se verem na mira de um assassino misterioso, que age nas sombras e gosta de fazer joguinhos com suas vítimas antes de despachá-las para o inferno. Se essa premissa soa familiar, é porque estamos descrevendo, a grosso modo, um filme slasher.

Criado no final da década de 70 e impulsionado pelos anos 80, o subgênero talvez seja o mais lembrado quando o assunto é terror, com exemplares que vão desde Sexta-Feira 13Dia dos Namorados Macabro, entre diversas sequências, spin-offsreboots e franquias. E caso você queira conhecer os clássicos absolutos desse tipo de filme, aqui estão os 10 melhores filmes slasher de todos os tempos!

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O Massacre da Serra Elétrica (1974)

Embora o subgênero slasher tenha sido "criado oficialmente" em 1978, com o lançamento de Halloween, várias outras produções anteriores ajudaram a estabelecer alguns paradigmas encontrados nesse tipo de filme. Um dos mais marcantes nesse quesito é O Massacre da Serra Elétrica, de 1974 e com direção de Tobe Hooper.

Na trama, um grupo de amigos viaja pelos cafundós do Texas quando param na mira de uma família de degenerados canibais, com o mais notório sendo o marcante Leatherface. O filme original é um clássico absoluto do horror e é conhecido por suas imagens grotescas e chocantes. Apesar da violência em tela ser mínima, a direção de Hooper maximiza nosso desconforto e medo.

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Noite do Terror (1974)

Embora o slasher tenha florescido em peso nos Estados Unidos, há diversas produções canadenses que também pavimentaram o caminho do subgênero, e um belo exemplo é Noite do Terror, filme de 1974 dirigido por Bob Clark, que conta a história de uma fraternidade feminina que é atacada por uma força maligna bem na véspera do Natal.

Uma curiosidade interessante é que, enquanto nos EUA, o slasher ganhou um peso conservador e que refletia diretamente os ideais da presidência de Ronald Reagan, Noite do Terror oferece um contraponto "progressista", com o direito do aborto sendo um dos tópicos principais do longa. O filme já teve dois remakes, um em 2006 e outro em 2019.

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Halloween: A Noite do Terror (1978)

Michael Myers era um garoto normal, até o dia em que matou sua própria irmã em um surto de raiva. Confinado em um hospital psiquiátrico durante 15 anos, ele um dia escapa e volta para a cidade de Haddonfield, onde faz uma nova onda de vítimas, trajando um macacão azul e uma máscara inexpressiva, um reflexo de sua personalidade amorfa e amoral.

Dirigido por John Carpenter, o primeiro filme da saga é uma pérola da história do cinema, e foi o filme que inaugurou "oficialmente" o slasher enquanto subgênero. Hoje, a franquia já se estendeu para diversas mídias e sequências, ganhando incontáveis reboots e mudanças na cronologia, mas a saga de Michael parece ter chegado ao fim com Halloween Ends.

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Sexta-Feira 13 (1980)

Com sua clássica máscara de hóquei e seu facão ensanguentado, o terrível Jason Voorhees é um dos assassinos mais venerados do cinema de terror, o que chega a ser curioso se considerarmos que ele não é o vilão principal de Sexta-Feira 13 - ao menos, não do filme original de 1980. Ainda assim, todos os aspectos centrais da mitologia do personagem já aparecem no filme.

Com direção de Sean S. Cunningham, o filme original já traz um grupo de adolescentes em um acampamento de verão. A sexualidade e lascívia logo é punida por uma figura misteriosa, que ataca nas sombras e não tem medo de se vingar pela morte de um ente querido. De quebra, o filme ainda conta com Kevin Bacon, no começo da fama!

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Assassinatos na Fraternidade Secreta (1982)

Fraternidades femininas são um cenário recorrente no cinema slasher, e um dos melhores filmes a trazer a ambientação é o subestimado Assassinatos na Fraternidade Secreta, clássico de 1983 que acompanha várias mulheres em uma casa, tentando esconder um crime, enquanto são caçadas por uma ameaça imperceptível.

Com um clima grotesco, mortes genuinamente revoltantes e um desfecho pra lá de polêmico, o filme até ganhou um remake em 2009, mas nada tira todo o peso e o medo provocado pelo original. Inclusive, aqui vai uma dica de amigo: se você tem medo ou aversão a palhaços, passe bem longe do filme (ou assista e fique ainda mais traumatizado!)

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Acampamento Sinistro (1983)

Acampamentos de verão são outra peça frequente quando falamos em filmes slasher, e outro exemplar marcante é Acampamento Sinistro, longa de 1983 que passou a ser redescoberto com o tempo, tornando-se um clássico do terror. Na trama, a jovem Angela parte para um acampamento ao lado de seu primo, apenas para se ver em meio a um massacre grotesco.

O filme conta com um dos plot twists mais inacreditáveis do gênero, e até hoje causa polêmicas pela representação de pessoas trans - embora muitos membros da comunidade transgênero tenham abraçado a representação não como um ataque, mas como um sinal de resistência contra a transfobia e a intolerância.

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A Hora do Pesadelo (1984)

Em meados da década de 80, o slasher já havia exaurido quase todas suas possibilidades, graças ao volume massivo de filmes lançados naquela época. Foi aí que, em 1984, Wes Craven trouxe ao mundo uma de suas criações mais épicas com o terrível Freddy Krueger, grande "protagonista" da saga A Hora do Pesadelo.

O que torna Freddy tão diferente de outros assassinos do subgênero não é só sua personalidade cáustica e irônica, mas também o fato de que ele mata nos sonhos de suas vítimas, adentrando o mundo onírico como uma forma de se vingar contra aqueles que se voltaram contra ele. A franquia é uma das mais empolgantes do cinema slasher, e conta com quase dez filmes.

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Brinquedo Assassino (1988)

Uma das graças do slasher é como o subgênero se mistura bem com outros gêneros, como a comédia. Um exemplo ímpar é Brinquedo Assassino, o filme de 1988 dirigido por Tom Holland (não aquele Tom Holland). Em seu primeiro filme, Charles Lee Ray é um assassino que, à beira da morte, passa sua alma para um boneco, através de um ritual vodu.

Esse mesmíssimo brinquedo cai nas mãos do inocente Andy Barclay, que precisa convencer todos ao seu redor de que há algo errado com Chucky. O filme gerou uma extensa franquia, que a cada novo lançamento ficava mais cômica. Atualmente, há uma série de TV dando continuidade à história do brinquedo, que inclusive conta com participações de Andy, a vítima original.

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Pânico (1996)

Após virar o subgênero de cabeça para baixo com A Hora do Pesadelo em 1984, Wes Craven iria mudar tudo novamente uma década depois, graças ao lançamento do primeiro Pânico, criado em parceria com o roteirista Kevin Williamson. Aqui, temos uma nova abordagem do slasher, com o tom mais referencial e personagens atualizados para a nova década.

Tudo começa quando Sidney Prescott se torna alvo de um massacre em sua cidade natal, Woodsboro. Aos poucos, ela vai descobrindo que o terrível Ghostface tem uma conexão direta com seu passado, e ela precisa se unir a figuras improváveis para salvar sua própria vida. O original virou um clássico instantâneo, e a franquia está prestes a ir para seu sétimo capítulo no cinema.

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X: A Marca da Morte (2022)

Nos últimos anos, o slasher teve um ressurgimento nos cinemas, e diversas franquias famosas como Halloween, Brinquedo Assassino e Pânico deram as caras novamente. No entanto, um filme que chamou bastante atenção foi X: A Marca da Morte, produção de 2022 da A24 com direção de Ti West, e estrelado por Mia Goth e Jenna Ortega.

Primeiro capítulo de uma trilogia (com o segundo filme, Pearl, também já lançado), o longa segue um grupo de atores nos anos 70, que se reúnem em uma fazenda no Texas para gravar um filme pornográfico, sem saber que o ambiente que os cerca é perigoso. O longa se destaca por ser uma volta às origens do subgênero, com claros tributos a O Massacre da Serra Elétrica.